Uma das grandes mudanças trazidas pelo governo Lula foi a redução do risco frente às crises internacionais. O Brasil encarava um roteiro dramático na década de 1990 e começo dos anos 2000: iniciava-se a crise, os dólares fugiam do país, o real se desvalorizava, aumentava a inflação, subiam as taxas de juros e a economia afundava em desemprego, cortes de gastos públicos e aumento da dívida pública.
A crise financeira internacional, iniciada em setembro de 2008, foi enfrentada com novas armas. Os resultados foram bem diferentes, com o Brasil sendo o primeiro país a ser recuperar dos efeitos que ainda são sentidos nos Estados Unidos e na União Europeia.
Nova receita usada pelo governo Lula
- Zerou impostos federais de eletrodomésticos, material de construção e baixou os tributos para compra de carros e motocicletas. A intenção foi segurar o consumo.
- Cortes na taxa básica de juros e a colocou no menor nível (8,75% ao ano) da História.
- Foi criado o Minha Casa, Minha Vida, programa para construção de 1 milhão de casas próprias.
- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu R$ 100 bilhões para garantir os investimentos das empresas brasileiras.
- O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal foram na contramão das instituições privadas e registraram aumento recorde de empréstimos.
- O Brasil pôde se manter com suas próprias pernas, sem pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano passado, o país até emprestou US$ 10 bilhões ao FMI para ajudar outras economias em dificuldade. Tudo graças às reservas internacionais acumuladas a partir de 2003.
Como se vê, o Brasil se tornou um país preparado para enfrentar crises. Um cenário bem diferente daquele que vivemos entre 1995 a 2002, quando a única solução diante de uma crise era buscar a ajuda do FMI. Foi assim em 1997 (crise da Ásia), 1998 (calote da Rússia), 1999 (desvalorização do Real), 2001 (racionamento de energia, 11 de Setembro nos EUA e crise na Argentina) e 2002 (fraudes contábeis de grandes empresas nos EUA).
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