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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nós confiamos no povo brasileiro

Eu confio no povo brasileiro  por Eduardo Guimarães.


Muita gente sensata e preparada discordará deste blogueiro quando diz que mantém uma fé inabalável na democracia. Mais do que um sistema em si, no qual a vontade da maioria prevalece, o que produz de melhor é o aprendizado democrático.
A democracia deixou de ser praticada neste país durante mais de duas décadas. Em 1989, quando voltamos a exercitá-la, a nova geração de um país de jovens ainda teria que aprender a lidar com essa direita midiática que continua tentando lhe tenta conduzir a vontade eleitoral.
Duas décadas depois, porém, o brasileiro adquiriu experiência democrática. Não se deixa mais enganar por ter aprendido a fazer perguntas a si mesmo que não faria quando do retorno do direito ao sufrágio universal em todos os níveis de governo.
O marco da evolução da experiência democrática de nosso povo nem é tão recente. Começou em 2002, com um ato de coragem que foi o de eleger presidente um homem que essa mesma imprensa disse, por décadas, que afundaria o país.
A escolha foi simples em 2006 e será ainda mais simples em 2010. Todos esperavam a sucessão de denúncias que cumpriu o script que a blogosfera deduziu e anunciou com grande antecedência.
Esse mesmo povo sabe ainda mais, que em um eventual governo de continuidade o bombardeio continuará tentando atrapalhar a administração do país, de forma que caminhe mal, o que criaria o ambiente para que as forças políticas de sabotagem retomassem o poder.
Enganam-se os que subestimam o povo brasileiro – e, por mais que tentem se mostrar conformados com o rumo da decisão eleitoral deste povo, acreditam piamente na possibilidade de revertê-la.
Fracassarão. Continuo dizendo que a sociedade brasileira não aceita mais campanhas eleitorais como a que José Serra e seu aparato de propaganda extra-oficial deram, novamente, ao país. E como não aceita, dará esse recado nas urnas de forma clara, dentro de 16 dias.
Os devaneios sobre comprometer o novo governo desde o início, tampouco se transformarão em realidade. Este povo sustentará esse governo enquanto ele se mantiver no rumo traçado por Lula.
A vitória de 3 de outubro não será de um partido ou de um candidato – ou candidata. Será de um povo que chegou ao início deste século compreendendo um fato crucial, o de que a política pode mudar a sua vida. Eu confio em nosso povo.

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