Novamente as esquerdas cometem o mesmo erro das leituras em 2018 de subestimar Bolsonaro. As lições nos ensinam a não subestimar os inimigos e adversários em lutas tão renhidas como essas que estamos travando.
Vai
sobrar vacina no mercado.
Chegaremos ao final do ano com menos casos de gente
doente se a vacinação avançar, economia crescendo e este governo pode aumentar
o auxílio emergencial.
As forças que o seguem são grandes:
evangélicos e católicos conservadores, toda a segurança pública e privada,
madeireiros, mineradores, garimpeiros, posseiros, agronegócio que avançam sobre
o capital natural do país.
E
a mídia sabe que o único que pode batê-lo é o Lula porque disputa o mesmo
eleitor que precisa do auxílio emergencial e bolsa família. A parte de cima é
bolsonarista.
E
a pandemia mostrou que não abala Bolsonaro e nem os seus eleitores e parte dos
eleitores ficam “navegando” aos sabores dos fatos.
E
que fazer?
Povo
na rua sem medo, mas existe uma combinação de estruturas poderosas: milícias, paramilitares,
movimentos conservadores e os movimentos religiosos de conformação da miséria.
Rio
de Janeiro está destruído, o Nordeste é ainda a única região que respira um ar
de rebelião. O futuro é incerto.
E
reforço: estão achando que Bolsonaro é uma barbada em 2022. Subestimam demais a
inteligência desse fascista que não está no governo de graça ou pela sorte.
Talvez
o povo esteja aprendendo através da economia de desemprego.
Aqui
nós aprendemos pela fome, pelos currais da fome e pela falta do Estado e por
isso, uma parte dos nordestinos têm uma visão diferente sobre Bolsoarno e sua
política ecocida e genocida.
Só
observando que quando finalmente o Estado chegou no Nordeste através do governo
Lula, o povo gostou e vai lutar por ele, pelo menos no voto.
Sobre
comunicação eu concordo com o presidente Lula de que o PT precisa se comunicar
melhor com o povo, buscar alternativas de comunicação.
Vejo
que o PT não consegue fazer isso. As redes sociais de Lula são mínimas de
influência. As esquerdas não conseguem conversar com o povo que vive pendurado
em reality, rede sociais, entretenimento, novelas, jogos, ect. Eles sabem de
tudo, menos das reformas trabalhistas, previdência e das grandes questões de
nosso país. Hoje temos um deserto de ideias e de conhecimentos e um oceanos de
de desinformação.
Se
Lula for candidato ganha no Nordeste, mas precisa ganhar em Minas e Rio de
Janeiro. Nordeste cobre a diferença em São Paulo. E Rio de Janeiro e Minas
precisa cobrir a diferença no Norte, Sul
e Centro-Oeste.
Por
quê?
Pòrque
Bolsonaro continua e continuará forte apesar da CPI e da cobertura midiática.
A
grande questão é : Bolsonaro perdeu quantos votos com isso?
Muita
gente envergonhada, mas muda um centímetro no volto a esse horror, por quê?
Porque
existe uma coisa que muita gente esquece nas análises: o bolsonarismo é maior
do que Bolsonaro, é o que lhe dá sustentação. Veja todo o Norte, Centro Oeste e
Sul , Rio de Janeiro e São Paulo dominados pelo bolsonarismo que precisamos
entender que é antes de Bolsonaro.
Veja
que por outro laddo, o povo vive uma desesperança e uma confusão mental muito
grande. Veja o Smartfone que iguala todos - do não letrado ao mais letrado no
envio de aúdio, vídeos, imagens.
Nas
eleições os celulares estarão entupidos novamente com esse tipo de
"informação" com milhões de vídeos, aúdios e imagens e talvez algumas
mensagens de texto para quem sabe ler alguma coisa.
O
Centrão é uma mercadoria barata e parasitária. Bolsonaro sabe jogar com eles e
eles com o Bolsonaro. Não digo é que o o centro de sustentação do governo, mas
estará forte porque Bolsonaro os representa na política econômica.
E
importa considerar que o povo está em casa comendo uma refeição, pagando gás a
95,00 e com 30 milhões de desempregados. E que pode fazer diferença nas
eleições de 2022,a depender da comunicação das esquerdas.
Acrescento
o controle de bancos pelo MERCA que hoje controla o Banco Central e
oficializado pela autonomia. Além de forças dentro do exército que joga flores
e pedras através de jogo bem jogado. E as grandes corporações que são as
grandes beneficiadas pelas tais reformas.
Também
a mídia que sente representada dentro do governo pela econômica governamental
ultraliberal da privataria do Estado e suas deformas.
