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quarta-feira, 27 de julho de 2011

A mídia colonizada evita dar maior destaque ao novo “paraíso” dos dissidentes cubanos na Europa.

A mídia atua dentro dos paradigmas de propaganda nazista: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde. E vai sempre assim. Esse pessoal deixou de fazer jornalismo, para fazer propaganda ideológicas de um modelo de dominação e exploração humana a partir dos interesses do pessoal de cima do planeta. 

Dissidentes cubanos descartados na Europa


A mídia estadunidense e as suas sucursais colonizadas pelo mundo adoram fazer estardalhaço quando algum cubano abandona a ilha do Caribe. A violenta propaganda imperial visa sabotar a imagem do socialismo em Cuba, somando-se ao cruel bloqueio econômico e às ações terroristas dos EUA. Ela ilude muita gente desinformada, inclusive alguns cubanos que almejam o “paraíso” no exterior.

Na prática, porém, muitos destes “dissidentes” são joguetes nas mãos das nações imperialistas. Recente reportagem da Folha confirma que muitos cubanos que fugiram da ilha hoje são humilhados na Europa, vivendo em condições das mais precárias. A repórter Luisa Belchior relata o caso dos “dissidentes” que vegetam atualmente na Espanha.

“Vivemos uma vida medíocre”

“O cubano Victor Arroyo, 60, retira os poucos móveis do apartamento em que vive em Móstoles, Madri. Sem emprego nem educação para os filhos, o jornalista e geógrafo doou tudo para conterrâneos e vai deixar a Espanha rumo aos EUA quase como chegou, há um ano: com um punhado de roupas... ‘Quando chegamos foi uma festa, mas depois nos jogaram em qualquer lugar e nos deram as costas. Ninguém tem trabalho e vivemos uma vida medíocre’”.

Outro dissidente, Próspero Gainza, mostra-se indignado com o total abandono na Espanha. “Para mim, está claro que logo teremos companheiros no meio da rua como indigentes... Aqui vivemos uma situação humilhante. Temos que declarar todos os nossos gastos”. Ele e outras oito famílias pretendem se mudar para os EUA; outra irá para o Chile.

Espanha descumpre o acordo

As famílias entrevistadas rumaram para a Espanha em decorrência de um acordo firmado entre os governos dos dois países, intermediado pela Igreja Católica, há cerca de um ano. Ele previa que o governo espanhol garantiria trabalho, casa e educação para 75 dissidentes. Também determinava o fim da chamada “Posição Comum”, um acordo europeu que bloqueia as relações econômicas com Cuba. A Espanha não cumpriu nenhuma das cláusulas.

Apesar da desilusão e do abandono, alguns dissidentes continuam a sua jornada anti-Cuba. “Os que conseguiram alguma estabilidade financeira rodam a Europa para divulgar um manifesto contra a derrubada da Posição Comum”, relata a jornalista. Eles são convidados pelos governos e parlamentos de países sob o comando da direita européia. A mídia colonizada, por razões óbvias, evita dar maior destaque ao novo “paraíso” dos dissidentes

Um comentário:

Geopolêmica disse...

Da Espanha em relação à América Latina eu não espero NADA além de desprezo. É o que eles nutrem por todos nós.