O texto e a entrevista de Paulo Moreira Leite com James Green devem ser momento de reflexão para o atual cenário em que o país vive. Certamente concordo que Lula será impedido de ser candidato.
GREEN –
Não creio Lula possa ser preso. A reação seria imensa, de consequências imprevisíveis, muito
mais amplas do que em março, quando foi sequestrado para prestar
depoimento e foi solto em clima de comoção nacional. Não há interesse em
criar um Nelson Mandela no Brasil. Mas é possível impedir que seja
candidato. As acusações contra ele tem essa finalidade.
O jornalista e escritor Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília
Plebiscito 4 - Tragédia de 64 na memória dos Estados Unidos em 2016
O esforço do chanceler interino José Serra para enfeitar a imagem externa do golpe de abril-maio pode se revelar mais difícil do que parece. Isso porque a desconfiança – para não falar em repúdio aberto – em relação à operação parlamentar que afastou Dilma Rousseff não envolve somente a ausência de crime de responsabilidades e a lista cada vez mais extensa de ministros, e do próprio presidente interino, em denúncias de corrupção.
O ponto de partida é mais profundo. Diz respeito a opiniões estabelecidas e argumentos sedimentados há mais tempo nos meios acadêmicos norte-americanos, hoje a principal referência para os debates em escala mundial.
Para começar, o respeito pelas realizações do governo Lula-Dilma em áreas essenciais da vida brasileira, como a distribuição de renda e a abertura de oportunidades aos mais pobres, faria corar qualquer aliado de Michel Temer.
Coloquei uma questão básica ao historiador James N Green, professor titular de História do Brasil, e diretor de Estudos Brasileiros da Iniciativa Brasileira na Universidade de Brown, onde sucedeu o primeiro brazilianista Thomas Skidmore, autor de “Brasil – de Getúlio a Castelo”. Perguntei se seria correto dizer que a maioria dos estudiosos tinha uma visão “relativamente positiva dos programas sociais” de Lula e Dilma. A resposta, rápida - “Não é relativamente positiva. É inteiramente positiva” - ajuda a entender uma postura crítica que também se vê em boa parte da imprensa dos EUA, a começar pelo jornal de maior prestígio, o New York Times.
O principal alimento para a resistência contra Temer, nos EUA, é a memória traumática que acompanha a discussão sobre o papel do governo norte-americano no golpe de 1964, quando Washington chegou a montar um comboio naval a ser despachado em direção ao litoral brasileiro para auxiliar os militares rebelados em caso de necessidade.
Embora as autoridades da época tivessem feito o possível para esconder suas responsabilidades pela queda de um governo constitucional, atitude na qual o embaixador Lincoln Gordon revelou-se um mestre aplicado e empenhado até o fim da vida, o que só confirma a gravidade dos fatos ocorridos, a abertura dos arquivos oficiais do governo dos Estados Unidos, após 30 anos de segredo autorizado, dissipou as principais dúvidas e desmentiu falsas alegações.
Milhares de documentos, telegramas e mensagens de todo tipo vieram a público, inclusive a cena, gravada e filmada, em que o próprio presidente John Kennedy, principal mito da política dos Estados Unidos no pós-Guerra, decidiu dar apoio aos golpistas que tramavam para derrubar Goulart, como se viu no filme “21 anos esta noite.”
As implicações deste reencontro com a verdade documentada adquiriram a importância que se poderia imaginar em governos que, em função da extensão de imensos interesses econômicos e diplomáticos, quase sempre empregam um tom imperial ao debater seu papel na manutenção de uma ordem mundial.
Longe da lógica da Guerra Fria, que estimulava golpes de Estado e também a repressão violenta contra adversários, boa parte das novas gerações de pesquisadores e estudantes que hoje dão o tom no ambiente universitário do país tem outra visão e outra memória. O eixo de suas preocupações diz respeito às derrotas da democracia e à construção de ditaduras num período de quatro ou cinco décadas atrás.
Uma das questões de extrema importância, aqui, consiste em definir as responsabilidades do governo dos Estados Unidos, sempre cioso dos princípios democráticos da Constituição, não apenas condução de um golpe de Estado, mas na proteção a regimes que se dedicaram à prática da tortura. Questionamentos deste tipo ocorrem com relativa frequência em salas de aula, situação que dá uma ideia dos receios e desconfianças que uma ruptura institucional pode provocar.
Não surpreende, assim, que uma moção que denunciava a prisão coercitiva de Lula tenha obtido 1 000 assinaturas nas universidades norte-americanas e europeias antes de ser entregue a Dilma Rousseff, em 31 de março, aniversário do golpe, semanas antes da votação na Câmara de Deputados. No mesmo contexto, compreende-se o receio de Fernando Henrique Cardoso em comparecer ao Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos, onde dividiria uma mesa de debates com Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, em 28 de maio em Nova York.
