Clóvis Rossi sabe muito bem onde quer chegar com ataques ao Partido dos Trabalhadores. Nesse momento, em que o submundo do jornalismo emerge, o canalha jornalista sabe que é melhor ir para o ataque.
É aquela história, quando o adversário está nas cordas levando bordoadas, a melhor forma de sair é jogando socos no ar para ver se algum atinge o adversário.
E o canalha do jornalista sabe que o "submundo do jornalismo" pode atingir os seus patrões e a concentração da mídia na mão de poucas famílias aqui no Brasil (se o governo Dilma acordar para essa realidade).
Quando se pensa em fazer alguma coisa para transformar esse estado de coisas, que fere mortalmente a nossa democracia, esses capangas, do submundo do jornalismo, vêm com o discurso fariseu do "cerceamento da imprensa", quando na verdade a intenção é luta para manter intacto o poder midiático nas mãos de poucas famílias, garantido a "liberdade das empresas midiáticas" de fazer o que bem entender, estando acima dos interesses do próprio país.
O que tem medo o referido jornalista? O que pretende o jornalista com ataque ao PT? E o por que não critica a concentração da mídia na mãos de poucas poucas famílias, especialmente da Rede Globo?
Não estaria o referido jornalista tentando criar uma vacina para tentar brecar qualquer ação dos "petistas furibundos" no sentido de aproveitar o momento para aumentar a discussão sobre a regulamentação da mídia no Brasil?
E dessa forma criar para a opinião pública de que o PT é autoritário e quer "cercear a imprensa"?
Queremos liberdade de imprensa ou liberdade de empresas midiáticas para defender os interesses e fazer pressões sobre o governo e empresários?
Veja o que diz o jornalista Eliakim Araujo sobre o submundo do jornalismo:
a conclusão que podemos tirar de tanta baixeza praticada em nome do jornalismo é que devemos estar atentos aos grupos midiáticos brasileiros. Quanto maiores, mais poderosos. Quanto mais poderosos, mais temidos pelos governantes. A concentração de grandes empresas de mídia nas mãos de poucas e suspeitas personalidades coloca em risco a saúde do bom jornalismo. É isso que devemos denunciar e é contra isso que devemos lutar.
Veja outro fragmento do texto - O submundo do jornalismo - Dono de empresas jornalísticas tão poderosas que governantes, politico, esportistas e celebridades rendem (ou rendiam) homenagens a ele, não por suas virtudes morais, mas pelo temor de que ele usasse a força de seus jornais e TVs para chantagear e divulgar informações pessoais de suas vítimas.
É exatamente o que acontece no Brasil quando jogadores de futebol, artistas, políticos, empresários, esportistas diversos, técnicos de futebol rendem "babam" homenagens à Rede Globo, com que intenções?
Ricardo Teixeira diz que só terá preocupação quando aparece as denúncias de corrupção no Jornal Nacional. E esse jornal parece que se constituiu em uma espécie do jornalismo de chantagem para certos políticos e pessoas do tipo de Ricardo Teixeira.
O certo é que Clóvis vem cumprindo muito bem o seu papel, ao defender a concentração da mídia e o modus operandi "Rupert Murdoch" de seus patrões.
E não se lembra quando os seus patrões divulgaram uma ficha falsa da Dilma que navegava pela internet, com o intuito de desconstruir a sua imagem.
Veja o que diz Dilma: é inadmissível alguém usar sua posição e ligar para o editor de um jornal e pedir punição para jornalista. Antes de falar em liberdade de imprensa tem que garantir a liberdade do jornalista e o direito de expressão.
Clóvis Rossi acusa ‘petistas’ de apoiar concentração da mídia
A Folha de São Paulo passou a publicar “pornografia”. É literalmente indecente um artigo de um de seus principais pistoleiros publicado hoje (19/07) naquele antro de libidinagem intelectual. Se você não leu, tem que ler. Por penoso que seja ver um homem daquela idade se degradar tanto moralmente, o texto mostra a que ponto chegou essa gente.
Acredite quem quiser: ele escreveu um texto bradando contra a concentração da propriedade de meios de comunicação. Escreveu todos os argumentos que vimos escrevendo na blogosfera dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano. E colocou a culpa pela propriedade cruzada de meios de comunicação sabe em quem? No PT!
Leia e chore. Em seguida, um comentário final.
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FOLHA DE SÃO PAULO
19 de julho de 2011
Murdoch ou quando “Deus” fica nu
Clóvis Rossi
ED MILIBAND, líder do Partido Trabalhista britânico, tocou a tecla certa, em entrevista domingo ao “The Observer”: considerou “perigosa” a concentração da propriedade de meios de comunicação em poucas mãos, em alusão a Rupert Murdoch, o dono do império midiático hoje no centro de um imenso escândalo.
