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quinta-feira, 10 de junho de 2021

As esquerdas novamente subestimam Bolsonaro.


Novamente as esquerdas cometem o mesmo erro das leituras em 2018 de subestimar Bolsonaro. As lições nos ensinam a não subestimar os inimigos e adversários em lutas tão renhidas como essas que estamos travando.

 Bolsonaro é mais inteligente do que muita pensa o contrário. 2022 podemos ter uma chuva de vacinas, tendo em vista que o mundo desenvolvido já tenha vacinado o seu povo.

Vai sobrar vacina no mercado.

Chegaremos  ao final do ano com menos casos de gente doente se a vacinação avançar, economia crescendo e este governo pode aumentar o auxílio emergencial.

 As forças que o seguem são grandes: evangélicos e católicos conservadores, toda a segurança pública e privada, madeireiros, mineradores, garimpeiros, posseiros, agronegócio que avançam sobre o capital natural do país.

E a mídia sabe que o único que pode batê-lo é o Lula porque disputa o mesmo eleitor que precisa do auxílio emergencial e bolsa família. A parte de cima é bolsonarista. 

E a pandemia mostrou que não abala Bolsonaro e nem os seus eleitores e parte dos eleitores ficam “navegando” aos sabores dos fatos.

E que fazer?

Povo na rua sem medo, mas existe uma combinação de estruturas poderosas: milícias, paramilitares, movimentos conservadores e os movimentos religiosos de conformação da miséria.

Rio de Janeiro está destruído, o Nordeste é ainda a única região que respira um ar de rebelião. O futuro é incerto.

E reforço: estão achando que Bolsonaro é uma barbada em 2022. Subestimam demais a inteligência desse fascista que não está no governo de graça ou pela sorte.

Talvez o povo esteja aprendendo através da economia de desemprego.

Aqui nós aprendemos pela fome, pelos currais da fome e pela falta do Estado e por isso, uma parte dos nordestinos têm uma visão diferente sobre Bolsoarno e sua política ecocida e genocida.

Só observando que quando finalmente o Estado chegou no Nordeste através do governo Lula, o povo gostou e vai lutar por ele, pelo menos no voto.

 

Sobre comunicação eu concordo com o presidente Lula de que o PT precisa se comunicar melhor com o povo, buscar alternativas de comunicação.

Vejo que o PT não consegue fazer isso. As redes sociais de Lula são mínimas de influência. As esquerdas não conseguem conversar com o povo que vive pendurado em reality, rede sociais, entretenimento, novelas, jogos, ect. Eles sabem de tudo, menos das reformas trabalhistas, previdência e das grandes questões de nosso país. Hoje temos um deserto de ideias e de conhecimentos e um oceanos de de desinformação.

Se Lula for candidato ganha no Nordeste, mas precisa ganhar em Minas e Rio de Janeiro. Nordeste cobre a diferença em São Paulo. E Rio de Janeiro e Minas precisa cobrir a diferença no Norte, Sul  e Centro-Oeste.

Por quê?

Pòrque Bolsonaro continua e continuará forte apesar da CPI e da cobertura midiática.

A grande questão é : Bolsonaro perdeu quantos votos com isso?

Muita gente envergonhada, mas muda um centímetro no volto a esse horror, por quê?

Porque existe uma coisa que muita gente esquece nas análises: o bolsonarismo é maior do que Bolsonaro, é o que lhe dá sustentação. Veja todo o Norte, Centro Oeste e Sul , Rio de Janeiro e São Paulo dominados pelo bolsonarismo que precisamos entender que é antes de Bolsonaro.

Veja que por outro laddo, o povo vive uma desesperança e uma confusão mental muito grande. Veja o Smartfone que iguala todos - do não letrado ao mais letrado no envio de aúdio, vídeos, imagens.

Nas eleições os celulares estarão entupidos novamente com esse tipo de "informação" com milhões de vídeos, aúdios e imagens e talvez algumas mensagens de texto para quem sabe ler alguma coisa.

O Centrão é uma mercadoria barata e parasitária. Bolsonaro sabe jogar com eles e eles com o Bolsonaro. Não digo é que o o centro de sustentação do governo, mas estará forte porque Bolsonaro os representa na política econômica.

E importa considerar que o povo está em casa comendo uma refeição, pagando gás a 95,00 e com 30 milhões de desempregados. E que pode fazer diferença nas eleições de 2022,a depender da comunicação das esquerdas.

Acrescento o controle de bancos pelo MERCA que hoje controla o Banco Central e oficializado pela autonomia. Além de forças dentro do exército que joga flores e pedras através de jogo bem jogado. E as grandes corporações que são as grandes beneficiadas pelas tais reformas.

