Adriano Diogo: “Infiltraram policiais civis e militares no meio da garotada para incitar a violência”
publicado em 14 de junho de 2013 às 23:56
Na próxima terça-feira, os deputados estaduais Adriano Diogo e Beth Sahão (PT) proporão à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a convocação do comandante da Polícia Militar (PM), para dar explicações sobre barbárie dessa quinta-feira, 13 de junho.
“Nos últimos dias, o governo Alckmin prometeu intensificar a repressão nas próximas manifestações de rua. Ao anunciar isso publicamente, ele deu a senha para a repressão abusiva, descabida, desnecessária da PM”, atenta Adriano Diogo, que preside a Comissão. “Os policiais atiraram em jovens, jornalistas, pessoas que estavam passando… Barbarizam mesmo para forçar uma reação violenta.”
“Embora o metrô e o trem tenham aumentado, o governo Alckmin, nas entrevistas, só se refere ao aumento do ônibus, para atingir o governo Haddad”, prossegue o deputado. “É uma ação pensada, bem orquestrada, com vistas à eleição de 2014, e com o objetivo de desmoralizar o PT.”
“Nessas horas, dá perceber claramente o que nós já sabemos: a estrutura policial da ditadura permanece intacta, principalmente os setores de inteligência, como a P2 [serviço reservado da PM] e a tropa de choque”, denuncia Adriano. “Infiltraram policiais civis e militares à paisana no meio da garotada para incitar a violência. Ninguém me contou, eu vi um bando de profissionais em provocação – não eram estudantes! –, quebrando vidro, fazendo bandidagem.”
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