Antes da carreata que mobilizou milhares de eleitores e militantes pelas ruas da Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, a candidata Dilma Rousseff afirmou que a erradicação da miséria é condição para que o Brasil alcance a posição de país desenvolvido. Para isso, a taxa de crescimento da economia deve ser mantida entre 5% e 7% ao ano. Com este percentual, segundo ela, os índices de geração de emprego continuarão a bater recordes.
“Quando o presidente Lula assumiu o governo, a situação no Brasil era dramática. Vínhamos de um quadro de estagnação. Se a economia não cresce, aumenta o desemprego. Isso explica por que havia 77 milhões de pobres no Brasil naquela época”, disse, se referindo à estganação econômica do governo do PSDB.
O governo Lula já conseguiu tirar 28 milhões de pessoas da pobreza, mas 15 milhões continuam na linha de pobreza extrema, ou seja, ganham até um quarto de salário mínimo. “São esses 15 milhões que nós precisamos e vamos, no horizonte mais próximo do meu governo, tirar da pobreza. A política de redução da pobreza tem que ser acelerada”, ressaltou.
Para Dilma, o Brasil será um país desenvolvido não apenas porque o PIB (Produto Interno Bruto) crescerá, mas porque as pessoas vão melhorar de vida. “Elas tem hoje o que não tinham antes. Elas têm direito a ter televisão, geladeira e carne na mesa. Tem direito a sonhar com seu carro e a ter também a sua casa.”
Denúncias infundadas
Na entrevista coletiva, Dilma rebateu reportagem da revista Veja que acusa a Casa Civil de irregularidades na compra o medicamento Tamiflu, usado para tratar a gripe A. Segundo a candidata, a negociação foi feita diretamente entre o Ministério da Saúde e a direção do laboratório internacional que fornece o medicamento, resultando numa redução de 76% no preço.
“Não só eu, mas todo ex-ministro da Saúde sabe que os processos licitatórios da Saúde nada têm a ver com a Casa Civil. Eu acho muito estranha esta reportagem”, comentou.
Dilma deixou bem claro que não pretende aceitar o convite do PSDB para prestar esclarecimentos no Congresso Nacional sobre as denúncias contra a Casa Civil. “Isso não é um convite, mas uma tentativa do senador Álvaro Dias de criar um factóide. Convite do senador Álvaro Dias eu não aceito nem para cafezinho”, concluiu.
Carreata
Na saudação feita aos militantes que participaram da carreata, Dilma afirmou que o desespero dos adversários não contaminará sua campanha, que continuará respeitosa e centrada em propostas. A candidata mencionou ainda a conversa que teve com o presidente Lula antes de encontrar os moradores de Ceilândia.
Segundo ela, Lula recomendou: “Em Ceilândia está o povo igual a mim, Dilma. E é para esse povo que a gente tem que governar”, contou a candidata sobre a conversa com Lula. “E para nós governar é cuidar, é saber que esse país tem que crescer para os 190 milhões de brasileiros. E é isso que nós vamos fazer. Dar continuidade ao governo do presidente Lula”, completou Dilma ao lado do candidato ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
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