Carta Capital.
A
reta final das eleições municipais em São Paulo, com a disputa entre
Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), esquentou a tal ponto que o
Ministério de Educação pediu que a Polícia Federal abra uma investigação
contra um funcionário da campanha do tucano.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o MEC fez a
solicitação diretamente ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a
quem a PF está subordinada. O MEC acusa Eden Wiedemann, integrante da
campanha de Serra nas redes sociais, de ser responsável por divulgar a
falsa informação de que a próxima edição do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) teria sido cancelada. De acordo com o Estadão,
Wiedemann postou no Twitter às 20h11 de quarta-feira 24 a mensagem “Vai
Haddad!!! MEC confirma cancelamento das provas do Enem” seguida de um
link para uma reportagem de 2009 que anunciava o cancelamento da prova.
Há três anos, a prova foi cancelada depois do vazamento de algumas questões.
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Na quinta-feira 25, o Twitter registrou uma série de mensagens que
usavam a hashtag (palavra-chave) #EnemCancelado e muitas pessoas
acreditaram que a prova de 2012 realmente estava cancelada. Ainda
segundo o Estadão, no início da tarde de quinta-feira 25, o
site do MEC teve um volume de tráfego anormal, com mais de 1 milhão de
acessos. Em sua conta oficial no Twitter, o MEC negou os boatos de
cancelamento.
Em entrevista ao Estadão, Wiedemann negou ser o responsável
pelo boato. “Querem criar um factoide. Escrevi um tuíte que dizia que o
Haddad foi um ministro incompetente e publiquei a notícia do Terra. Nos
meus tuítes pessoais, não escrevo nada em nome da campanha”, afirmou o
publicitário. Em mensagens mais recentes, Wiedemann continuou se
defendo, dizendo não ter relação com os boatos.
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