No livro “Apesar de Vocês”, que retrata as campanhas contra a ditadura militar brasileira nos Estados Unidos, publicado em 2010, James Green mostra a importância de uma atuação militante, em circunstâncias ainda mais difíceis, pois se tratava de um regime de exceção vitorioso e consolidado.
“As autoridades sempre tentam minimizar as denúncias e dizer que não servem para nada”, afirma. “Mas os documentos, do próprio Itamaraty, mostram que elas tinham efeito político real. Uma viagem destinada à recuperação da imagem do governo poderia ser atrapalhada pela revelação de um ato arbitrário, ou mesmo de um crime contra direitos humanos. Os ministros tinham de interromper seus discursos para dar explicações sobre o assunto. Podia ser constrangedor, mostram os relatórios."
Antes de seguir carreira acadêmica, James Green combinou uma vida de estudos com a militância política em países latino-americanos. Residiu por um longo período no Brasil, onde tornou-se quadro de uma organização trotskista, a Convergência Socialista, que mais tarde daria origem ao atual PSTU. Instalado nos Estados Unidos, e sem filiação partidária, mantém vínculos permanentes no Brasil, que visita mais de uma vez por ano. Em sua última visita, há quinze dias, ele esteve em Brasília, onde participou de um encontro de Dilma com historiadores, no Alvorada. Mais tarde, ele deu uma curta entrevista ao 247:
247 – Como você analisa a proposta de Dilma defender um plebiscito para conseguir o mínimo necessário de votos para impedir o impeachment?
JAMES GREEN – O problema do plebiscito é que tem várias versões da proposta. Se for impedido o impeachment no Senado, entendo eu que a presidenta consultaria os movimentos sociais sobre se deve ter ou não uma consulta popular. Se eles ficarem contra a proposta, o que ela faria? Seria apenas um gesto para conseguir alguns votos no Senado ou ela realmente está comprometida, independentemente da postura do MST, da CUT, do MTST e outras entidades.
247 – Você vê algum aspecto positivo nessa proposta?
GREEN – É uma saída digna para Dilma. Se a votação for a favor de novas eleições presidenciais, ficará claro que esta é uma decisão do povo e não de um Congresso, baseado em acusações de irresponsabilidade fiscal sem fundamentos. As pessoas a favor desta proposta argumentem que será uma oportunidade de fazer uma campanha sobre o governo Dilma. Os resultados, acho eu, seria a votação a favor de novas eleições.
No fundo acabará sendo um plebiscito sobre o governo dela. Quais são as implicações? Daqui para a frente será possível imaginar que, quando um setor do Congresso não gostar de um presidente, pode criar um clima negativo, fazer acusações irresponsáveis, e obrigar o governo a organizar um plebiscito. Em qualquer caso será uma imposição de forças anti-democráticas para derrubar um governo legítimo.
247 – É possível comparar 2016 com a crise de 1961?
GREEN – Houve uma tentativa de um golpe em 1961, e o parlamentarismo foi uma saída digna de Goulart para poder assumir a presidência. Ele ganhou o tempo de consolidar a sua popularidade e também criar as condições para o eleitor votar a volta do presidencialismo.
247 – Imaginando o processo em 2016, o que poderia acontecer?
GREEN – Entendo que a proposta atual seria um processo rápido (plebiscito em outubro com as eleições municipais e depois novos eleições presidenciais em três meses). Não vejo a possibilidade de reverter a rejeição à presidenta. Acredito, então, que os golpistas irão vencer, com a legitimidade de uma "consulto popular." É uma saída que implicitamente declara que a presidenta não tem condições de governar. Resolve a crise, mas reforça esta estratégica de derrubar um governo por manobras políticas e institucionais. Reforça ou debilita a democracia? Difícil prever. Se ela ficar no poder, há uma probabilidade que o Congresso venha fazer tudo para bloquear qualquer iniciativa econômica, que não seja neo-liberal. Se ela não retorna não tem a obrigação de administrar a crise. O PSDB vai deixar Temer fazer isso, e reservar o seu capital político para o seu candidato à presidência em 2018.
247 – Como você imagina uma eleição presidencial nessas condições?
GREEN – Penso na França em 2002, quando a esquerda foi massacrada. A situação não poderia ter sido mais desfavorável. Leonel Jospim, candidato do PS, nem chegou ao segundo turno. Sem alternativa, a esquerda teve de apoiar um candidato da direita, o Jacques Chirac, para impedir a vitória da extrema-direita, fascista, do Jean Marie Le Pen.
247 – Mas no Brasil nós temos o Lula...
GREEN – Todos os movimentos da Lava Jato e do Supremo indicam que está em curso uma operação para que Lula não venha a ser candidato.
247 – Ele pode ser preso?
