“A primeira mulher voltará pelas mãos das mulheres"
"A primeira mulher presidente voltará a governar, e
será pela mãos das mulheres. Portanto, Dilma muita força, não sairemos
da rua sem colocar para fora Michel Temer", gritaram, em jogral, as
mulheres que foram às ruas neste domingo, contra o presidente interino
Michel Temer, em São Paulo; os organizadores calcularam em 10 mil o
número de manifestantes
Manifestação contra governo Temer em BrasíliaMarcelo Camargo/Agência Brasil
15 de Maio de 2016 às 18:59
SP 247 – "A primeira mulher presidente voltará a governar, e será pela
mãos das mulheres.
Portanto, Dilma muita força, não sairemos da rua sem
colocar para fora Michel Temer", gritaram, em jogral, as mulheres que
foram às ruas neste domingo, contra o presidente interino Michel Temer,
em São Paulo; os organizadores calcularam em 10 mil o número de
manifestantes.
Confira, aqui, cobertura ao vivo do coletivo Mídia Ninja.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Em São Paulo, manifestantes protestam contra governo Temer
Elaine Patricia Cruz
– Repórter da Agência Brasil
Milhares de manifestantes fizeram na tarde de hoje (15) uma caminhada
pela Rua da Consolação, em São Paulo, contra o presidente interino de
Michel Temer. Eles se reuniram na Praça do Ciclista, na Avenida
Paulista, por volta das 14h e, as 15h20, saíram em caminhada até a Praça
Roosevelt, no centro da capital paulista, onde chegaram por volta das
17h.
A Polícia Militar não informou, até a publicação da matéria, o
número de manifestantes. Os organizadores, no entanto, estimaram a
presença de 10 mil pessoas. O ato, até as 17h20, transcorreu de forma
pacífica.
Depois de se reunirem na Praça Roosevelt em assembleia, eles
decidiram encerrar o ato em frente à Federação das Industrias de São
Paulo (Fiesp), onde gritam "Golpistas não passarão".
“O ato hoje é em repúdio à entrada de Michel Temer porque achamos que o
governo de Dilma Rousseff era um governo legítimo, que entrou pelo voto
direto. Achamos que o processo deimpeachment tem inúmeras ilegalidades.
O
Michel Temer deveria estar inelegível por oito anos. Ele é um político
ficha-suja”, disse Luiz Dantas, organizador do ato e membro do Coletivo
Frente pela Democracia.
O protesto também teve apoio dos movimentos União Brasileira das
Mulheres e da Marcha Mundial das Mulheres, que lideraram a caminhada.
Durante o trajeto, os manifestantes gritaram “Fora Temer”, e “Não tem
arrego” e palavras de apoio a Dilma. Muitos deles seguravam faixas de
Fora Temer. Alguns políticos participaram da marcha, como o deputado
federal Ivan Valente (PSOL-SP).
Equipe ministerial
Além de protestar contra o processo de impeachment, que afastou a
presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias, Dantas disse que o ato
também protesta contra a falta de mulheres e de negros no atual
ministério – anunciado por Temer na semana passada.
“Não vemos negros,
não vemos mulheres e isso é um retrocesso”, falou ele à reportagem da
Agência Brasil.
Eles também protestam contra a extinção de alguns ministérios por Temer.
“Michel Temer não foi eleito. Então, se a Dilma não volta por conta
desse processo de impeachment, então que se tenha novas eleições e que o
povo decida quem ele quer”, acrescentou Dantas.
Em um jogral, repetido por todos os manifestantes antes do início da
caminhada, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e disseram que não vão
aceitar o que chamaram de eleições indiretas.
“Não aceitaremos eleições
indiretas feita pelos deputados e apoiada pelos senadores”, cantaram os
manifestantes. “Eleições diretas. Poder ao povo.
Fora Temer”, gritaram.
Temer em SP
O presidente interino Michel Temer está em sua residência, no Alto de
Pinheiros, desde ontem (14).
Hoje, por volta das 10h, ele deixou sua
residência para um destino não informado e só voltou para sua casa por
volta das 14h, sem falar com a imprensa. A previsão é que Temer
permaneça em casa e volte para Brasília somente amanhã (16) cedo.
Na tarde deste domingo, em Brasília, a Frente das Trabalhadoras e Trabalhadores do Serviço Público em Defesa da Democracia se reuniu no Eixão Sul em Brasília. Cerca de 300 pessoas, número dos organizadores, discutiram ações que para se opor ao governo interino. A Polícia Militar do Distrito Federal não esteve no local e, por isso, não divulgou o número de manifestates. O evento foi marcado pelas redes sociais.
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