Para as próximas eleições, haverá bandeiras legítimas do governo Lula a serem empunhadas. Essa ideia de que o governo é constituído apenas de alianças espúrias torna-se forte quando todo o foco da mídia está na escandalização.
Baixada a poeira - porque não há priapismo midiático que sustente dois anos de denúncias - as bandeiras ficarão mais nítidas:
1. A opção pelo social, muito mais que seus antecessores, muito menos do que teria sido possível, se a política monetária fosse menos predatória. Mas como a oposição irá criticar o ponto mais vulnerável de Lula, se a mídia está há 8 anos repisando que o melhor de Lula é o BC?
2. Montagem de uma rede social que mudou a cara do país, especialmente com o Bolsa Família, Luz para Todos, aumento do salário mínimo e Prouni.
3. Avanço na modelagem das relações federativas, através do modelo PAC: União definindo regras e recursos, estados articulando-se com setor privado e tocando as obras, méritos políticos repartidos entre ambos.
4. Retomada de investimentos básicos, como infraestrutura, saneamento e moradia (a depender dos resultados a serem alcançados ainda em 2010).
5. Nova inserção internacional, como o reconhecimento sobre o salto do país no cenário mundial.
6. O pré-sal com todo seu potencial de redefinir a política industrial.
E haverá os pontos fracos:
1. Aparelhamento da máquina.
2. Incapacidade de avançar em reformas gerenciais mais profundas.
3. Incapacidade de tornar a inovação ponto central de seu governo.
4. Incapacidade de instituir centros de pensamento estratégico capazes de definir o futuro de forma consistente.
Para as eleições, a oposição está em um mato sem cachorro. Não poderá falar dos juros, porque presa ao discurso mercadista da mídia. Não poderá propor alternativas aos programas sociais. O câmbio seria a grande bandeira, mas dólar é papel e câmbio baixo é lucro para os grandes aliados da oposição, a mídia.
Tivesse fôlego, Serra poderia ter feito uma revolução em São Paulo. Aqui, em se plantando, toda ideia dá. O estado tem as melhores universidades, a mais abrangente estrutura de instituições empresariais, institutos de pesquisa, distâncias pequenas. Não conseguiu sequer desenvolver um modelo de gestão adequado, como Aécio fez em Minas.
A pecha de “mentirosa”, “arrogante” e “atropeladora” pegou em Dilma, mas especificamente junto ao eleitorado de Serra - que não é simpático, não é jeitoso. Aumentou a resistência a ela, onde resistência havia.
E depois das eleições, eleita Dilma, Ciro ou Serra? Essas loucuras da mídia e da oposição - diretamente insufladas por Serra - terão um custo. Suponha Dilma eleita. Como governar sem o sonho? Como manter as alianças espúrias em nome da governabilidade, em um mundo em que as informações circulam cada vez mais e de forma mais intensa.
O dilema será esse. O modelo político morreu. Estamos em uma fase de transformações profundas e de uma transição particularmente demorada. Os próximos anos abrirão ao país as maiores oportunidades da sua história. Se não se acertar o eixo político, se poderá colocar muito coisa a perder.
Baixada a poeira - porque não há priapismo midiático que sustente dois anos de denúncias - as bandeiras ficarão mais nítidas:
1. A opção pelo social, muito mais que seus antecessores, muito menos do que teria sido possível, se a política monetária fosse menos predatória. Mas como a oposição irá criticar o ponto mais vulnerável de Lula, se a mídia está há 8 anos repisando que o melhor de Lula é o BC?
2. Montagem de uma rede social que mudou a cara do país, especialmente com o Bolsa Família, Luz para Todos, aumento do salário mínimo e Prouni.
3. Avanço na modelagem das relações federativas, através do modelo PAC: União definindo regras e recursos, estados articulando-se com setor privado e tocando as obras, méritos políticos repartidos entre ambos.
4. Retomada de investimentos básicos, como infraestrutura, saneamento e moradia (a depender dos resultados a serem alcançados ainda em 2010).
5. Nova inserção internacional, como o reconhecimento sobre o salto do país no cenário mundial.
6. O pré-sal com todo seu potencial de redefinir a política industrial.
E haverá os pontos fracos:
1. Aparelhamento da máquina.
2. Incapacidade de avançar em reformas gerenciais mais profundas.
3. Incapacidade de tornar a inovação ponto central de seu governo.
4. Incapacidade de instituir centros de pensamento estratégico capazes de definir o futuro de forma consistente.
Para as eleições, a oposição está em um mato sem cachorro. Não poderá falar dos juros, porque presa ao discurso mercadista da mídia. Não poderá propor alternativas aos programas sociais. O câmbio seria a grande bandeira, mas dólar é papel e câmbio baixo é lucro para os grandes aliados da oposição, a mídia.
Tivesse fôlego, Serra poderia ter feito uma revolução em São Paulo. Aqui, em se plantando, toda ideia dá. O estado tem as melhores universidades, a mais abrangente estrutura de instituições empresariais, institutos de pesquisa, distâncias pequenas. Não conseguiu sequer desenvolver um modelo de gestão adequado, como Aécio fez em Minas.
A pecha de “mentirosa”, “arrogante” e “atropeladora” pegou em Dilma, mas especificamente junto ao eleitorado de Serra - que não é simpático, não é jeitoso. Aumentou a resistência a ela, onde resistência havia.
E depois das eleições, eleita Dilma, Ciro ou Serra? Essas loucuras da mídia e da oposição - diretamente insufladas por Serra - terão um custo. Suponha Dilma eleita. Como governar sem o sonho? Como manter as alianças espúrias em nome da governabilidade, em um mundo em que as informações circulam cada vez mais e de forma mais intensa.
O dilema será esse. O modelo político morreu. Estamos em uma fase de transformações profundas e de uma transição particularmente demorada. Os próximos anos abrirão ao país as maiores oportunidades da sua história. Se não se acertar o eixo político, se poderá colocar muito coisa a perder.
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