Também a mídia que sente representada dentro do governo pela econômica governamental ultraliberal da privataria do Estado e suas deformas.

É minha avaliação. Olhem as pesquisas que variam conforme metodologia. Lula ganha por pouco e olha a confusão mental do povo brasileiro. E no calor da campanha eleitoral há o poder de quem tem a caneta na mão e o apoio da segurança pública e privada não é pouco.

Sobre eleeição e estratégias.

Estou escrevendo para as redes de todos os partidos de esquerda de que a estratégia de 2022 precisa ser eleição para a Câmara Federal e Senado.

De que o PT e demais partidos deveriam lançar os seus melhores quadro para o legislativo, mas vão queimar a candidatura de Boulos e de Haddad para o governo de São Paulo porque entendo que é a candidatura de Lula que deve puxar os votos para o legislativo, se houver boa estratégia.

Sobre Lula

Na minha análise Lula não é esquerda porque é um cara pragmático. Posicionou-se no centro e matou a direita.

Além do mais, deixou esquerdista descontente e ala do PSOL para lançar candidatura a presidente.

Lula como sempre é muito inteligente e chamou todo o mundo para conversar e montar os palanques nos estados. Parece que sua estratégia é a mesma que que penso: eleger 250 parlamentares das esquerdas.

Talvez o vice saia do PSB. O imbróglio é São Paulo. Como eu te falei:  se ele conseguir montar um palanque com Freixo, Paes, PT ,PSD e demais esquerdas no Rio e montar um palanque lançando o atual prefeito de Belo Horizonte para governador e palanque forte, Lula será o próximo presidente com possibilidade de ganhar as eleições no primeiro turno, se elas ficarem polarizadas entre ele e Bolsonaro.

Eleição polarizada transforma as outras candidaturas em "sanduíches".

E finalizando, o Lula faz novamente um governo pragmático e de potencializar o mercado consumidor. Sua tarefa é construir uma candidatura verdadeiramente de esquerda dentro do seu governo. Zé Dirceu era esse projeto, mas inteligentemente o Mensalão matou esse projeto. E o futuro nos diz sobre isso.

 

Veja que a polarização já começou com o Lula chamando Bolsonaro de genocida e o Bolsonaro chamando o Lula de ladrão. Isso nunca aconteceu. Estou falando dessa abordagem e da forma como está e vai acontecer. Para mim vai ser uma eleição muito polarizada entre os dois. E que por isso, a situação possibilita essa situação, eleição decida no primeiro turno.

As contas não fecham, mas teremos uma eleição de significado único em 2022. Um ex-presidiário que o povo sabe que foi  vítima de tudo. E um fascista na presidência. Essa eleição em 2022 ela entra para a história.

É isso que poderá acontecer. Reforço as condicionalidades para isso acontecer. Os palanque fortes em Minas e Rio de Janeiro. O pessoal das esquerdas descarrega todos os votos em Lula e da direita toda em Bolsonaro.

Há um pensamento na cabeça do eleitorado: primeiro ele escolhe em quem não vota, segundo ele escolhe o que tem mais chances de derrotar o candidato cancelado por ele.

Uma observação sobre o erro histórico do PSDB no golpe contra Dilma.

Se Aécio ganha, ele teria conseguido a reeleição e o PSDB estaria no poder e nada disso teria acontecido. Lembro sim. Aécio se manteve no poder em Minas a custa de controle da mídia com mãos e punho de ferro. Ele se revelou um grande corrupto. 

Como  já falei o problema é a comunicação. O PT não consegue conversar com o povo e nem as esquerdas.

Sobre a campanha eleitoral

A mídia faz diferença como fez em 1988 que foi um ano sem campanha eleitoral. A Globo passou todo o processo eleitoral sem dizer nada no Jornal Nacional e sem fazer cobertura das eleições.

O único que tentou fazer algo diferente foi PHA que era âncora do Jornal da Band e foi sumariamente calado, perdeu o emprego após duas semanas de cobertura das eleições. E FHC ganhou as eleições no primeiro turno com o país quebrado e a beira do apagão, com alto índice de desemprego e miséria. O que aconteceu? Não houve cobertura jornalista das eleições.

Em 1998 não houve debate, não houve discussão de nada. Lula só aparecia no horário gratuito com os seus poucos minutos

Hoje as redes e mídias estão dominadas pelas fakes news. Vocês tem uma ideia de quantos imagens, vídeos e áudios são compartilhado por segundo em época de eleição?

Portanto, o desafio é da comunicação e Bolsonaro entra forte nas eleições de 2022 se até lá nada de grave acontecer. Aliás, as eleições de 2022 poderão não ser reconhecidas se o fascista for derrotado.

 

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