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domingo, 30 de agosto de 2009

Por que a eleição da Dilma é Lula de novo?



Caríssimos,


Josias da Folha de São Paulo faz, sem querer querendo, um belo resumo do governo Lula. É claro que ele tenta esmaecer as potencialidades que o pré-sal pode trazer para o Brasil. No entanto, vale conferir o texto que fala do Brasil potência. Queira Deus que o século XXI seja o século de desenvolvimento de nosso país. Como dizia Rui Barbosa lá nas primeiros anos da século passado. O Brasil, o Brasil não tem problemas, tem potencialidades adiadas e eu espero ainda ver este Brasil brasileiro. Eu tenho fé.


Do blog do Josias



Lula se fixa no ‘Brasil potência’ como mote para 2010


Acha que, sem rumo, oposição se perde na pregação ética
Em resposta, enfatiza crescimento, petróleo e tecnologia
Nesta 2ª, Dilma retorna ao palco como a estrela do pré-sal


Sérgio Lima/Folha


Lula começa a expôr, em reuniões privadas, o esboço do discurso que deseja levar aos palanques da sucessão presidencial.


Em contraposição ao que chama de “agenda mesquinha” dos rivais –de timbre monotematicamente ético—, Lula vai brandir o discurso do “Brasil potência”.


Um país, segundo diz, fadado ao desenvolvimento. Graças sobretudo ao “êxito” de sua gestão.


Nesta segunda (31), Lula presidirá uma megacerimônia. A lista de convidados roça a casa das 3.000 pessoas. Será uma espécie de pontapé inicial da nova fase.


Antes, o presidente reunirá todo o ministério. Para adensar o encontro, convidou os mandachuvas dos partidos que integram o consórcio governista.


Lula cerca de pompa o anúncio das regras de exploração do pré-sal. Ele comenta: “Enquanto a oposição brinca de CPI da Petrobras, nós cuidamos do futuro”.


No caso do petróleo armazenado em águas profundas, o futuro a que se refere Lula é um ponto distante na folhinha.


Estima-se que, se tudo der certo, o óleo do pré-sal só começará a ser içado em escala comercial entre 2015 e 2020.


Lula cuida, porém, de antecipar os dividendos políticos. Esforça-se para empurrar para dentro de sua biografia o título de precursor do porvir benfazejo.


De quebra, tenta untar com o óleo ainda não extraído a candidatura presidencial de Dilma Rousseff.


Depois de tomar chá de sumiço, a chefona da Casa Civil volta à boca do palco no papel de coordenadora do grupo que preparou o marco do pré-sal.


Diante dos holofotes, Dilma vai despejar sobre a platéia a exposição que preparou nos dias em que esteve refugiada nas coxias.


Vai esmiuçar o conteúdo de um lote de projetos que o governo enviará ao Congresso. O miolo da picanha é a criação de uma estatal e a constituição de um fundo.


A estatal será vendida como estrutura enxuta e necessária. Indispensável para assegurar o controle do Estado sobre uma riqueza que pertence “ao povo”.


Quanto ao fundo, terá natureza eminentemente social. O dinheiro, o governo deseja enfatizar, irá para áreas tão estratégicas como saúde e educação.


Servirá também para tonificar os investimentos num setor que se converteu no mais novo dodói de Lula: ciência e tecnologia.


A pajelança do pré-sal será arrematada com um discurso do presidente. Soará como uma espécie de plataforma antecipada de 2010.


A crise? Lula olha para ela pelo retrovisor. Diz que o crescimento econômico de 2009 será bom. Afirma que o PIB de 2010 vai surpreender os pessimistas.


Em privado, Lula tornou-se um crítico dos seus críticos. Diz que os pregoeiros do caos –agentes econômicos e jornalistas— devem um “pedido de desculpas” ao país.


Jacta-se de ter reduzido os juros em meio ao incêndio financeiro. Orgulha-se do acúmulo de reservas internacionais: R$ 213 bilhões, a despeito do terremoto.


Como que decidido a constranger o tucanato –adepto do choque de gestão e simpático às privatizações—atribui aos bancos públicos papel-chave na superação da crise.


De resto, gaba-se de ter diversificado a pauta de exportações ao achegar-se, sob ataques das “mentes colonizadas”, à China e às nações africanas e árabes.


Tudo isso sem desprezar o mercado interno, revigorado pela rede de proteção social provida pelos repasses do Bolsa Família a 11 milhões de lares pobres.


São coisas que, no dizer do presidente, a imprensa brasileira esquiva-se de levar às manchetes. E a oposição insiste em não reconhecer.


Melhor assim, diz Lula. “Eles que fiquem com as CPIs, com a Lina [Vieira] e com a crise do Senado”. Chega mesmo a dizer que acha “ótimo” o comportamento da oposição.


Enxerga “falta de rumo” no quintal vizinho. Afora o apelo à ética, que julga eleitoralmente infrutífero, realça a falta de definição quanto ao candidato.


Para não cair na mesma “armadilha” do PSDB, dividido entre José Serra e Aécio Neves, Lula decidiu reforçar nos próximos dias a opção por Dilma.


Parece incomodado com o noticiário que apresenta o recém-absolvido Antonio Palocci como regra três da ministra. Sua candidata, ele repisa mesmo entre quatro paredes, é Dilma.


Comentário retirado deste post.


O post do Josias é um resumo interessante do governo Lula. Ninguém nega esses avanços. Ninguém nega a vontade de Lula para fazer um Brasil melhor. Ninguém mais ri da comparação que Lula fez da "crise internacinal" com uma "marolinha" para o Brasil. Todo mundo já entendeu que Lula mudou o Brasil e ninguém consegue encontrar em toda a história do Brasil, nenhum governo que tenha tarbalhado com tanto sucesso em todas as áreas. (nunca na história desse país...) Eventualmente, e principalmente nos comentários aqui do blog, alguns cãezinhos amestrados latem no mesmo tom de sempre. Mesmo latindo, os opositores sabem que o governo Lula não teve precedentes. Talvez por isso mesmo é que latem. Porque têm medo do óbvio. Têm medo de que a grande massa que aprova o governo Lula (outra coisa inédita) aprove também sua candidata. Esperem o começo da campanha e os discursos de Lula falando a língua que o povo entende. Aí vocês vão ver o quanto vai ser difícil eleger um presidente daqueles do passado.

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