Nafta trouxe pobreza e baixos salários ao México
7 de janeiro de 2014 | 08:10 Autor: Miguel do Rosário- Tijolaço
Começamos o dia com uma reportagem publicada ontem no Valor, que é de
arrepiar os cabelos. Não teve destaque no próprio Valor, nem terá em
nenhuma outra mídia. Foi feita, naturalmente, por repórter estrangeiro,
Mark Stevenson, da Associated Press, pois duvido que algum barão da
mídia permitisse que um jornalista brasileiro fosse tão ousado.
A reportagem diz, em suma, que a Nafta, o acordo comercial entre
México e EUA (que inclui o Canadá também), que derrubou uma série de
barreiras comerciais e trabalhistas entre os dois países, não trouxe
contribuição social relevante ao México.
Ao contrário, a situação piorou. Confira os trechos abaixo:
“(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a
pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América
Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza
chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para
51,3%.”
“(…) os empregos do setor no México são notoriamente mal
remunerados, e pouco se avançou em reduzir o fosso salarial em relação
aos EUA.
(…) A média dos salários na indústria de transformação do México
correspondia a cerca de 15% dos pagos nos EUA em 1997. Em 2012 esse
percentual tinha aumentado para apenas 18%. Em alguns setores, os
salários praticados na China, na verdade, superaram os pagos no México. “
O Nafta corresponde a Alca, o acordo que os EUA queriam implantar em
toda a América do Sul. Foi enterrada com a eleição de Lula e outros
governantes progressistas. Agora sabemos os resultados a que ela se
propunha. Não teríamos o combate a pobreza que vimos por aqui e os EUA
ficariam ainda mais ricos.
A íntegra da matéria está aqui, para assinantes
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