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quinta-feira, 12 de março de 2009

MULHER CORAGEM

Vera Magalhães


Caríssimos leitores de Olhos do Sertão. Estive ausente pelo acúmulo de tanto trabalho e peço que me compreenda. Tenho o compromisso de atualizar este blog diariamente com textos novos sobre o nosso Brasil.


Não poderia de deixar de o Dia Internacional da Mulher. Ano passado tive a oportunidade de ler e pesquisar sobre Vera Sílvia Magalhães, que aos 21 anos foi a única mulher a participar do seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick.



Eu prefiro ficar com sua imagem e são estes brasileiros e brasileiras que devemos guardar em nossas mentes e em nossos corações porque a história neste país é contada pelos vencedores e o povo fica no esquecimentos, mas nós temos que lembrar os nossos heróis e as nossas heroínas, verdadeiros brasileiros que deram suas vidas pela utopia, pelo sonho.


E é através desta imagem que digo: paabéns mulheres, vocês conseguem mesclar atitudes de sensibilidade e coragem, por isso guardo a certeza que teremos uma mulher coragem na presidência deste país.


Parabéns mulheres e viva o povo brasileiro.





Ela poderia ter desfilado a beleza de seus vinte anos pelas calçadas de Ipanema, no Rio de Janeiro onde nasceu. Poderia ter sido uma garota que amava os Beatles e os Rolling Stones, no embalo da liberação de costumes que varreu o mundo na década de 60. Ou poderia ter concluído o curso de Economia e levado uma vida burguesa, beneficiada pelo “milagre brasileiro” que fez o País crescer dez por cento ao ano no período mais repressivo dos governos militares. Mas Vera Sílvia Magalhães amava a revolução e, como tantos jovens de sua época, não admitia viver sob a ditadura implantada pelo golpe de 64.


Nenhum deles, porém, foi tão longe: ela pegou em armas, assaltou bancos, trocou tiros com forças de segurança e sequestrou o embaixador do país mais poderoso do mundo. Viu o companheiro tombar a seu lado, quando tentavam escapar de um cerco policial. E a peruca que usava para se disfarçar nos assaltos a transformou em personagem de primeira página nos jornais populares: era a loura noventa, que empunhava dois revólveres calibre 45. Acabou baleada, presa, torturada e banida do país que queria libertar. E virou personagem de um filme que concorreu ao Oscar.


Trinta anos depois, vividos entre o exílio e a volta, Vera Sílvia Magalhães ainda procura seu lugar no mundo. Carrega no corpo e na alma as marcas da violência. E se pergunta o que fazer agora de tanta ousadia e tanta generosidade, de tanta coragem e tanta ternura.


Luis Moreira

Um comentário:

Anônimo disse...

LUÍS ADOREI ESSA HOMENAGEM QUE VOCÊ FEZ A NÓS MULHERES, COLOCANDO UMA GUERREIRA PARA REPRESENTAR TODAS NÓS. ACREDITO NO POTENCIAL DA MULHER, É POR ISSO QUE O BRASIL PRECISA ELEGER UMA MULHER PARA PRESIDENTA, PARA QUE A HUMANIDADE VEJA QUE A MULHER PODE FAZER MUITO MAIS DO QUE JÁ CONSEGUIU EM SUAS BATALHAS PELA VEZ E VOZ NUMA SOCIEDADE QUE POLITICAMENTE É DESUMANA. Gerlaine