Lula defende a manutenção da Lei da Partilha para garantir recursos do pré-sal para o Brasil
06/06/2016 22:23
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira (6), do ato político "Se é Público é Para Todos", reunindo intelectuais, movimentos sociais, sindicais e lideranças políticas em defesa de empresas públicas fortes e focadas no desenvolvimento do país. Em seu discurso, Lula relembrou a importância da descoberta do pré-sal e da aprovação da lei da partilha, além da priorização ao conteúdo nacional para os investimentos da estatal. "Eu me orgulho de ter investido na indústria naval, de ser o presidente que mais investiu e visitou a Petrobrás."
O ex-presidente também criticou Michel Temer, que "não deu um golpe só na democracia, mas também na decisão do Senado", que o nomeou apenas interinamente para o cargo de presidente. "O ministério que está montado é o do Eduardo Cunha", ressaltou Lula. O ex-presidente admitiu erros dos governos petistas, mas disse que quer que Dilma volte "exatamente para corrigir os erros que nós cometemos."
Lula também defendeu o legado dos seus dois mandatos. "Eu sempre quis provar que um peão de quarto ano primário de escolaridade seria capaz. Que conseguiria pensar o Estado brasileiro politicamente melhor que toda a elite que governou esse país 500 anos. Eu queria provar que o pobre não era o problema, que era a solução desse país, à medida que a gente desse uma oportunidade". Lula lembrou programas sociais como o Luz Para Todos, os subsídios do Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família. "Eu prefiro ser chamado de atrasado, mas eu quero garantir ao povo brasileiro as coisas elementares que todo o ser humano tem direito de ter." Para ele "somente o estado, só a coisa pública, pode levar aquilo de qualidade que os ricos nunca levaram e nunca vão levar na casa do povo pobre."
Lula também apontou que as empresas estatais e outras importantes instituições foram criadas há muito tempo. O Banco do Brasil foi criado em 1808, a Caixa também no século 19, o BNDES, a Petrobrás, o Basa e o BNB foram criados nas décadas de 40 e 50. E o Sistema Único de Saúde, o SUS, em 1988.
João Antônio de Moraes, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que a pressa do governo interino de privatizar é para "levar o povo trabalhador que ascendeu de volta para a senzala". Para Moraes, se Lula não tivesse sido eleito em 2002 a Petrobrás não existiria mais. "Quando você chegou ao governo a Petrobrás gastava 100 milhões em pesquisa em desenvolvimento e hoje investe 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento."
O ex-presidente lembrou que o BNDES tinha só 30 bilhões de financiamento, e passou a ter mais de 200 bilhões de financiamento.Para Lula, "houve um tempo que a elite brasileira, incompetente para governar esse país, achava que tudo ia se resolver se a gente vendesse as empresas e desobrigasse os governos de governar."
A campanha "Se é público é para todos", é uma mobilização de diversos setores. Entre os pontos discutidos no encontro estão os projetos de lei que trazem ameaças às estatais e ao setorpúblicode forma geral. Entre eles, o PLS 555, que transformaria as estatais em sociedades anônimas e traria a proibição de que representantes sindicais e/ou políticos participassem de seus conselhos. O projeto, que agora segue na Câmara dos Deputados como PL 4918, abre portas à privatização das empresas públicas.
06/06/2016 22:23
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira (6), do ato político "Se é Público é Para Todos", reunindo intelectuais, movimentos sociais, sindicais e lideranças políticas em defesa de empresas públicas fortes e focadas no desenvolvimento do país. Em seu discurso, Lula relembrou a importância da descoberta do pré-sal e da aprovação da lei da partilha, além da priorização ao conteúdo nacional para os investimentos da estatal. "Eu me orgulho de ter investido na indústria naval, de ser o presidente que mais investiu e visitou a Petrobrás."
O ex-presidente também criticou Michel Temer, que "não deu um golpe só na democracia, mas também na decisão do Senado", que o nomeou apenas interinamente para o cargo de presidente. "O ministério que está montado é o do Eduardo Cunha", ressaltou Lula. O ex-presidente admitiu erros dos governos petistas, mas disse que quer que Dilma volte "exatamente para corrigir os erros que nós cometemos."
Lula também defendeu o legado dos seus dois mandatos. "Eu sempre quis provar que um peão de quarto ano primário de escolaridade seria capaz. Que conseguiria pensar o Estado brasileiro politicamente melhor que toda a elite que governou esse país 500 anos. Eu queria provar que o pobre não era o problema, que era a solução desse país, à medida que a gente desse uma oportunidade". Lula lembrou programas sociais como o Luz Para Todos, os subsídios do Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família. "Eu prefiro ser chamado de atrasado, mas eu quero garantir ao povo brasileiro as coisas elementares que todo o ser humano tem direito de ter." Para ele "somente o estado, só a coisa pública, pode levar aquilo de qualidade que os ricos nunca levaram e nunca vão levar na casa do povo pobre."
Lula também apontou que as empresas estatais e outras importantes instituições foram criadas há muito tempo. O Banco do Brasil foi criado em 1808, a Caixa também no século 19, o BNDES, a Petrobrás, o Basa e o BNB foram criados nas décadas de 40 e 50. E o Sistema Único de Saúde, o SUS, em 1988.
João Antônio de Moraes, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que a pressa do governo interino de privatizar é para "levar o povo trabalhador que ascendeu de volta para a senzala". Para Moraes, se Lula não tivesse sido eleito em 2002 a Petrobrás não existiria mais. "Quando você chegou ao governo a Petrobrás gastava 100 milhões em pesquisa em desenvolvimento e hoje investe 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento."
O ex-presidente lembrou que o BNDES tinha só 30 bilhões de financiamento, e passou a ter mais de 200 bilhões de financiamento.Para Lula, "houve um tempo que a elite brasileira, incompetente para governar esse país, achava que tudo ia se resolver se a gente vendesse as empresas e desobrigasse os governos de governar."
A campanha "Se é público é para todos", é uma mobilização de diversos setores. Entre os pontos discutidos no encontro estão os projetos de lei que trazem ameaças às estatais e ao setorpúblicode forma geral. Entre eles, o PLS 555, que transformaria as estatais em sociedades anônimas e traria a proibição de que representantes sindicais e/ou políticos participassem de seus conselhos. O projeto, que agora segue na Câmara dos Deputados como PL 4918, abre portas à privatização das empresas públicas.
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