A ascensão da ministra Dilma Rousseff nas pesquisas de opinião, colocando-a muito próxima do governador José Serra, indica que a disputa cada vez mais dependerá de uma pessoa apenas: Dilma Rousseff.
O presidente Lula, o político mais popular do Brasil por muitos corpos de vantagem, a cada vez mais poderosa máquina pública federal e o elevado otimismo econômico colocam a eleição no colo da ministra.
A aliança com o PMDB garante a ela tempo muito maior na TV. Os bilionários contratos de obras federais e as bilionárias parcerias do BNDES com o grande empresariado nacional, estrategicamente desovados na reta final deste governo, dão ao lulo-petismo apoio sólido para o financiamento da campanha dilmista, que promete gastança nunca vista.
E enquanto Dilma deslancha nas pesquisas, inaugurando obras e abrindo licitações por toda parte, aparecendo com Lula em todo o país, presença constante no noticiário, os tucanos se recolhem, com uma candidatura recalcitrante do governador paulista, atolado sob as chuvas de um verão implacável.
De um lado, o pé pisa firma no acelerador. Do outro, no breque. Não espanta Dilma ter se aproximado de Serra tão rapidamente nas intenções de voto.
E, dada a aprovação do governo Lula, não sobra muito discurso popular à oposição, uma vez que a cara bandeira do combate à corrupção, vulnerabilidade óbvia do governo federal, não será empunhada pelos oposicionista por motivos também óbvios.
Enquanto o governo está seguro e assertivo, na caverna tucana reina a indefinição e a insegurança. Serra titubeia diante da conjuntura de forças pró-governo. Congela a oposição, enquanto a caravana Dilma avança rápido.
Mas há dois imponderáveis: 1) a ameaça de uma crise em W, com a recuperação atual durando pouco e a economia mergulhando novamente no abismo. Será de novo uma crise importada, mas capaz de azedar um pouco a euforia reinante por aqui. E, principalmente, 2) como se comportará a candidata petista.
Dilma nunca foi testada eleitoralmente. Tem fama de temperamento áspero, o que não pega bem com o eleitorado, e parece meio durona diante das câmeras. Pelo andar da carruagem, a falta de catimba palanqueira deve ser sua maior inimiga.
Só depende dela.
Folha
Comentário: ou seja, o jornalista da Folha espera uma nova crise econômica para balançar as estruturas da economia brasileira. O jornalista espera que a Dilma vá chutando a pau da barraca e assim os demo-tucanos terem o que mostrar no horário eleitoral.
Por fim, é apostando nos erros de Dilma, do PT e do governo que o jornalista da Folha e da tropa demo-tucana espera que o Serra ou o Aécio possa ter sucesso nas eleições de 2010.
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