“Apesar da cobertura intensa que TVs, rádios, revistas e jornais têm feito do escândalo da Receita, José Serra encontrou um jeito de dizer, na segunda-feira, que parte da imprensa ainda não havia percebido a sua gravidade, mais preocupada com os efeitos eleitorais do episódio do que com a violação dos sigilos, ela mesma. Bem…
Foi José Serra quem transformou o caso na peça de resistência de sua campanha. E isso tem menos a ver com a gravidade do delito (que é real) do que com o sufoco da candidatura tucana (igualmente real)”. (Fernando de Barros e Silva – Folha SP).
Foi José Serra quem transformou o caso na peça de resistência de sua campanha. E isso tem menos a ver com a gravidade do delito (que é real) do que com o sufoco da candidatura tucana (igualmente real)”. (Fernando de Barros e Silva – Folha SP).
O articulista da Folha tem razão em afirmar que Serra transformou a questão do sigilo em instrumento para tentar aliviar o sufoco de sua candidatura. José Serra tem razão em dizer que a imprensa esta mais interessada nos efeitos eleitorais, que na quebra do sigilo. Ambos têm razão, porque estão dizendo de fato e fazendo a mesma coisa.
Nestes vídeos reproduzidos embaixo, podemos assistir à reprodução do programas do SBT e do SPTV- Globo sobre quebras de sigilo, incluídas autoridades, feitos já no ano passado. Na época não provocaram a comoção que pretendem provocar agora. Nenhum dos jornais e articulistas que invocam agora a gravidade dos delitos, deu mostra de qualquer indignação na época. Dora Kramer, Eliane Cantanhêde, Merval Pereira, Ricardo Noblat, para citar alguns, não consideraram que o tema justificasse uma misera linha nas suas colunas respectivas.
Agora sim, agora os mesmos fatos acrescidos da insultante acusação sem provas contra o PT, ocupam paginas e paginas.
Poderia se argumentar que não existia então uso eleitoral do crime. Mas o único que fez uso eleitoral desse atos delituosos, foi José Serra. Motivado, como bem diz o articulista da Folha, por desespero (desespero foi um termo utilizado por Lula. Fernando de Barros e Silva fala em sufoco).
Podemos acrescentar que também a mídia embarcou nessa tática tucana do “medo” e muitos são os articulistas que emprestam suas penas para confortar o desespero tucano.
Se a população não parece disposta a acompanhar essa deturpação que visa manipular o eleitorado, não é pela passividade em conviver com ilegalidades, como os pedantes udenistas de plantão pretendem. Mas pelo fato que aprenderam a distinguir as verdadeiras vítimas, das sicofantas hipócritas que vociferam como fariseus.
LF
VENDA DE DADOS SIGILOSOS – SPTV – 1ª Edição – 04/07/2009
SBT – 9/10/2009 – A terceira reportagem da série especial do SBT Brasil sobre venda de dados sigilosos mostra como é fácil acessar, com senhas vendidas irregularmente, os dados de autoridades brasileiras, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, além de autoridades que deveriam combater esse tipo de crime. José Serra não parece muito indignado com o fato, ele mostra saber já então sobre a quebra dos sigilos de sua família e filha.Aguardou um ano para exigir providências e manifestar indignação. Na época, governador de SP, nem determinou qualquer inquérito da polícia sob seu comando.
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