Durante a missa em homenagem a São Francisco, o padre que celebrava o ato religioso reclamou do tumulto causado pela presença de José Serra. Ao final, reclamou da distribuição de panfletos contra Dilma, provocando a revolta de Tasso Jereissati
A visita do presidenciável José Serra (PSDB) a Canindé, durante os festejos em homenagem a São Francisco, terminou em confusão entre o padre que celebrava a missa das 16 horas e tucanos. Entre eles, o senador Tasso Jereissati, que tentou tirar satisfações com o religioso - cujo nome não foi informado pela secretaria paroquial da Basílica - depois que ele, no fim da celebração, reclamou da distribuição de panfletos contra a também candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT).
O material apresentava três motivos para não votar na petista e, segundo o padre, estavam sendo distribuído durante a missa. Assinada pelo Instituto Vida de Responsabilidade Social, e apresentando dois números de CNPJ, ele afirmava, por exemplo, que Dilma é a favor do aborto, envolvida com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que “nunca na história desse país houve tanta corrupção”.
Com um exemplar do material em mãos, já no fim da celebração, o padre reclamou: “Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, afirmando em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política! A Igreja não está autorizando isso”, bradou o padre, provocando os aplausos de fiéis e a revolta de Tasso, que partiu para cima do altar, sendo contido por uma assessora e pela esposa, Renata Jereissati. “O senhor não pode fazer isso”, repetia Tasso. Nesse momento, o padre sumiu do recinto, e não conseguiu mais ser localizado pela imprensa. Ao mesmo tempo, presentes gritavam os nomes tanto de Serra como de Dilma.
Enquanto isso, o candidato do PSDB ao Planalto agia como se nada estivesse acontecendo. Quando a confusão já estava generalizada, Serra continuava com o semblante tranquilo, sentado na primeira fileira do recinto, conversando e tirando fotografias com eleitores.
Pouco depois, saiu escoltado por seguranças e correligionários, sem dar entrevista.
Tasso, por sua vez, não ficou calado, e acusou o sacerdote. “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.
Reclamações
Antes, ao longo da celebração, a missa já vinha tumultuada. Depois que Serra chegou e tomou assento, uma multidão de fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas o rodeou. O padre reagiu imediatamente. Ele lamentou que, “infelizmente”, nem todos tinham ido à missa com o mesmo objetivo: louvar São Francisco. “Não me refiro a A ou B, mas àqueles que estão conversando e tumultuando. A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.
O material apresentava três motivos para não votar na petista e, segundo o padre, estavam sendo distribuído durante a missa. Assinada pelo Instituto Vida de Responsabilidade Social, e apresentando dois números de CNPJ, ele afirmava, por exemplo, que Dilma é a favor do aborto, envolvida com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que “nunca na história desse país houve tanta corrupção”.
Com um exemplar do material em mãos, já no fim da celebração, o padre reclamou: “Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, afirmando em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política! A Igreja não está autorizando isso”, bradou o padre, provocando os aplausos de fiéis e a revolta de Tasso, que partiu para cima do altar, sendo contido por uma assessora e pela esposa, Renata Jereissati. “O senhor não pode fazer isso”, repetia Tasso. Nesse momento, o padre sumiu do recinto, e não conseguiu mais ser localizado pela imprensa. Ao mesmo tempo, presentes gritavam os nomes tanto de Serra como de Dilma.
Enquanto isso, o candidato do PSDB ao Planalto agia como se nada estivesse acontecendo. Quando a confusão já estava generalizada, Serra continuava com o semblante tranquilo, sentado na primeira fileira do recinto, conversando e tirando fotografias com eleitores.
Pouco depois, saiu escoltado por seguranças e correligionários, sem dar entrevista.
Tasso, por sua vez, não ficou calado, e acusou o sacerdote. “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.
Reclamações
Antes, ao longo da celebração, a missa já vinha tumultuada. Depois que Serra chegou e tomou assento, uma multidão de fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas o rodeou. O padre reagiu imediatamente. Ele lamentou que, “infelizmente”, nem todos tinham ido à missa com o mesmo objetivo: louvar São Francisco. “Não me refiro a A ou B, mas àqueles que estão conversando e tumultuando. A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.
Em outro momento, nova reclamação: “Vocês não vieram aqui para ver os políticos. Vocês vieram aqui para ver quem? São Francisco”. Na comunhão, mais reclamações: “Estão atrapalhando com filmagens. Não é assim que se faz política, não. Estão atrapalhando a celebração do começo ao fim. Lamentavelmente isso é uma profanação”, disse.
E-Mais
TUMULTO APÓS A MISSA. A confusão que começou na Igreja terminou do lado de fora. Apoiadores de Serra e Dilma trocaram insultos e provocações, dificultando a entrada de José Serra e demais tucanos na van que os levaria para o local onde estava o helicóptero com destino a Fortaleza. Até briga com bandeiras aconteceu no local.
O NOME DO PADRE. Entre os nomes do padre informados por membros da organização do evento religioso estavam Francisco e João Amilton. Ninguém informou de onde ele é.
PROFISSIONAIS DA MENTIRA. Durante encontro com tucanos, Serra afirmou que está sendo vítima de “profissionais da mentira”. “Se não fosse a minha história, eu estaria abalado. Mas eu tenho uma mola. Quando mais bate, mais eu cresço”.
LÚCIO ALCÂNTARA. Serra também fez referência ao seu mais novo apoiador no Ceará, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), que, no primeiro turno, fez campanha para Dilma Rousseff (PT). Segundo o tucano, Lúcio foi seu colega durante a Constituinte de 1988 na Câmara dos Deputados e também durante sua passagem pelo Senado. “Devo a ele um dos principais avanços na área da Saúde, que é o Sistema Nacional de Transplantes”. Antes, o ex-governador havia afirmado que o tucano representa um “novo compromisso com o futuro do Brasil”.
MÃO SANTA. O senador não-reeleito Mão-Santa (PI) também esteve no encontro tucano, e atacou o PT. Disse que a vitória de Serra irá ajudar a “enterrar a bandeira do PT, e tudo que ela representa, como a corrupção”.
O NOME DO PADRE. Entre os nomes do padre informados por membros da organização do evento religioso estavam Francisco e João Amilton. Ninguém informou de onde ele é.
PROFISSIONAIS DA MENTIRA. Durante encontro com tucanos, Serra afirmou que está sendo vítima de “profissionais da mentira”. “Se não fosse a minha história, eu estaria abalado. Mas eu tenho uma mola. Quando mais bate, mais eu cresço”.
LÚCIO ALCÂNTARA. Serra também fez referência ao seu mais novo apoiador no Ceará, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), que, no primeiro turno, fez campanha para Dilma Rousseff (PT). Segundo o tucano, Lúcio foi seu colega durante a Constituinte de 1988 na Câmara dos Deputados e também durante sua passagem pelo Senado. “Devo a ele um dos principais avanços na área da Saúde, que é o Sistema Nacional de Transplantes”. Antes, o ex-governador havia afirmado que o tucano representa um “novo compromisso com o futuro do Brasil”.
MÃO SANTA. O senador não-reeleito Mão-Santa (PI) também esteve no encontro tucano, e atacou o PT. Disse que a vitória de Serra irá ajudar a “enterrar a bandeira do PT, e tudo que ela representa, como a corrupção”.
CURRAL. Já Tasso atacou Dilma. “É bom lembrar uma frase dela, dizendo que nós brasileiros precisamos ajudar o Nordeste. Como se o Nordeste fosse uma porcaria à parte”. E disse que ela não visitou o Ceará porque pensa se tratar de curral eleitoral, onde votos estão garantidos.
O PANFLETO. Imagem do polêmico panfleto.
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