Cunha deixa desculpas de Temer nuas na praça
A Folha
publica os dois pontos da “nota oficial” de Eduardo Cunha, diretamente
da cadeia curitibana. Ambos deixam sem chão as desculpas usadas por
Michel Temer para fugir da delação da Odebrecht que o apontou como o
“presidente” de um acerto de US$ 40 milhões por um contrato na Petrobras
e a segunda em que, “casualmente”, ficou sabendo que Cunha decidira
aceitar os pedidos e por em marcha o impeachment de Dilma Rousseff.
Sobre a reunião, claro que sem se inculpar no achaque, o
ex-presidente da Câmara diz que foi Temer quem marcou a reunião com os
executivos da Odebrecht, dando a entender que o então candidato a
vice-presidente sabia tudo o que envolvia a gorduchíssima “contribuição
financeira ao PMDB.
Na questão do impeachment, é ainda pior: Cunha diz que os termos do
despacho que autorizou o início dos ritos de impedimento foram
“preparado por advogados de confiança mútua, foi debatido e considerado
por ele (Temer) correto do ponto de vista jurídico”.
“O verdadeiro diálogo ocorrido sobre o
impeachment com o então vice-presidente, às 14 horas da segunda-feira,
30 de novembro de 2015, na varanda do Palácio do Jaburu, 48 horas antes
da aceitação da abertura do processo de impeachment foi submeter a ele o
parecer que aceitava o impeachment”
Temer é um cínico desmascarado. Tão vil que, a rigor, não merece
sequer a confiança de seus cúmplices. Nem mesmo a ética dos bandidos
tem.
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