Durante uma conferência na Fundação Liber Seregni, no
Uruguai, nesta segunda-feira 17, o filósofo norte-americano Noam
Chomsky, um dos maiores intelectuais da atualidade, sugeriu que o
ex-presidente Lula tenha sido vítima de um novo tipo de golpe, com apoio
dos Estados Unidos.
Ressaltando a "liderança de Lula" na América Latina, Chomsky
destacou que as políticas do ex-presidente petista "foram semelhantes
às dos anos 60, que levaram a um golpe militar fortemente apoiado pelos
Estados Unidos".
"Mas agora [com Lula no governo] os EUA não tinham condições
de dar um golpe militar", completou. Pouco antes, ele havia dito que a
"América Latina foi a primeira vítima do neoliberalismo e do Consenso de
Washington".
"E a América Latina foi a primeira região a dispensar e a
emergir do Consenso de Washington e do neoliberalismo", disse, segundo a
cobertura feita pelo jornalista Rogério Tomaz Jr., pelo Twitter, da palestra do linguista.
Chomsky disse ainda que "a estrutura de classes da América Latina possui enorme concentração de renda e desigualdade".
O intelectual norte-americano comentou a crise dos
refugiados: "é uma crise cultural e moral da nossa sociedade". E
criticou a omissão da mídia ao não cobrar de Donald Trump posição a
respeito da mudança de clima global. Ele mencionou também a
possibilidade de, numa eventual corrida nuclear, um ataque preventivo da
Rússia iniciar uma guerra que aniquile a humanidade.
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