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domingo, 3 de julho de 2011

Verdade, a Venezuela, depois de Cuba, ensinou ao Brasil como enfrentar os EUA.

Um belo texto extraído do blog Tijolaço do grande deputado, que reproduzo ipsis litteris abaixo.Vale a pena conferir na íntegra.

Importante observar que os EUA não têm aliados, mas interesses a defender através do pessoal subserviente e lesa-pátria, representado pela Rede Globo, Folha, Estadão, Veja e assemelhados, consubstanciados pelo PSDB, DEM, PPS, e pessoas do governo Dilma como o ministro da defesa Nelson Jobiim. 

E por isso, essa gritaria toda desse pessoal contra Hugo Chaves. Se a primeira-ministra Margaret Tacher, ou qualquer primeiro-ministro pode ser reeleito tantas vezes, porque o povo venezuelano, de acordo com a sua Consttiuição, não pode eleger Chaves quantas quiser? 

Verdade, a Venezuela, depois de Cuba,  ensinou ao Brasil como enfrentar os EUA. 

Do blog Tijolaço

Hugo Chávez caminha, sexta-feira, com as filhas María Gabriela e Rosa Virginia, em Havana, onde está sendo tratado.
A nossa imprensa costuma apresentar Hugo Chávez como um bronco, um desqualificado e, sobretudo, um ditado, embora ele tenha enfrentado – e vencido – uma dezena de eleições em seus 11 anos, quase 12 de poder.
Ele é de fato, a mais perfeita encarnação do que o elitismo costuma chamar de populista.
Não apenas fala com o povo, mas fala ao povo, de uma maneira que, longe de ser simplória, é marcada permanentemente por uma preocupação didática e histórica e continental.
É a ele, desde sua ascensão ao poder, em 99,  antes mesmo de Lula, que se deve o fato de a América Latina ter voltado a ser uma peça no cenário geopolítico mundial, e isso é algo que todo raciocínio honesto, mesmo que não simpático a ele, precisa admitir.
E, de alguma forma, admite, mesmo quando se percebe uma imensa “torcida”  midiática internacional para que seu estado de saúde se agrave e ele seja forçado a deixar o cenário político-eleitoral do país.
Torcida, é verdade, também cheia de medo. Os efeitos do drama pessoal que vive o presidente venezuelano podem enfraquece-lo, fisicamente, mas o ampliam politicamente.
Porque ele tornou-se uma referência para os venezuelanos – tanto para os que o apoiam quanto para os que o combatem, mas também  para os que, sem uma atitude ou outra, perceberam que seu país passou a existir como algo além de uma grande jazida petrolífera.
E para a América Latina, porque provou que é possível sobreviver ao confronto com a grande potência, meio século depois de Cuba ter sido a pioneira sobrevivente.
Mesmo que – e isso parece improvável, hoje – a doença o fragilize para o embate eleitoral de 2012, quando buscará a reeleição, restaria à oposição ter vencido um homem abalado por um mal que não é político, mas humano.
Mas o que parece vir de agora por diante é diferente. O Chávez enfraquecido fisicamente pelas cirurgias que enfrentou e o tratamento que enfrentará não se enfraquecerá politicamente po isso, ao contrário.
As limitações físicas só aumentam sua percepção como símbolo, como o sol do poente aumenta a sombra que alguém projeta. E se Chávez vencer esta batalha médica, irá mais forte do que estava para a batalha eleitoral.

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