“Temos que ver o que fazer quando ocorrem casos em que uma pessoa controla mais de 20% do mercado de mídia”, disse Miliband durante a entrevista.
Bingo. Vale para o Reino Unido, vale para o Brasil, vale para o mundo. Aqui, tem sido “pouco saudável”, por exemplo, o domínio da família Magalhães sobre o principal jornal, a principal rádio e a retransmissora da Rede Globo na Bahia.
Diga-se o mesmo a respeito da família Sarney no Maranhão, bem como de outras famílias políticas em outros Estados, graças à farra de concessões de rádio e TV a políticos, tema de recente reportagem desta Folha.
É curioso que os petistas furibundos fizeram inúmeras tentativas de aprovar legislação sobre “controle da mídia”, mas que não tocavam no ponto chave que é a propriedade cruzada de meios de comunicação – capítulo que os Estados Unidos resolveram razoavelmente bem.
Controlar a mídia é tarefa do leitor/ouvinte/telespectador. Eu tenho horror ao sensacionalismo, mas sei muito bem que meu gosto é minoritário, no Brasil como no Reino Unido ou qualquer outro país.
Rupert Murdoch não tinha 2,7 milhões de capangas armados de metralhadoras para forçar os ingleses a esgotar a tiragem do “News of the World”.
Aliás, a propósito, vale reproduzir com uma ponta de orgulho corporativo a frase de Timothy Garton Ash, um dos intelectuais mais na moda na Europa, em seu artigo de ontem para “El País”: “O melhor jornalismo britânico pôs a nu o pior”, em alusão à incessante campanha do jornal”Guardian” para expor as indecências do “NoW”.
Pois é, deixado livre, o melhor jornalismo acaba se impondo, por muito que demore.
Se controle da mídia é função do público, o da concentração excessiva é, aí sim, tarefa da legislação.
Ainda mais se a concentração fica nas mãos de alguém sem escrúpulos, que acaba impondo o reino do medo, que paralisa o mundo político.
É o caso de Rupert Murdoch, assim retratado ontem, no “Guardian”, pelo colunista Charlie Brooker:”Poucas semanas atrás, Murdoch, ou, mais exatamente, as tendências mais selvagens da imprensa, representavam Deus. (…) Você nunca deve irritar Deus. Deus carrega imenso poder. Deus pode escutar tudo o que você diz. Você deve reverenciar Deus, e agradá-lo, ou Deus vai destrui-lo”.
Agora que “Deus” Murdoch está caindo em desgraça, o temor e as reverências deram lugar à constatações que deveriam ser óbvias há muito tempo, como a que fez Ed Miliband. E os “políticos britânicos fazem fila para denunciar Murdoch”, como completa Brooker.
O próprio “Guardian”, aliás, com o gostinho da vitória ainda fresco, pede a cabeça do primeiro-ministro David Cameron, por ter empregado Andy Coulson, ex-editor do “NoW”, como seu assessor de imprensa -típica atitude de quem queria comprar as graças de “Deus”.
crossi@uol.com.br
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Sim, isso foi publicado no jornal que estampou, em sua primeira página, uma ficha policial falsa da hoje presidente Dilma Rousseff e que divulgou acusação ao ex-presidente Lula de ser um maníaco sexual.
Por que será que esse velhaco não citou a Globo, da Família Marinho, pela maior concentração de propriedade de meios de comunicação em todo o mundo? Ou o próprio grupo Folha, detentor de uma quantidade imoral de jornais e do maior portal de internet do país, um “grupo” que, em qualquer país civilizado, não poderia existir?
Ele acusa “petistas furibundos” de não pregarem o fim da concentração de meios de comunicação. Se tivesse saído de seu escritório com ar condicionado e ido cobrir a Conferência Nacional de Comunicação, em 2009, não teria ouvido falar de outra coisa. Inclusive, teria lido esse pleito antigo no documento final da Confecom.
Rossi mente descaradamente dizendo que “petistas furibundos” pregam controle dos meios de comunicação em vez de veto à propriedade cruzada, quando qualquer um que já tenha lido o que se pede dia sim, outro também em espaços como este sabe que é a democratização da comunicação, ou seja, o fim da propriedade cruzada.
Há quanto tempo você vê a blogosfera se esfalfar pedindo o fim da concentração de meios de comunicação? Como lidar com gente assim? Com luvas de pelica? Será que este governo não tem ninguém com um mísero traço de coragem para dar uma resposta à altura a esse velhaco? Até quando este país será esbofeteado dessa forma?
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