Grosseria de Sardenberg repercute na blogosfera
O comentarista Carlos Alberto Sardenberg, da Globo, irritou-se com a blogueira Sonia Montenegro ao ser questionado sobre a preocupação da grande imprensa em reproduzir os argumentos dos golpistas em Honduras. Ele respondeu a mensagem afirmando que essa opinião está “alguma coisa entre a cretinice e estupidez ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa”.
Diante da grosseria, a blogueira, colaborada da Agência Assaz Atroz, divulgou a resposta e sua réplica: “Engraçado, minha mãe, que bem me educou, sempre me disse que a agressividade é a arma de quem não tem argumentos. Mais grave no caso de um jornalista, que ataca gratuitamete uma leitora que lhe pede um esclarecimento.”
Para ela, Sardenberg revelou o seu lado anti-democrático, preconceituoso e desrespeitoso. “A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas”.
Ele ficou irritado ao receber o comentário postado no blog de Eduardo Guimarães (http://edu.guim.blog.uol.com.br/) dando conta de que a imprensa brasileira deve explicações sobre sua atuação na crise de Honduras. “Escandaliza sua evidente preocupação de reproduzir os argumentos dos golpistas hondurenhos, o que explica a facilidade de acesso de uma Globo a sítios em Tegucigalpa que poucos meios de comunicação estão tendo.”
O texto diz ainda que “é imperativo que se investigue os contatos dos grandes meios de comunicação brasileiros com o regime golpista de Honduras e uma eventual aliança desses meios com aquele regime”.
Neoliberalismo
Ainda em resposta a Sardenberg, Sonia Montenegro disse que tem orgulho de ser de esquerda. Os que estão desse lado, segundo ela, amam o país, posicionam-se contra o entreguismo reinante na grande imprensa e valorizam as políticas que beneficiam aqueles que sempre foram espoliados “por uma elite egoísta que pauta os veículos de comunicação como os que o senhor subservientemente incorpora”.
Na réplica, ela ainda diz que “a atual crise mundial serviu para mostrar que o neoliberalismo é uma política injusta, em que os lucros são divididos entre poucos, e o prejuízo pago por muitos. Essa foi uma lição aprendida pelos jornalistas que merecem o título que possuem.”
De Brasília,
Iram Alfaia
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