Líder do Governo acusa oposição de estimular o conflito agrário
Os partidos de oposição estimulam o conflito agrário ao propor uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O alerta é do líder do Governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS).
Segundo o parlamentar, uma CPI pode aprofundar a tensão no campo. "O que a oposição quer é apostar no conflito. Os tempos da UDR (União Democrática Ruralista) ficaram para trás. Não devemos acirrar os ânimos, apostando em um conflito antigo: UDR versus MST. Isso não interessa ao Brasil", afirmou.
Fontana classificou como "inaceitável" a ação de integrantes do MST acusados de saquear a Fazenda Santo Henrique, em São Paulo. Segundo a polícia, 350 pessoas usaram tratores para destruir 7 mil pés de laranja da área. "Aquela invasão e aquele vandalismo são absolutamente inaceitáveis. Nosso governo repudia profundamente. Mas queremos uma agenda positiva para a agricultura brasileira, e não a agenda do conflito e da luta política interminável", afirmou o líder.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também criticou a nova tentativa da oposição de criar uma CPI para investigar o MST. "Estou na Câmara há dez anos. Nesses dez anos, as CPIs que ocorreram infelizmente só serviram para palanque eleitoral desse ou daquele deputado ou para expor pessoas muitas vezes inocentes. Não serviram para investigar", afirmou.
O parlamentar destacou ainda que, caso seja instalada uma comissão para investigar os integrantes do MST, o Congresso Nacional deve criar uma CPI para apurar crimes cometidos por ruralistas. "Se há criminosos no movimento social, há também entre os fazendeiros. Por que não criar uma CPI para investigar a dívida dos ruralistas, que nunca é paga? Quem assalta bancos são eles (ruralistas), que nunca pagam a conta", disse.
Na semana passada, fracassou a primeira tentativa da oposição de criar uma CPI para investigar o MST.
Fonte: PT Nacional.
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