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domingo, 7 de fevereiro de 2010

O filme Lula, o Filho do Brasil. Professora diz que filme é campanha para Dilma

Comentário: lamento a forma como o filme Lula, o Filho do Brasil foi desconstruído pela mídia neoliberal e entreguista deste país. Eu ainda não tive o prazer de assistir o filme porque no meu município e região próxima não tem cinema. 

O cinema de Russas onde funcionava em prédio pertencente a uma associação beneficente foi entregue a um empresário para ser transformado em padaria 

Foi um crime violento contra o patrimônio cultural de Russas realizado pelo ex-prefeito Weber de Araújo.

Voltando ao filme Lula, o Filho do Brasil, vejo que muitos brasileiros de minha região estão ansiosos para vê-lo, mas não tem como porque nem os DVD piratas apareceram por estas bandas. 

Parece que há boicote generalizado até na pirataria. Não se encontra DVD do filme para comprar. 

Outro dia conversei como uma colega que teve a oportunidade de assistir o filme em Fortaleza. Tinha meia dúzia de pessoas assistindo. Ela disse que uma colega não iria ver o  referido filme porque não iria pagar para fazer campanha para Dilma.

Veja que a professora está reproduzindo que a mídia escreveu sobre o filme de Lula como estão chamando por aí. 

E uma pena que a mídia impeça de brasileiro conhecer um pouco da historia de vida de Lula e a luta de sua mãe para criar a sua família. É uma pena mesmo.



LUIZ CARLOS BARRETO

Em vez de falar da obra, os críticos escolheram contestar o direito que todo cineasta tem de fazer um filme sobre o assunto que bem entender.

ABERTURA DO Festival de Brasília, 17/11/09, primeira exibição pública de "Lula, o Filho do Brasil". Enquanto o filme se desenrolava na tela, já estava em curso o massacre político promovido por um exército de escribas, comentaristas políticos, colunistas sociais improvisados, ex-militantes políticos de aluguel, cientistas políticos de plantão convocados a se manifestar apenas do ponto de vista especulativo sobre seu potencial político-eleitoral, afirmando que a eleição presidencial de 2010 seria decidida a partir da força emocional do filme.

Além da ingenuidade infantil dessa tese (ou de sua má-fé?), o que eles questionavam era o nosso direito de fazer um filme sobre o assunto que escolhemos. Pode-se fazer filmes sobre Bush, Berlusconi ou Mitterrand pelo mundo afora, como tem acontecido. Pode-se fazer filmes sobre Getúlio, Juscelino, Tancredo, Jânio ou o empresário Boilesen. Mas sobre Luiz Inácio da Silva, não.

Há os que viram (mais de 800 mil pessoas), os que não viram ainda e os que viram, mas não quiseram ver o filme como um filme com todos os seus méritos e valores cinematográficos, como testemunharam e assinaram embaixo Ziraldo ("Uma história bem contada e bem filmada. Impossível não se comover"), Zuenir Ventura ("O filme mexe com a emoção e vai inundar os cinemas de lágrimas") e Cacá Diegues ("A história de vida que esse filme conta com muita emoção nos ajuda a compreender melhor o valor da democracia, do direito de todos à liberdade e oportunidade").

Falar dos méritos e eventuais deficiências desse filme de Fábio Barreto era uma obrigação dos críticos, e é claro que todo mundo tem direito de externar sua opinião, de gostar ou não gostar do filme que viu.

Mas, de tudo que li, poucos tiveram a honestidade intelectual e profissional de criticar o filme como uma obra cinematográfica, escolhendo contestar o direito que qualquer cineasta tem de fazer um filme sobre o assunto que bem entender. 

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