Incrível que as provas apresentadas: passagens de carro de instituto Lula em pedágios.
Abaixo a reportagem do bom Nassif desnuda a incompetência da peça acusatória.
Léo Pinheiro destruiu as provas que incriminariam Lula mas não destruiu as que incriminariam a ele próprio. E aqui vale compartilhar o comentário de Francisco de Assis
Lula a Léo: "Destrua as provas que eu lhe darei outras"
A marmelada Moro-Leo-MPF-PF-Janot teve como uma das mais sujas vigarices a de fazer o delator torturado Léo PInheiro dizer que Lula - o Gênio do Mal - mandou destruir as provas em "maio ou junho de 2014".
E então, o delator torturado, no mesmo depoimento, afirma que, depois de mandar destruir as provas, Lula - a Anta - mandou que seus “comparsas” Marisa e Fábio voltassem ao “local do crime em agosto de 2014", inclusive para que avisassem o delator torturado que já queriam tomar posse do triplex no reveillon 2014-2015.
Realmente, esses lavajateiros precisam se decidir: ou bem Lula é o Gênio do Mal ou então é uma Anta. Não dá para esses imbecis de Curitiba venderem as duas convicções ao mesmo tempo.
A marmelada Moro-Leo-MPF-PF-Janot teve como uma das mais sujas vigarices a de fazer o delator torturado Léo PInheiro dizer que Lula - o Gênio do Mal - mandou destruir as provas em "maio ou junho de 2014".
E então, o delator torturado, no mesmo depoimento, afirma que, depois de mandar destruir as provas, Lula - a Anta - mandou que seus “comparsas” Marisa e Fábio voltassem ao “local do crime em agosto de 2014", inclusive para que avisassem o delator torturado que já queriam tomar posse do triplex no reveillon 2014-2015.
Realmente, esses lavajateiros precisam se decidir: ou bem Lula é o Gênio do Mal ou então é uma Anta. Não dá para esses imbecis de Curitiba venderem as duas convicções ao mesmo tempo.
A marmelada. Nassif desmonta a “delação” da OAS
De Luís Nassif, hoje, no GGN, juntando as peças do quebra-cabeças
amalucado que resultou na delação de Léo Pinheiro, da OAS, sobre o
triplex “Viúva Porcina” – o que foi sem nunca ter sido” – de Lula, que
não é dele, no Guarujá:
Xadrez da marmelada do tríplex de Guarujá
Luís Nassif, no GGN
Talvez a rapaziada seguidora da
novilíngua da Internet não saiba o significado da palavra “marmelada” –
não o doce. Significa combinar de forma desonesta com o adversário o
resultado final.
Entenda como se montou a marmelada do tríplex de Guarujá – cuja propriedade é atribuída a Lula.
O maior abuso cometido hoje em dia
contra o Estado de Direito é o instituto da delação premiada. É
escandalosa a sem-cerimônia com que a delação é manipulada pela Lava
Jato, pelo PGR Rodrigo Janot e pelo juiz Sérgio Moro. É o maior
argumento em defesa da Lei Antiabuso.
Em um processo, há os dois lados: a acusação e a defesa. E o juiz arbitrando o jogo.
Na teoria, o procurador não é
exclusivamente a pessoa da acusação, mas o que busca a verdade. Só na
teoria. Na prática, é como o delegado que não quer estragar um grande
caso descobrindo a inocência do réu, ou o jornalista que não quer
estragar a manchete com dúvidas sobre a culpa do suspeito.
O MPF só aceita a delação de quem diz
o que ele, procurador, quer ouvir. O réu não pode dizer mentiras
factuais. Mas nada impede que avance em ilações falsas sobre fatos – que
é uma forma mais inimputável de mentir – ou afirmações não comprováveis
e que, por isso mesmo, podem ser manipuladas ao seu gosto. O melhor, ao
gosto do procurador.
Vamos entender melhor esse jogo de
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, com a Lava Jato-Procurador Geral da
República. Esta semana, Léo declarou que Lula é o verdadeiro
proprietário do tríplex de Guarujá, apesar dos advogados de Lula terem
mostrado escrituras comprovando que a OAS continua como única
proprietária do tríplex
Lance 1 – a armação para pressionar Pinheiro e mudar a versão
O lance Léo Pinheiro foi cantado no dia 29 de agosto do passado ((https://goo.gl/Pt4xbA),
quando o Procurador Geral Rodrigo Janot intempestivamente suspendeu as
negociações para a delação com base em um motivo ridiculamente primário:
uma denúncia anódina contra o Ministro Dias Toffolli, publicado pela
revista Veja, e imediatamente atribuída por Janot a Léo – sem nenhuma
comprovação.
A delação de Pinheiro comprometia
fundamentalmente os governos de Geraldo Alckmin e José Serra, relatando o
sistema de propinas em obras públicas estaduais. Até então, o que se
sabia das delações da Odebrecht é que se limitavam a relatar
financiamentos de campanha por caixa 2 e que Léo Pinheiro avançaria
expondo sistemas de propinas.
