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domingo, 19 de setembro de 2010

Coimbra põe o dedo na ferida: a Operação Lunus 2010 está em curso

Paulo Henrique Amorim


Na foto, o editor-chefe da Lunus 2010

Extraído do site Amigos Presidente Lula:

“… nenhuma dessas denúncias nasceu na internet, contrariando tendência cada vez mais comum em outros países. Lá, é nos blogs e sites independentes que coisas assim começam e têm seu curso, muitas vezes enfrentando a inércia da mídia tradicional. Aqui, ao contrário, são os jornalões e os grupos de comunicação mais poderosos os mais afoitos na apresentação e apuração de denúncias.”


“Foi de repente, quando a decepção com a performance de Serra e o susto com o bom desempenho de Dilma se generalizaram, que começamos a ter uma denúncia atrás da outra. A temporada de escândalos teve sua largada na última semana de agosto, quando saíram as primeiras pesquisas públicas feitas após o inicio do horário gratuito, mostrando que a diferença entre eles passava de 20 pontos.

De lá para cá, nada mudou nas intenções de voto.”

Marcos Coimbra

Navalha
É claro que, entre a última semana de agosto e a segunda de setembro, o PiG (*) não teria condições de produzir tantas “denúncias”.
O PiG (*) não tem dinheiro, pessoal, nem expertise para realizar esse bombardeio coordenado, tão eficaz quando o do Robert McNamara com os B-52.
E tão inútil, porque, como se sabe, os Estados Unidos perderam a Guerra do Vietnã.
O PiG (*) não é o Pentágono.
É um bando de jornalecos de quinta categoria, que se debate para sobreviver, apoiado numa rede de televisão que se fez no regime militar e, com o aprofundamento da democracia, vai para o atoleiro.
O que existe é uma central de produção de denúncias.
Ou seja:
A Operação Lunus se compõe de “vigilantes”, de operadores do bas-fond da comunidade de informações, policiais semi-analfabetos, políticos do baixo clero, e milionários desocupados.
Eles produzem dossiês, reportagens, testemunhas bombas, fitas, audios, fotos e cameras indiscretas.
O resultado de uma Operação Lunus vai para o PiG 1 e a repercussão imediata para o PiG 2.
Depois é o PiG 3 quem recebe e a repercussão sai no Pig 4.
Até que todos os PiGs se realimentem da Operação Lunus.
Assim como o Serra terceirizou a Oposição ao PiG (*), o PiG (*) terceirizou a reportagem ao Serra.
Ou melhor, à Lunus.
Como diz o Conversa Afiada: se a presidenta Dilma reconstruir a ABIN e a Polícia Federal, ela saberá como isso funciona.
E poderá encaminhar os criminosos à Justiça.


Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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