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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Por que a política externa do Brasil atrapalha os EUA no Oriente Médio?

Meus amigos e minhas amigas, 

De repente o mundo "descobriu" que no Oriente Médio tem ditaduras violentas. E também descobriram a mídia mundial sintonizada com interesses dos EUA e de Israel também "esqueceram" estas ditaduras com os seus respectivos ditadores e suas Monarquias autocráticas. 

E o mundo também vem descobrindo que estas ditaduras obscenas são e eram sustentadas pelos EUA. 

Como já disse aqui, os estadunidenses não têm aliados, mas interesses que precisam ser defendidos a todo custo, até da morte do povo egípcio como de fato está acontecendo. 

Agora, a luta dos estadunidenses é garantir uma "transição de governo" para evitar a Revolução do povo do Egito, ou seja, colocar um governo sintonizado com os seus interesses. 

Aqui no Brasil colocaram ditadores safados durante 21 longos anos, que ceifaram além de vidas o futuro deste país. 

Aqui os estadunidenses interpretaram parte da letra do Hino Nacional e colocara o gigante brasileiro "adormecido em berço esplêndido", enquanto a maior parte do povo brasileiro continuava na miséria, sem emprego, sem educação, sem saúde e sem perspectivas de vida. 

Perdendo duas preciosas décadas no final do século passado - que poderiam ter trazidos mais prosperidades ao povo brasileiro. 

Neste sentido, enquanto o nosso país patinava na economia governada por ditadores e políticos safados como Fernando Collor e FHC, os estadunidenses ficaram mais ricos neste período. 

Eu digo sempre aos alunos que os estadunidenses ficaram ricos, enquanto os povos da América Latina ficaram mais pobres. 

Os estadunidenses sufocaram os países da América Latina com suas ambições desmedidas, com o seu egocentrismo de enriquecer à custa do povo latino-americano. 

Na América do Sul ajudaram na logística para implantação de ditaduras submissas aos seus interesses. 



Enquanto o mundo aceitar passivamente a "patrulha" ideológica dos EUA para a defesa dos seus interesses não haverá paz alguma. 

A paz que os EUA aprenderam ao longo meio século e a primeira década deste século é paz dos canhões e de suas ameaças às economias locais, quando o seu o seu PIB representa 25% de todas as riquezas produzidas no mundo. 

Os EUA ameaçam países pobres da África, da América Latina de retaliações econômicas se votarem contra os seus interesse na ONU. 


Enquanto isso, continuam enviando bilhões de dólares para governos aliados como Egito, Colômbia e Israel, países que se constituíram como países-satélites de seus interesses. 

O mundo certamente não terá paz alguma quando uma Nação luta desesperamente para manter o seu domínio no mundo, nem que seja para isso, use de forma hipócrita o discurso contra o Irã, Hugo Chaves, quando na verdade sustenta a todo o custo ditaduras obscenas pelo mundo. 


o governos aliados e "bons amigos" são "democracias" como era o governo Mubarak. 


Para governos que não "são bonzinhos" são ditadores como o Hugo Chaves, como uma diferença: na Venezuela quanto referendos, quantos plebiscitos, quantas eleições houve nos últimos anos?


E quantas eleições houve nos últimos 30 anos no Egito? 


E penso que, seriamente,  o mundo está ameaçado pelos desespero dos EUA e EUROPA enfernizados pela crise econômica que eles ajudaram a criar. 


Ou o mundo comece a repensar esta aliança incestuosa com EUA e EUROPA, ou teremos mais guerras e mais miséria no mundo. 


Certamente o compromisso dos EUA não é com a paz no mundo, mas sustentar  uma riqueza insustentável de 25% do planeta, enquanto o resto do mundo é 
mergulhado na miséria. 


E é ridículo, hipócrita e vergonhoso como Obama, Al Gore e outros recebem o prêmio Nobel da Paz, que virou uma grande "premiação" para pessoas que defendem os interesses estadunidenses pelo mundo, enquanto são assassinadas crianças no Iraque e no Afeganistão pelas bombas do poderio de guerra americano. 


Mães têm os seus DNA alterados pela guerra quimica americana. Veja imagens. 


                                         Blog do Professor Edney
Os povos iraquiano, palestino, afegão são vítimas fatais da utilização das armas produzidas com o lixo nuclear, armas largamente produzidas e utilizadas pelos exércitos de ocupação dos Estados Unidos da América e sua base militar no Oriente Médio, Israel. 

Aqui bem que FHC e Serra poderiam ganhar um prêmio Nobel pela "Paz", uma "paz" cordial e obediente aos interesse aos estadunidenses em nosso país.  

Vejam o texto abaixo o que os EUA pensam de nossa política externa.    

Brasil atrapalha no Oriente Médio, diz relatório dos EUA
PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO

A diplomacia americana encarava com desprezo as tentativas do Brasil de conquistar mais influência no Oriente Médio, segundo telegramas diplomáticos vazados pelo WikiLeaks.

Em despachos enviados a Washington entre abril de 2004 e dezembro de 2009, a embaixada americana caracterizou a política brasileira para a região como "mão pesada", "desajeitada", cheia de "generalidades anódinas" e "sem profundidade".

Os telegramas menosprezam a eficácia das duas cúpulas América do Sul-países árabes já realizadas.

A terceira aconteceria no dia 12 de fevereiro, no Peru, mas deve ser adiada por causa das turbulências no Egito.

"Até agora, as iniciativas do Brasil para o Oriente Médio são, na melhor das hipóteses, desajeitadas, e as declarações do governo brasileiro sobre questões-chave para a região atrapalham as negociações."
Essa análise, de julho de 2008, consta em um despacho do então embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel.
No mesmo telegrama, os americanos listam iniciativas do governo brasileiro para a região consideradas "prejudiciais". Entre elas estão críticas do ex-chanceler Celso Amorim a Israel e aos EUA e declarações sobre o programa nuclear iraniano.
"As políticas prejudiciais e declarações equivocadas do Brasil sobre a região atrapalham a política dos EUA no Oriente Médio", diz o texto.
O documento diz ainda que o Itamaraty "subestimou as sensibilidades feridas por sua diplomacia mão pesada, mas não quer admitir que a cúpula e a visita de Amorim à região podem minar o processo de paz".
Outro despacho descreve uma conversa do atual chanceler Antonio Patriota, então chefe de gabinete de Amorim, com Sobel.
O embaixador americano pediu que o Brasil discutisse com os EUA suas iniciativas para a região. A resposta de Patriota teria sido que o Brasil "não precisa de permissão" dos EUA para conduzir sua política externa.
RABINO
Às vésperas de uma das cúpulas, o embaixador americano se reuniu com o rabino Henry Sobel. O rabino teria dito na ocasião que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era "antissemita".
Em outros telegramas vazados pelo WikiLeaks, diplomatas americanos dizem que "as banalidades cheias de clichês do governo brasileiro mostram que eles [diplomatas brasileiros] não entendem o Oriente Médio. Só engrossam o coro anti-Israel".
Os americanos também relatam ceticismo na diplomacia árabe. Segundo um diplomata egípcio, as cúpulas América do Sul-países árabes e o envolvimento brasileiro no processo de paz "são tentativas transparentes do Brasil de fortalecer sua candidatura ao Conselho de Segurança da ONU".

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