As placas tectônicas da disputa presidencial moveram-se no Brasil neste final de fevereiro e um abalo sísmico mais forte que o do Chile atingiu a jugular da coalizão demotucana: Serra tornou-se o candidato mais rejeitado entre todos os presidenciáveis; em menos de 60 dias, sua vantagem sobre Dilma despencou de 14 pontos para apenas 4 pontos; entre o Datafolha de dezembro e o deste final de fevereiro, tucano perdeu cinco pontos; Dilma avançou cinco; uma fatia do eleitorado equivalente a 10 pontos mudou de lado na disputa e a reacomodação não favoreceu o conservadorismo nativo; temporada de inundações em SP lavou o verniz midiático que pintava Serra como estadista aos olhos da classe média; enxurrada revelou um político manhoso, tingido com o papel crepon de bom gestor, à frente de uma administração inepta, imprevidente e manipuladora. Quando o cristal se quebra sob o peso da decepção, fica difícil reverter o plano inclinado dos apoios tradicionais. O 'estado de catástrofe' está em curso no interior da coalizão demotucana.Difícil será conter as rachaduras...
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