Escrevi na época:
“Versão 1 – o PGR
acusou advogados da OAS de terem vazado parte do pré-documento de
delação de Léo Pinheiro, com o intuito de pressionar para que a delação
fosse aceita. (…) A versão não se sustenta porque, além de ser ilógica –
é evidente que o vazamento comprometeria a delação (…)
Versão 2 –
imediatamente Janot suspendeu as negociações para a aceitação da delação
do presidente da OAS, Léo Pinheiro. Para justificar a não tomada de
decisão ante as 17 delações anteriores vazadas, alegou que a de Toffoli
era diferente, porque a informação não existia. Ou seja, tratou
drasticamente um vazamento irrelevante (porque, segundo ele, de fatos
que não existiam) e com condescendência vazamentos graves.
Na atual edição de Veja,
tenta-se emplacar uma nova versão: a de que o anexo (com o suposto
vazamento) existia, mas não constava da pré-delação formalizada. Como
fica, então, o argumento invocado para livrar os procuradores da
suspeita de vazamento?
(…) No dia 11 de agosto passado, a sempre atilada Mônica Bérgamo deu pistas importantes para entender os últimos episódios (http://migre.me/uMCbH)”
“A revelação feita pela Odebrecht sobre dinheiro de caixa dois para o PMDB, a pedido de Michel Temer, e para o tucano José Serra (PSDB-SP)
tem impacto noticioso, mas foi recebida com alívio por aliados de
ambos. Como estão, os relatos poupam os personagens de serem enquadrados
em acusações mais graves, como corrupção e formação de quadrilha.
(…) Neste final de semana, Veja traz o conteúdo total da pré-delação de Léo Pinheiro.
Há informações seguras de pelo menos
um depósito na conta de Verônica Serra. Esse depósito não aparece na
pré-delação da OAS divulgada pela Veja. Talvez apareça mais à frente, quando se avançar sobre os sistemas de offshore”.
Há a necessidade de ler a íntegra da
próxima delação de Pinheiro, para uma avaliação melhor sobre a maneira
como relatará os esquemas de São Paulo. Mas é fora de dúvida de que,
para conseguir se livrar da prisão, Léo Pinheiro teve que se propor a
entregar Lula.
Esta semana, as informações sobre o
tríplex de Guarujá foram prestadas por ele ainda sem constar do acordo
de delação. Mas, antes do início do depoimento, fontes da Lava Jato já
antecipavam seu conteúdo, o que significa que já haviam chegado a um
entendimento, visando o objetivo central da operação: inviabilizar a
candidatura de Lula para 2018.
Lance 2 – a ideia fixa do tríplex
No depoimento prestado a Moro, Pinheiro faz um relato inverossímil das ligações com Lula.
Dizer que financiou o PT é
verossímil, assim como o apoio dado ao Instituto Lula. É verossímil
também que teria aceitado assumir o edifício do tríplex, por saber que o
casal Lula tinha uma cota em seu nome. Afinal, quem não gostaria de ter
um edifício tendo como um dos proprietários de imóvel um ex-presidente
da República. É igualmente verossímil que tenha convidado o casal
Lula-Marise a visitar o edifício, para ver se se interessavam pelo
apartamento.
A partir daí, não há um elemento
sequer que comprove que Lula ficou com o tríplex. Lula declarou ter
visitado o edifício, não ter gostado do apartamento e não ter ficado com
ele.
Há uma montanha de testemunhas e documentos comprovando que a OAS permaneceu como proprietária do edifício.
Mas os brilhantes Sherlocks da Lava
Jato transformaram o tríplex em questão de honra. Como é um caso mais ao
alcance do chamado telespectador comum, a comprovação da posse do
tríplex tornou-se uma obsessão.
Por conta dessa obsessão, já
quebraram a cara ao descobrir que estava em nome de uma conta do
escritório Mossak Fonseca. Promoveram o maior alarido, invadiram o
escritório da Mossak, acessaram seu banco de dados e levaram duas
pancadas simultâneas. A primeira, a constatação de que a offshore dona
do tríplex era da OAS mesmo; a segunda, ao descobrir uma offshore de
propriedade da família Marinho, da Globo.
Numa só tacada inocentaram o alvo e comprometeram o aliado.
Foi um custo varrer o elefante para baixo do tapete.
Lance 3 – a encomenda entregue por Pinheiro
Agora, Léo Pinheiro aparentemente cedeu e entregou a encomenda pedida.
Mas há um jogo curioso montado.
De um lado, deu declarações que, sem provas, não têm o menor valor penal. As provas, segundo antecipou o jornal O Globo,
são terrivelmente ridículas: comprovações de reuniões com Lula, de
telefonemas a funcionários do Instituto Cidadania. Junto, as delirantes
provas colhidas pelos Sherlocks da Lava Jato que identificaram quatro
(!) viagens em um ano de carros do Instituto até Guarujá.
Fica-se assim, então:
1. As declarações de Pinheiro
garantem alguns dias de cobertura intensiva no Jornal Nacional,
preparando o ambiente para uma próxima condenação de Lula.
2. Mas Pinheiro não entrega
nenhuma prova comprometedora contra Lula, nem no caso do tríplex (que
não deve ter mesmo), nem em nenhum outro caso relevante.
Além disso, o Código Penal proíbe que
uma pessoa seja julgada duas vezes pela mesma acusação. E o caso do
tríplex já foi julgado e anulado pela Justiça estadual de São Paulo,
apresentada pelos procuradores estaduais.
Ou seja, a grande armação visando ou a prisão ou acelerar a condenação de Lula é ridiculamente frágil.
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