GREEN – Não creio. A reação seria imensa, de consequências imprevisíveis, muito mais amplas do que em março, quando foi sequestrado para prestar depoimento e foi solto em clima de comoção nacional. Não há interesse em criar um Nelson Mandela no Brasil. Mas é possível impedir que seja candidato. As acusações contra ele tem essa finalidade.
Plebiscito 4 - Tragédia de 64 na memória dos Estados Unidos em 2016
O esforço do chanceler interino José Serra para enfeitar a imagem externa do golpe de abril-maio pode se revelar mais difícil do que parece. Isso porque a desconfiança – para não falar em repúdio aberto – em relação à operação parlamentar que afastou Dilma Rousseff não envolve somente a ausência de crime de responsabilidades e a lista cada vez mais extensa de ministros, e do próprio presidente interino, em denúncias de corrupção.
O ponto de partida é mais profundo. Diz respeito a opiniões estabelecidas e argumentos sedimentados há mais tempo nos meios acadêmicos norte-americanos, hoje a principal referência para os debates em escala mundial.
Para começar, o respeito pelas realizações do governo Lula-Dilma em áreas essenciais da vida brasileira, como a distribuição de renda e a abertura de oportunidades aos mais pobres, faria corar qualquer aliado de Michel Temer.
Coloquei uma questão básica ao historiador James N Green, professor titular de História do Brasil, e diretor de Estudos Brasileiros da Iniciativa Brasileira na Universidade de Brown, onde sucedeu o primeiro brazilianista Thomas Skidmore, autor de “Brasil – de Getúlio a Castelo”. Perguntei se seria correto dizer que a maioria dos estudiosos tinha uma visão “relativamente positiva dos programas sociais” de Lula e Dilma. A resposta, rápida - “Não é relativamente positiva. É inteiramente positiva” - ajuda a entender uma postura crítica que também se vê em boa parte da imprensa dos EUA, a começar pelo jornal de maior prestígio, o New York Times.
O principal alimento para a resistência contra Temer, nos EUA, é a memória traumática que acompanha a discussão sobre o papel do governo norte-americano no golpe de 1964, quando Washington chegou a montar um comboio naval a ser despachado em direção ao litoral brasileiro para auxiliar os militares rebelados em caso de necessidade.
Embora as autoridades da época tivessem feito o possível para esconder suas responsabilidades pela queda de um governo constitucional, atitude na qual o embaixador Lincoln Gordon revelou-se um mestre aplicado e empenhado até o fim da vida, o que só confirma a gravidade dos fatos ocorridos, a abertura dos arquivos oficiais do governo dos Estados Unidos, após 30 anos de segredo autorizado, dissipou as principais dúvidas e desmentiu falsas alegações.
Milhares de documentos, telegramas e mensagens de todo tipo vieram a público, inclusive a cena, gravada e filmada, em que o próprio presidente John Kennedy, principal mito da política dos Estados Unidos no pós-Guerra, decidiu dar apoio aos golpistas que tramavam para derrubar Goulart, como se viu no filme “21 anos esta noite.”
As implicações deste reencontro com a verdade documentada adquiriram a importância que se poderia imaginar em governos que, em função da extensão de imensos interesses econômicos e diplomáticos, quase sempre empregam um tom imperial ao debater seu papel na manutenção de uma ordem mundial.
Longe da lógica da Guerra Fria, que estimulava golpes de Estado e também a repressão violenta contra adversários, boa parte das novas gerações de pesquisadores e estudantes que hoje dão o tom no ambiente universitário do país tem outra visão e outra memória. O eixo de suas preocupações diz respeito às derrotas da democracia e à construção de ditaduras num período de quatro ou cinco décadas atrás.
Uma das questões de extrema importância, aqui, consiste em definir as responsabilidades do governo dos Estados Unidos, sempre cioso dos princípios democráticos da Constituição, não apenas condução de um golpe de Estado, mas na proteção a regimes que se dedicaram à prática da tortura. Questionamentos deste tipo ocorrem com relativa frequência em salas de aula, situação que dá uma ideia dos receios e desconfianças que uma ruptura institucional pode provocar.
Não surpreende, assim, que uma moção que denunciava a prisão coercitiva de Lula tenha obtido 1 000 assinaturas nas universidades norte-americanas e europeias antes de ser entregue a Dilma Rousseff, em 31 de março, aniversário do golpe, semanas antes da votação na Câmara de Deputados. No mesmo contexto, compreende-se o receio de Fernando Henrique Cardoso em comparecer ao Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos, onde dividiria uma mesa de debates com Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, em 28 de maio em Nova York.
No livro “Apesar de Vocês”, que retrata as campanhas contra a ditadura militar brasileira nos Estados Unidos, publicado em 2010, James Green mostra a importância de uma atuação militante, em circunstâncias ainda mais difíceis, pois se tratava de um regime de exceção vitorioso e consolidado.
