Com Temer rejeitado e Lula na frente, Câmara discute cancelar eleição de 2018
qui, 04/05/2017 - 17:41
Atualizado em 04/05/2017 - 17:53
Foto: Ricardo Stuckert
Jornal GGN - Com Lula crescendo em pesquisas de opinião enquanto Michel Temer bate recorde atrás de recorde em rejeição, a Câmara dos Deputados decidiu desengavetar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de 2003 que pode ser um golpe dentro do golpe: a proposta cancela a corrida presidencial de 2018, institui mandatos de cinco a 10 anos e unifica as eleições a partir de 2020.
Nesta quarta (4), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), leu em plenário um aviso de que autorizou criação de uma comissão especial para discutir a PEC 77/2003.
A ideia da PEC é mudar a Constitutição para juntar eleições de presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, vereador e prefeitos em um único ano. Senadores passariam a ter mandatos de 10 anos ao invés de oito anos. Os demais ficariam em seus cargos por cinco anos - hoje, o mandato é de quatro anos e os pleitos ocorrem a cada biênio.
A proposta, portanto, pula a eleição de 2018 quando Lula e a ala majoritaria dos partidos anti-Temer defendem que apenas com o povo escolhendo um presidente é que o país irá superar a crise gerada a partir do impeachment de Dilma Rousseff.
A PEC é uma fatia da reforma política que está em andamento na Câmara. A ideia foi apresentada pelo deputado Marcelo Castro, do PMDB. O deputado Vicente Cândido, do PT, tem cuidado de outros trechos da reforma, como o voto em lista fechada, cláusula de barreira, fim das coligações em eleições proporcionais e financiamento de campanha.
Se a PEC 77/2003 for aprovada, deverá existir um acordo para que Temer permaneça no cargo até 2020, quando ocorrerá a próxima eleição. A medida beneficia todos o Congresso na medida em que boa parte dos parlamentares está envolvida no escândalo da Lava Jato. Renan Calheiros, por exemplo, já ensaia uma reaproximação com Lula, com medo de não se reeleger em seu estado.
Para aprovar a PEC, o governo Temer precisará de dois terços dos votos.
qui, 04/05/2017 - 17:41
Atualizado em 04/05/2017 - 17:53
Foto: Ricardo Stuckert
Jornal GGN - Com Lula crescendo em pesquisas de opinião enquanto Michel Temer bate recorde atrás de recorde em rejeição, a Câmara dos Deputados decidiu desengavetar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de 2003 que pode ser um golpe dentro do golpe: a proposta cancela a corrida presidencial de 2018, institui mandatos de cinco a 10 anos e unifica as eleições a partir de 2020.
Nesta quarta (4), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), leu em plenário um aviso de que autorizou criação de uma comissão especial para discutir a PEC 77/2003.
A ideia da PEC é mudar a Constitutição para juntar eleições de presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual, vereador e prefeitos em um único ano. Senadores passariam a ter mandatos de 10 anos ao invés de oito anos. Os demais ficariam em seus cargos por cinco anos - hoje, o mandato é de quatro anos e os pleitos ocorrem a cada biênio.
A proposta, portanto, pula a eleição de 2018 quando Lula e a ala majoritaria dos partidos anti-Temer defendem que apenas com o povo escolhendo um presidente é que o país irá superar a crise gerada a partir do impeachment de Dilma Rousseff.
A PEC é uma fatia da reforma política que está em andamento na Câmara. A ideia foi apresentada pelo deputado Marcelo Castro, do PMDB. O deputado Vicente Cândido, do PT, tem cuidado de outros trechos da reforma, como o voto em lista fechada, cláusula de barreira, fim das coligações em eleições proporcionais e financiamento de campanha.
Se a PEC 77/2003 for aprovada, deverá existir um acordo para que Temer permaneça no cargo até 2020, quando ocorrerá a próxima eleição. A medida beneficia todos o Congresso na medida em que boa parte dos parlamentares está envolvida no escândalo da Lava Jato. Renan Calheiros, por exemplo, já ensaia uma reaproximação com Lula, com medo de não se reeleger em seu estado.
Para aprovar a PEC, o governo Temer precisará de dois terços dos votos.
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