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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Juca revela "os intestinos do GOLPE" para derrubar Dilma, vencer o país e acabar com a investigação da Lava Jato.

Foto de Jornalistas Livres.

A CASA DO GOLPE CAIU - Jornalistas Livres.
Pronto. Até que demorou. Mas os golpistas não têm como esconder seu caráter. Derrubaram Dilma pra vender o país e acabar com toda e qualquer investigação. Gravação entre Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado não deixa pedra sobre pedra, como disseram na própria conversa gravada .

Jucá é um general estrelado do golpe, ao lado de Geddel Vieira um dos mais falantes e "indignados com a corrupção". É velho conhecido no mundo político em Brasília e a imprensa golpista só comprou a versão do "Jucá moralista" porque está engajada na derrubada de Dilma. Mas não sustentou duas semanas.
"TEM QUE MUDAR O GOVERNO E ESTANCAR ESSA SANGRIA" - uma das falas de Jucá.
Em outra, ele fala explicitamente em dar o golpe e acabar com toda e qualquer investigação, NUM PACTO COM O SUPREMO:
"Jucá acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional 'com o Supremo, com tudo'. Machado disse: 'aí parava tudo'. 'É. Delimitava onde está, pronto', respondeu Jucá, a respeito das investigações".
Ou seja, para tudo onde está: no PT.
E agora, STF? Uma gravação ilegal de Lula com Dilma na qual não havia nada disso foi o suficiente para colocar a imprensa golpista e a direita em pé de guerra e exigir porrada e sangue. Celso Mello e outros ministros manifestaram "indignação", foi um escândalo. Lula foi impedido de assumir a Casa Civil e a capacidade de ação política do governo Dilma foi totalmente bloqueada.
E AGORA?

Aécio Neves aparece com destaque na conversa: vamos ver como ficará a relação do PSDB com seu sócio, o PMDB, depois dessa. E aguardar mais esclarecimento de Machado e Jucá sobre o esquema do mineiro derrotado.

Leia trechos selecionados da reportagem de Rubens Valente na Folha:
Machado disse que novas delações na Lava Jato não deixariam "pedra sobre pedra". Jucá concordou que o caso de Machado "não pode ficar na mão desse [Moro]".
O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso caísse nas mãos de Moro. "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma. Machado respondeu que era necessária "uma coisa política e rápida".
"Eu acho que a gente precisa articular uma ação política", concordou Jucá, que orientou Machado a se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
Machado quis saber se não poderia ser feita reunião conjunta. "Não pode", disse Jucá, acrescentando que a ideia poderia ser mal interpretada.
O atual ministro concordou que o envio do processo para o juiz Moro não seria uma boa opção. "Não é um desastre porque não tem nada a ver. Mas é um desgaste, porque você, pô, vai ficar exposto de uma forma sem necessidade."
E chamou Moro de "uma 'Torre de Londres'", em referência ao castelo da Inglaterra em que ocorreram torturas e execuções entre os séculos 15 e 16. Segundo ele, os suspeitos eram enviados para lá "para o cara confessar".
Jucá acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional "com o Supremo, com tudo". Machado disse: "aí parava tudo". "É. Delimitava onde está, pronto", respondeu Jucá, a respeito das investigações.

UM TRECHO QUE FALA DE AÉCIO NEVES:

MACHADO - É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma...

JUCÁ - Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.

MACHADO - O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...

JUCÁ - É, a gente viveu tudo.

TRECHO SOBRE CAMINHOS DE PRESSÃO NO STF:

MACHADO - Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.

JUCÁ - Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].

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