O extermínio de cearenses no campo de concentração era mais lento e torturante do que nos campos nazistas. A fome era mais asfixiante e mais terrível do que os gases nazistas porque a morte era lenta, cruel e enlouquecia as almas dessas criaturas abandonadas por uma elite assassina e cruel. Os nazistas matavam por prazer e tinham a o objetivo "a solução final" para a purificação da "raça". Aqui as elites nordestinas e paulistas eram ainda mais cruéis. O objetivo era confinar essa "gente fedida, piolhenta, miserável e deixá-la morrer a míngua" - morte terrivelmente cruel.
A seca é um fenômeno natural do Nordeste sem-árido equatorial. Muitos não sabem, mas o Nordeste tem dois períodos climáticos: o período chuvoso que as pessoas chamam de inverno e o período seco que as pessoas chamam de verão.
Isso de deve quando os portugueses aqui chegaram. E chegaram no período chuvoso que desconheciam da Meteorologia e Climatologia equatorial.
Isso porque na península ibérica o período chuvoso corresponde à estação do inverno (frio) e o período seco ao verão (calor).
Bem, a seca não é a falta absoluta de água, mas sim a sua má distribuição no tempo e no espaço, o que demandava das elites brasileiras o desenvolvimento de tecnologias sociais para a convivência no semiárido nordestino, o que nunca foi feito até aqui.
Continuamos dependente de carros-pipa e a indústria da seca é ainda utilizada para manutenção de currais eleitorais no sertão nordestino, apesar das mudanças dos últimos anos.
Bem, a má distribuição de água no tempo se deve ao falto de que durante os dozes meses do ano chove apenas em um, dois, três ou até quatro meses. No entanto, as chuvas estão cada vez mais concentradas em Março e Abril.
E a má distribuição no espaço decorre que de que as chuvas ocorrem mais no litoral, ficando o resto do sertão seco. Tanto é verdade que em países como a França,(670mm), Alemanha (690mm) têm índice pluvial inferir à média história do Ceará (750mm) e não tem o chamado fenômeno da seca.
Bem, apesar de todo esse conhecimento ao longo da existência de nosso país, as elites brasileiras, marcadamente as paulistas e nordestinas não foram capazes de pensar em soluções para a convivência nesse semiárido.
No entanto, essas mesmas elites foram capazes de criar a "solução final" para os flagelados da seca: a construção de campos de concentração da fome que meus familiares mais antigos chamavam de "currais da fome".
E era a solução final porque era preciso confinar essa "gente fedida, piolhenta, maltrapilha e miserável nos seus malditos lugares" e evitar que contaminassem "a Fortaleza bela, aristocrática e europeizada.
Se o exterminíio de judeus e outros povos se deu em campos de concentração com a utilização das câmaras de gases, aqui no sertão a fome já era a própria condenação à morte. A diferença é que a morte no campo de concentração era lenta, violentamente torturante a ponto de muitos rasgarem as barrigas com as suas facas. E outros, no desespero, rasgavam as barrigas de defuntos em decomposição para comerem os seus fígados.
E isso era tão violento que assustava as famílias dos mortos. E isso os fazia enterrar os seus mortos no "mato desconhecido".
O desespero era tanto que a loucura entranhava as mais primitivas almas testemunhas de um tempo em que se matava crianças, velhos, mulheres aos milhares pelo paradigma do abandono nos campos de concentração.
A seca é um fenômeno natural do Nordeste sem-árido equatorial. Muitos não sabem, mas o Nordeste tem dois períodos climáticos: o período chuvoso que as pessoas chamam de inverno e o período seco que as pessoas chamam de verão.
Isso de deve quando os portugueses aqui chegaram. E chegaram no período chuvoso que desconheciam da Meteorologia e Climatologia equatorial.
Isso porque na península ibérica o período chuvoso corresponde à estação do inverno (frio) e o período seco ao verão (calor).
Bem, a seca não é a falta absoluta de água, mas sim a sua má distribuição no tempo e no espaço, o que demandava das elites brasileiras o desenvolvimento de tecnologias sociais para a convivência no semiárido nordestino, o que nunca foi feito até aqui.
Continuamos dependente de carros-pipa e a indústria da seca é ainda utilizada para manutenção de currais eleitorais no sertão nordestino, apesar das mudanças dos últimos anos.
Bem, a má distribuição de água no tempo se deve ao falto de que durante os dozes meses do ano chove apenas em um, dois, três ou até quatro meses. No entanto, as chuvas estão cada vez mais concentradas em Março e Abril.
E a má distribuição no espaço decorre que de que as chuvas ocorrem mais no litoral, ficando o resto do sertão seco. Tanto é verdade que em países como a França,(670mm), Alemanha (690mm) têm índice pluvial inferir à média história do Ceará (750mm) e não tem o chamado fenômeno da seca.
Bem, apesar de todo esse conhecimento ao longo da existência de nosso país, as elites brasileiras, marcadamente as paulistas e nordestinas não foram capazes de pensar em soluções para a convivência nesse semiárido.
No entanto, essas mesmas elites foram capazes de criar a "solução final" para os flagelados da seca: a construção de campos de concentração da fome que meus familiares mais antigos chamavam de "currais da fome".
E era a solução final porque era preciso confinar essa "gente fedida, piolhenta, maltrapilha e miserável nos seus malditos lugares" e evitar que contaminassem "a Fortaleza bela, aristocrática e europeizada.
Se o exterminíio de judeus e outros povos se deu em campos de concentração com a utilização das câmaras de gases, aqui no sertão a fome já era a própria condenação à morte. A diferença é que a morte no campo de concentração era lenta, violentamente torturante a ponto de muitos rasgarem as barrigas com as suas facas. E outros, no desespero, rasgavam as barrigas de defuntos em decomposição para comerem os seus fígados.
E isso era tão violento que assustava as famílias dos mortos. E isso os fazia enterrar os seus mortos no "mato desconhecido".
O desespero era tanto que a loucura entranhava as mais primitivas almas testemunhas de um tempo em que se matava crianças, velhos, mulheres aos milhares pelo paradigma do abandono nos campos de concentração.
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