Odilo Almeida Filho, ainda muito pequeno, veio morar em Russas com a sua família. Como Odilo, também nasci em outro município e, por coincidência, a mesma histórica Jaguaruana que tantos filhos exportou para Russas.
As pessoas podem me perguntar: você é de onde? Eu posso responder: eu sou de Russas, mas nasci em Jaguaruana. No entanto, lá em Jaguaruana, salvo a família de origem, tios e primos, ninguém me conhece porque não tenho história de vida lá.
No entanto, quem me conhece são os amigos e colegas da escola, das brincadeiras de bola pelas ruas empoeiradas de Russas. São os muros das escolas por onde você e eu passamos. Eu me lembro de cada professora e de cada professor. Professora Ogarita no Jardim de Infância, do Grupo Escolar Matoso Filho. As professoras Maria Pinto, a professora Valda, a professora Ilnar (já falecida), a professora Ivoneide. No colégio Estadual foram tantos professores, tendo como diretor o professor Gilmar e depois a professora D. Ione. E como não se lembrar da minha diretora no Matoso Filho, D. Eliete?
Odilo Filho tem referência porque são os professores mais antigos que falam que ele era um dos alunos mais brilhantes que passaram pelo Colégio Estadual. Assim como Odilo, as minhas bandeiras de luta são para o nosso município de Russas, este que me acolheu, assim como à minha família há 42 anos, como também acolheu o professor Gilmar, Dr. Francisco, André Moreira, etc. Russas é feita por russanos natos, russanos de coração e amigos da terra.
O que nos une é a nossa história de vida aqui em Russas. Aqui fomos felizes quando criança, aqui aprendemos a ser cidadão na escola e em nossa família que escolheu Russas para nos criar. Aqui namoramos, casamos e nossos filhos aqui nasceram. E veja que nesta imagem acima há um pouco de registro de Odilo, onde estes meninos e jovens defendiam a bandeira de Russas nos jogos olímpicos, com destaque para Gil (Gil do Lua Cheia) como o grande atleta russano e e bem embaixo Odilo Almeida como "mascote" desta seleção russana que fez história em sua época.
Portanto, não nascemos em Russas, mas carregamos no sangue uma história de vida russana porque as ruas e calçadas que nos levavam de casa até a escola, ao cinema à AACR, ao mercado, às ruas centrais de Russas nos conhecem desde crianças.
Aos desavisados comunicamos: as ruas e calçadas podem ter sido modificadas, mas a história de vida não porque a carregamos dentro de nós: cada passeio; cada troca de de olhares; os primeiros namoricos, as brincadeiras de ruas; enfim, a realidade que só nós sabemos e que ninguém, po nenhuma força ou malícia, há de apagar.
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