A CRISE EXIGE UMA REFORMA DO PENSAMENTO DE NOSSA ELITE E DA MÍDIA, mas elas estão esperando que OBAMA salve o neoliberalismo porque entendem que outra realidade não é possível construir. São como toupeiras, só que as toupeiras são mais inteligentes e necessárias ao planeta.
A atual crise financeira consubstanciada com a crise ambiental transpassa uma crise de percepção do homem. Os paradigmas mudaram completamente no mundo deixando economistas e outros intelectuais desequilibrados. O que fazer? Para onde ir? O que investir? Onde investir?
A certeza é a incerteza do capital especulativo internacional que está em uma dúvida socrática, tão ciente de si agora diz: só sei que nada sei.
Desta forma, em Cabeça Bem-Feita de Edgar Morrin, o desafio da globalização é um desafio da complexidade, onde as áreas do conhecimento, como sociologia, psicologia, política, economia e outras áreas estão entrelaçadas e inseparáveis. Há, portanto, um tecido que interliga as partes ao todo e o todo às partes.
É forçoso reconhecer que uma visão global, epistêmica e sistêmica é necessária para analisar as graves crises do nosso século, posto que são crises da percepção humana. O mundo muda velozmente e o ser humano perdeu a capacidade de entendê-lo.
As crises atuais exigem do ser humano capacidade de contextualizar a informação e englobá-la para atuar de forma mais consciente neste ambiente turbulento e instável.
Neste sentido, é imperativo questionar por que os nossos economistas nunca acertaram na política econômica de nosso país. Perdemos décadas, ou talvez séculos, a despeito de todo o nosso potencial para o nosso desenvolvimento. Onde os nossos economistas erraram? Faltava visão de Brasil ou sentimento de nação?
Morrin, citando Jean-Paul Fitoussi, responde estes questionamentos afirmando que a política econômica é mais incapaz de perceber o que não é quantificável, ou seja, as paixões e as necessidades humanas.
Neste contexto, o pensador da complexidade vai discorrendo, fazendo uma critica contundente sobre a economia ser uma ciência mais avançada matematicamente por um lado, de outro ser a mais atrasada humanamente.
As de palavras de Hayek, citadas por Edgar Morrin, são bem emblemáticas para os economistas tupiniquins. Ninguém pode ser um grande economista se for somente um economista. E vai mais além: ninguém pode ser um grande economista se for somente um economista. E um economista que só é economista tórnar-se prejudicial e pode constituir um verdadeiro perigo.
Os nossos foram lesivos à pátria e ao seu povo. São como pragas de gafanhotos que devoram vorazmente as riquezas do país.
Esta frase ecoa fortemente nos erros das políticas e dos planos econômicos de nosso país e principalmente da incapacidade de nossos economistas de entenderem a complexidade de nosso país. Os nossos economistas afundaram este país por décadas e fomos ao fundo do poço por várias vezes e isso bem recentemente com as crises no final da década de noventa.
Eu perguntava meu Deus, como estes homens podem quebrar um país com a dinamicidade de recursos variados e de um povo trabalhador como o nosso?
Era a incapacidade de entender o nosso país, mas principalmente uma visão de nação. As nossas elites cresceram olhando para fora, em direção aos EUA e EUROPA, esqueceram de olhar para o povo e para o próprio país.
Lula, como sempre uma grande visão de mundo e de país, em que se aproxima do pensamento complexo, disse em certo discurso: no Brasil acabou a época dos economistas, chegou a vez dos engenheiros, entendendo ele, que era preciso colocar pessoas para de fato resolverem os problemas de nosso pais, Problemas estruturantes que vão ao encontro dos interesses da nação brasileira e de seu povo.
É preciso desenvolver uma reforma do pensamento da nossa classe política e empresarial, desenvolvendo neles a capacidade para responder aos desafios de nosso tempo. É o desafio de religar diversos aspectos das áreas do conhecimento para organizar o próprio conhecimento, contextualizando-o, para assim desenvolver este país.
