Programas sociais permitem ter acesso a bens e manter filhos estudando
Letícia Lins e Henrique Gomes Batista – O GLOBO
RECIFE e RIO. Aos 43 anos, Maria Eugênia Rodrigues, que mora em Recife, nunca teve emprego formal. Já foi babá, arrumadeira e cozinheira de hotel — além de já ter levado duas filhas para limpar para-brisas nos sinais.
Mas jamais teve direito a receber sequer um salário mínimo. Com cinco filhos e sete netos, ela não sabe como estaria hoje se não recebesse benefícios sociais do Bolsa Família e do Vida Nova, este um programa do governo pernambucano destinado a atender a jovens em situação de risco.
Ao todo, recebe R$ 320 por mês.
O orçamento familiar ainda tem reforço: a filha Evelyne, de 22 anos, fez um curso de capacitação e trabalha com carteira assinada. Eugênia já conseguiu transformar seu barraco em uma casa de alvenaria e celebra os programas sociais: — Ajudam muito. Isso é maravilhoso.
Eugênia também virou consumidora de pequenos bens a que nunca teve acesso.
Com os programas sociais, comprou um ventilador, um cesto de roupa (em três parcelas de R$ 10) e um espelho “muito caro”, de R$ 80. Evelyne a ajudou a comprar um guarda-roupa. E a família tem na mesa carne e frutas. A perspectiva é ainda melhor para seus descendentes: as duas filhas que trabalharam nas ruas voltaram a estudar.
No Rio, o reajuste de 7,7% para aposentadorias acima do salário mínimo animou Almir de Oliveira, de 74 anos: — Nossa aposentadoria ainda não é a ideal, mas está melhorando. Devagarzinho, mas é isso que eu espero.
Ele também acredita que há mais respeito aos aposentados: — Agora chegamos ao (posto do) INSS e não há filas, porque tem hora marcada
LEITURAS FAVRE
Nenhum comentário:
Postar um comentário