O novo presidente do Senado, Renan Calheiros, candidato preferido da grande mídia (Lia de Paula/Ag. Senado)
É muito fácil fazer manipulação política neste país, principalmente quando se tem meia dúzia de famílias dominando a mídia velha neste país. E eles sabem que poderão contar com os inocentes úteis e ingênuos para aceitarem e depois reproduzirem as suas teses pelas rede sociais. Renan, por exemplo, foi ministro da justiça da era FHC e tenho certeza que poucas brasileiros sabem desta informação. E como sempre a Rede Globo faz o jogo dúbio e combinadao com as demais midias velhas. Agora, corre nas rede sociais uma lista com o nome dos senadores que votaram no Renan, excetuando, obviamente os senadores do PSDB. E vejo amigos e amigas, até esclarecidos compartilhando isso, sem reflexão. Como diz o compositor poeta: VIDA DE GADO.
Vejam o texto abaixo
Renan, o candidato da Globo e da Veja
É muito fácil fazer manipulação política neste país, principalmente quando se tem meia dúzia de famílias dominando a mídia velha neste país. E eles sabem que poderão contar com os inocentes úteis e ingênuos para aceitarem e depois reproduzirem as suas teses pelas rede sociais. Renan, por exemplo, foi ministro da justiça da era FHC e tenho certeza que poucas brasileiros sabem desta informação. E como sempre a Rede Globo faz o jogo dúbio e combinadao com as demais midias velhas. Agora, corre nas rede sociais uma lista com o nome dos senadores que votaram no Renan, excetuando, obviamente os senadores do PSDB. E vejo amigos e amigas, até esclarecidos compartilhando isso, sem reflexão. Como diz o compositor poeta: VIDA DE GADO.
Vejam o texto abaixo
Renan, o candidato da Globo e da Veja
Não se engane com as aparências superficiais. O senador Renan
Calheiros (PMDB-AL) foi eleito pela Rede Globo e pela revista Veja à
presidência do Senado.
A Veja, apesar de seus blogueiros dispararem dardos contra Renan – em
doses inofensivas, apenas para consumo interno de seus leitores – fez
corpo mole, e não produziu nenhuma matéria com potencial para derrubar a
candidatura de Renan. Tivesse empenhada de fato contra sua eleição
haveria contra ele pelo menos uma grande denúncia, com destaque na capa,
no último mês, como fez várias outras durante três meses, quando a
revista quis derrubá-lo, em 2007.
A TV Globo também não chegou a tentar desconstruir Renan no Jornal
Nacional como fez em 2007. Limitou-se a noticiar "protocolarmente" a
denúncia do Procurador-Geral Roberto Gurgel, sem fazer juízo de valor e
dando ênfase às declarações da defesa do senador de forma até
respeitosa. Deu para perceber que tratou a candidatura com certa
naturalidade, tentando fazer a maioria dos telespectadores
absorverem-na.
Por trás desse tratamento cortês, percebem-se dois motivos.
O primeiro é a dívida da revista com Renan pela blindagem que o PMDB
proporcionou ao jornalista Policarpo Júnior na CPI do Cachoeira. A TV
Globo, por corporativismo ou rabo preso, também atuou nos bastidores
junto ao PMDB contra as investigações sobre o bicheiro pela CPI – e
ficou devendo esta ao PMDB.
O segundo motivo é que esta velha imprensa julga que Renan no comando
do Senado vem a calhar para gerar embaraços desgastantes à base
governista e à presidenta Dilma, favorecendo a oposição demotucana nas
eleições 2014, tão querida da Globo e da Veja.
Renan sabe que se não tiver munição capaz de conter a imprensa, sua
vitória de hoje será tão alegre quanto o porre do peru na véspera da
ceia de natal. O chamado PIG (Partido da Imprensa Golpista) e a oposição
o deixaram ser eleito de propósito, já com o forno aceso para abatê-lo e
assá-lo.
Por isso ele procurou se precaver, mostrando suas armas em seu
discurso. Fez "juras de amor" à liberdade de imprensa, dando a entender
que, se não for incomodado, nenhuma lei passará no Senado contra os
interesses dos barões da mídia. Nas entrelinhas, passou o recado de que,
se os barões da mídia não forem "seu amigo", ele tem cartas na manga
para se aliar ao PT e ao PCdoB e apoiar uma "Ley dos Médios" – como a
que a Argentina tenta emplacar – contra o oligopólio de uma dúzia de
magnatas donos de jornais e TV's.
Diga-se que o senador não estaria descumprindo qualquer promessa
assumida em seu discurso quanto ao compromisso com as liberdades de
imprensa e de expressão, pois democratizar as comunicações só aumenta
estas liberdades.
Outra salvaguarda de Renan é o vice-presidente do Senado ser Jorge
Vianna, do PT. Se o derrubarem, quem assume interinamente é um petista,
coisa que os barões da mídia consideram pior para eles.
E o que Dilma tem a ver com isso? Nada!
Para a presidenta, como para qualquer presidente da República de
qualquer democracia no mundo, o que importa é ter harmonia institucional
com o Legislativo e garantir a governabilidade para cumprir o programa
de governo. Sendo o Senado presidido por qualquer senador apto a ser
eleito, da base governista, comprometido com o programa do governo e que
não seja dado a atos impensados, nem golpista, pouco importa o nome.
Há quem diga que seria melhor se o PMDB tivesse escolhido um nome que
não estivesse na linha de tiro do denuncismo. Mas Renan e o PMDB não
abriram mão se sua postulação, e resolveram ir para o enfrentamento. A
sorte está lançada. Resta saber até que ponto os pactos, mesmo que
implícitos, de Renan com a velha mídia irão durar.
Às 5 horas da madrugada da sexta-feira (1), poucas horas antes da
eleição, a revista Época – das Organizações Globo –, publicou a denúncia
do Procurador-Geral da República contra Renan. Não surtiu efeito. O
candidato adversário de Renan teve apenas 18 votos, quando era esperado
pela oposição entre 20 e 25. No Senado não houve discursos fortes
explorando a matéria. Mesmo os discursos críticos foram suaves, de quem
não queria comprar briga, nem desestabilizar a candidatura, apenas
marcar posição. Se a matéria da Época fosse ou ainda vier a ser
repercutida no Jornal Nacional com força, o pacto (implícito ou não)
Renan-Globo estaria (ou estará) rompido.
O fator Gurgel
Antes da eleição no Senado, o senador Fernando Collor (PTB-AL)
discursou abrindo fogo contra o Procurador-Geral da República (PGR)
Roberto Gurgel, chamando-o de "chantagista" e "prevaricador". Além das
acusações fortes que já vem fazendo desde o ano passado, disse algo
novo: tramita no Senado um processo contra Gurgel (provavelmente devido
ao "sobrestamento" da Operação Vegas da Polícia Federal, fato que
paralisou as investigações sobre a organização do bicheiro Cachoeira).
É o Senado que tem poderes constitucionais tanto para processar o PGR
por crimes de responsabilidade, como para exonerá-lo do cargo por
maioria absoluta em votação secreta.
Sob a presidência de Sarney, parece que o processo no Senado a que
Collor se referiu não teve andamento. Agora, com Renan, o que
acontecerá?
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