“As autoridades sempre tentam minimizar as denúncias e dizer que não servem para nada”, afirma. “Mas os documentos, do próprio Itamaraty, mostram que elas tinham efeito político real. Uma viagem destinada à recuperação da imagem do governo poderia ser atrapalhada pela revelação de um ato arbitrário, ou mesmo de um crime contra direitos humanos. Os ministros tinham de interromper seus discursos para dar explicações sobre o assunto. Podia ser constrangedor, mostram os relatórios."
Antes de seguir carreira acadêmica, James Green combinou uma vida de estudos com a militância política em países latino-americanos. Residiu por um longo período no Brasil, onde tornou-se quadro de uma organização trotskista, a Convergência Socialista, que mais tarde daria origem ao atual PSTU. Instalado nos Estados Unidos, e sem filiação partidária, mantém vínculos permanentes no Brasil, que visita mais de uma vez por ano. Em sua última visita, há quinze dias, ele esteve em Brasília, onde participou de um encontro de Dilma com historiadores, no Alvorada. Mais tarde, ele deu uma curta entrevista ao 247:
247 – Como você analisa a proposta de Dilma defender um plebiscito para conseguir o mínimo necessário de votos para impedir o impeachment?
JAMES GREEN – O problema do plebiscito é que tem várias versões da proposta. Se for impedido o impeachment no Senado, entendo eu que a presidenta consultaria os movimentos sociais sobre se deve ter ou não uma consulta popular. Se eles ficarem contra a proposta, o que ela faria? Seria apenas um gesto para conseguir alguns votos no Senado ou ela realmente está comprometida, independentemente da postura do MST, da CUT, do MTST e outras entidades.
247 – Você vê algum aspecto positivo nessa proposta?
GREEN – É uma saída digna para Dilma. Se a votação for a favor de novas eleições presidenciais, ficará claro que esta é uma decisão do povo e não de um Congresso, baseado em acusações de irresponsabilidade fiscal sem fundamentos. As pessoas a favor desta proposta argumentem que será uma oportunidade de fazer uma campanha sobre o governo Dilma. Os resultados, acho eu, seria a votação a favor de novas eleições.
No fundo acabará sendo um plebiscito sobre o governo dela. Quais são as implicações? Daqui para a frente será possível imaginar que, quando um setor do Congresso não gostar de um presidente, pode criar um clima negativo, fazer acusações irresponsáveis, e obrigar o governo a organizar um plebiscito. Em qualquer caso será uma imposição de forças anti-democráticas para derrubar um governo legítimo.
247 – É possível comparar 2016 com a crise de 1961?
GREEN – Houve uma tentativa de um golpe em 1961, e o parlamentarismo foi uma saída digna de Goulart para poder assumir a presidência. Ele ganhou o tempo de consolidar a sua popularidade e também criar as condições para o eleitor votar a volta do presidencialismo.
247 – Imaginando o processo em 2016, o que poderia acontecer?
GREEN – Entendo que a proposta atual seria um processo rápido (plebiscito em outubro com as eleições municipais e depois novos eleições presidenciais em três meses). Não vejo a possibilidade de reverter a rejeição à presidenta. Acredito, então, que os golpistas irão vencer, com a legitimidade de uma "consulto popular." É uma saída que implicitamente declara que a presidenta não tem condições de governar. Resolve a crise, mas reforça esta estratégica de derrubar um governo por manobras políticas e institucionais. Reforça ou debilita a democracia? Difícil prever. Se ela ficar no poder, há uma probabilidade que o Congresso venha fazer tudo para bloquear qualquer iniciativa econômica, que não seja neo-liberal. Se ela não retorna não tem a obrigação de administrar a crise. O PSDB vai deixar Temer fazer isso, e reservar o seu capital político para o seu candidato à presidência em 2018.
247 – Como você imagina uma eleição presidencial nessas condições?
GREEN – Penso na França em 2002, quando a esquerda foi massacrada. A situação não poderia ter sido mais desfavorável. Leonel Jospim, candidato do PS, nem chegou ao segundo turno. Sem alternativa, a esquerda teve de apoiar um candidato da direita, o Jacques Chirac, para impedir a vitória da extrema-direita, fascista, do Jean Marie Le Pen.
247 – Mas no Brasil nós temos o Lula...
GREEN – Todos os movimentos da Lava Jato e do Supremo indicam que está em curso uma operação para que Lula não venha a ser candidato.
247 – Ele pode ser preso?
GREEN – Não creio. A reação seria imensa, de consequências imprevisíveis, muito mais amplas do que em março, quando foi sequestrado para prestar depoimento e foi solto em clima de comoção nacional. Não há interesse em criar um Nelson Mandela no Brasil. Mas é possível impedir que seja candidato. As acusações contra ele tem essa finalidade.
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