No entanto, é preciso como o Lula realizar uma caravana da cidadania, viajar pelo país, pelos grandes biomas para conhecer a “sopa cultural” e natural de nosso país. Um erro a ser consertado é dizer que viajou para o Nordeste tendo ido ao Ceará, que é bem diferente.
Mesmo no Ceará, você sai do Baixo – Jaguaribe e ao entrar no Sertão Central percebe-se um cultura totalmente diferente e uma paisagem que não se vê os belos carnaubais jaguaribanos, mas por outro lado, o viajante pode contemplar as mais famosas formações rochosas do sertão cearenses na Rainha do Sertão de Quixadá.
O Brasil é um continente complexo, mas infelizmente as nossas cabeças pensantes não são aprendentes de Brasil, isso porque acham que o conhecimento acadêmico basta para resolver os problemas de nosso povo. Basta só fazer um plano e colocar em prática e o resto vai se ajustar.
Por fim, é importante dizer que sempre faltou uma visão de Brasil às nossas elites. Era visão míope e cegueira desta elite perversa com a incapacidade de perceber as potencialidades deste país, mesmo aqui no Semi-Árido, pode se construir uma nova Califórnia. Apenas não se tem um projeto de desenvolvimento, pelo menos até aparecer o homem operário que já é uma história viva deste país.
As nossas crianças e jovens estão vivendo um momento bem especial de entenderem o Brasil dos 500 anos de atraso a partir das transformações que estão acontecendo no governo Lula, que apesar de alguns erros, é o melhor que este país já teve.
E a popularidade do presidente Lula é inquestionável e deixa mídia e oposição sem reaçõe,s preferindo eles à crítica burra e a masturbação de crises para tentar ejacular o povo dos seus empregos e de seus sonhos.
Eles sabem que só desempregando o povo poderá ter alguma possibilidade de ganhar as eleições de 2010. E aí vem o abestalhado FHC, chama os discípulos DEMOSTUCANOS e diz: votem no Congresso contra todas as medidas do governo Lula de conter a crise.
Meus leitores eles que o povo SIFU. Isso é pura verdade. Não está no sangue deles defenderem os interesses do povo brasileiro e da nação. Que propostas eles apresentaram até o presente momento? Vocês conhecem alguma proposta para melhorar o Brasil?
Há um desespero geral dos DEMOSTUCANOS porque a bolha SERRA, inflada pela mídia, está secando rapidmente. Pelo visto um desespero que dá dó. Se as eleições fossem hoje não teria dúvida que a DILMA ganharia no primeiro turno. E tenho para mim que as eleições de 2010 serão as menos complicadas que o PT enfrentou até hoje porque tem o que apresentar ao povo um modelo de gestão e uma pessoa com competência para gerenciar e dá continuidade aos projetos do Brasil.
E a oposição tem o que apresentar? O apagão? O modo de Serra governar São Paulo, massacrando os movimentos sociais, centralizando e pedindo as cabeças de jornalistas na GLOBO e na FOLHA? Sim, tem o que apresentar: os massacres de populações, o descalabro do trânsito de São Paulo, a guerra entre as polícias, onde teve a oportunidade de assistir em sua janela do Palácio dos Bandeirantes. E o resto? A mídia vai tentar mostrar uma São Paulo de fantasia.
Enquanto a nossa elite e a mídia como GLOBO, FOLHA, ESTADÃO, VEJA, BAND demais redes de comunicação golpistas, não enxergam as transformações que estão acontecendo neste país. Estão presos ao pensamento neoliberal, torcendo para que OBAMA venha salvá-los e salvar o neoliberalimo, porque estes não conseguem ver outra realidade, ao contrário com afogados precisam segurar no rabo do neoliberalismo com única esperança. São coitados, a toupeira pelo menos tem os objetivos de sua existência e é parte de um sistema maior na natureza.
MORRIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento / Edgar Morin; tradução Eloá Jacobina. - 8a ed. -Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário