Com esta capa (acima) a edição desta semana da IstoÉ, na reportagem sob o título "O poderoso Paulo Preto", historia o rumoroso escândalo de desvio de dinheiro que envolve a campanha do candidato José Serra (PSDB-DEM-PPS). A revista retoma o caso a partir da denúncia feita por integrantes da própria cúpula tucana, de que um dos arrecadadores do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, arrecadou ilegalmente e deu sumiço a R$ 4 milhões.
A revista retoma o fio do escândalo desde que ela própria o denunciou em sua edição de 13 de agosto pp. Seu relato desta semana mostra o comportamento dúbio, assustado e vacilante de José Serra e mostra que o candidato a presidente tucano tentou ignorar o assunto. Esperava jogá-lo embaixo do tapete, mas foi obrigado a tratar do caso depois que foi ameaçado por Paulo Preto que em entrevista à Folha de S.Paulo avisou: não enfrentaria a barra sozinho e ia entregar todo mundo.
O escândalo, que tem como personagens centrais Paulo Preto, o presidenciável tucano, a cúpula dirigente do PSDB e o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP) tem sido detalhado pelo noticiário da Rede Record de TV, mas ignorado pelo da Rede Globo e pouco divulgado pela mídia em geral. O caso é pouco destacado principalmente pelos grandes jornais que apoiam a candiatura de José Serra.
Assunto deixa José Serra extremamente nervoso
A reportagem da revista mostra as idas e vindas de José Serra em seu esforço desesperado para abafar o assunto. Ele optou inicialmente pelo silêncio, chegou a dizer que não conhecia Paulo Preto e depois, ameaçado, deu uma guinada de 180º e admitiu não só conhecer o engenheiro como ser seu amigo.E Paulo Preto nega ser amigo do tucano.
Neste giro José Serra foi de um extremo a outro: passou de quem nunca ouvira falar em Paulo Preto, a elogiá-lo (leia nota abaixo) e a julgá-lo "competente" e "inocente". No início desta semana, em campanha em Porto Alegre, tentou voltar a ignorar o assunto e, estressado, agrediu jornalistas acusando-os de o questionarem a respeito com o objetivo de criar pauta para o PT.
“Em agosto, depois da reportagem de ISTOÉ, procuramos empresários e eles negaram que Paulo Preto tenha pedido contribuições”, disse à revista, por sua vez, o presidente nacional do PSDB e coordenador de sua campanha presidencial, senador Sérgio Guerra (PE). A revista põem em dúvida se Guerra fez realmente esta checagem e conclui: "se fez não teve pressa em revelá-lo. Só foi fazê-lo agora, pressionado pelas declarações do engenheiro."
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