É
minha avaliação. Olhem as pesquisas que variam conforme metodologia. Lula ganha
por pouco e olha a confusão mental do povo brasileiro. E no calor da campanha
eleitoral há o poder de quem tem a caneta na mão e o apoio da segurança pública
e privada não é pouco.
Sobre
eleeição e estratégias.
Estou
escrevendo para as redes de todos os partidos de esquerda de que a estratégia
de 2022 precisa ser eleição para a Câmara Federal e Senado.
De
que o PT e demais partidos deveriam lançar os seus melhores quadro para o
legislativo, mas vão queimar a candidatura de Boulos e de Haddad para o governo
de São Paulo porque entendo que é a candidatura de Lula que deve puxar os votos
para o legislativo, se houver boa estratégia.
Sobre
Lula
Na
minha análise Lula não é esquerda porque é um cara pragmático. Posicionou-se no
centro e matou a direita.
Além
do mais, deixou esquerdista descontente e ala do PSOL para lançar candidatura a
presidente.
Lula
como sempre é muito inteligente e chamou todo o mundo para conversar e montar
os palanques nos estados. Parece que sua estratégia é a mesma que que penso:
eleger 250 parlamentares das esquerdas.
Talvez
o vice saia do PSB. O imbróglio é São Paulo. Como eu te falei: se ele conseguir montar um palanque com
Freixo, Paes, PT ,PSD e demais esquerdas no Rio e montar um palanque lançando o
atual prefeito de Belo Horizonte para governador e palanque forte, Lula será o
próximo presidente com possibilidade de ganhar as eleições no primeiro turno,
se elas ficarem polarizadas entre ele e Bolsonaro.
Eleição
polarizada transforma as outras candidaturas em "sanduíches".
E
finalizando, o Lula faz novamente um governo pragmático e de potencializar o
mercado consumidor. Sua tarefa é construir uma candidatura verdadeiramente de
esquerda dentro do seu governo. Zé Dirceu era esse projeto, mas
inteligentemente o Mensalão matou esse projeto. E o futuro nos diz sobre isso.
Veja
que a polarização já começou com o Lula chamando Bolsonaro de genocida e o
Bolsonaro chamando o Lula de ladrão. Isso nunca aconteceu. Estou falando dessa
abordagem e da forma como está e vai acontecer. Para mim vai ser uma eleição
muito polarizada entre os dois. E que por isso, a situação possibilita essa
situação, eleição decida no primeiro turno.
As
contas não fecham, mas teremos uma eleição de significado único em 2022. Um
ex-presidiário que o povo sabe que foi
vítima de tudo. E um fascista na presidência. Essa eleição em 2022 ela
entra para a história.
É
isso que poderá acontecer. Reforço as condicionalidades para isso acontecer. Os
palanque fortes em Minas e Rio de Janeiro. O pessoal das esquerdas descarrega todos
os votos em Lula e da direita toda em Bolsonaro.
Há
um pensamento na cabeça do eleitorado: primeiro ele escolhe em quem não vota,
segundo ele escolhe o que tem mais chances de derrotar o candidato cancelado
por ele.
Uma
observação sobre o erro histórico do PSDB no golpe contra Dilma.
Se
Aécio ganha, ele teria conseguido a reeleição e o PSDB estaria no poder e nada
disso teria acontecido. Lembro sim. Aécio se manteve no poder em Minas a custa
de controle da mídia com mãos e punho de ferro. Ele se revelou um grande corrupto.
Como
já falei o problema é a comunicação. O
PT não consegue conversar com o povo e nem as esquerdas.
Sobre
a campanha eleitoral
A
mídia faz diferença como fez em 1988 que foi um ano sem campanha eleitoral. A
Globo passou todo o processo eleitoral sem dizer nada no Jornal Nacional e sem
fazer cobertura das eleições.
O
único que tentou fazer algo diferente foi PHA que era âncora do Jornal da Band
e foi sumariamente calado, perdeu o emprego após duas semanas de cobertura das
eleições. E FHC ganhou as eleições no primeiro turno com o país quebrado e a
beira do apagão, com alto índice de desemprego e miséria. O que aconteceu? Não
houve cobertura jornalista das eleições.
Em
1998 não houve debate, não houve discussão de nada. Lula só aparecia no horário
gratuito com os seus poucos minutos
Hoje
as redes e mídias estão dominadas pelas fakes news. Vocês tem uma ideia de
quantos imagens, vídeos e áudios são compartilhado por segundo em época de
eleição?
Portanto,
o desafio é da comunicação e Bolsonaro entra forte nas eleições de 2022 se até
lá nada de grave acontecer. Aliás, as eleições de 2022 poderão não ser
reconhecidas se o fascista for derrotado.
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