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quinta-feira, 20 de junho de 2013

MPL alerta sobre oportunistas infiltrados nas manifestações.

Durante entrevista a blogueiros, integrantes do MPL celebram a vitória, falam em infiltrados e expõem próximos passos

Viomundo

publicado em 19 de junho de 2013 às 23:43
Momento em que o governador paulista Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciavam a redução das tarifas em São Paulo. Em seguida, o mesmo anúncio foi feito no Rio (foto LCA).
por Luiz Carlos Azenha
Fomos convidados para um encontro com integrantes e apoiadores do Movimento Passe Livre (MPL), que nas últimas duas semanas protagonizaram um episódio histórico: levaram o povo de volta às ruas para reivindicar. Desde crianças a pessoas da terceira idade. Foram vítimas de repressão só comparável àquela empregada pela Polícia Militar paulista na desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos.

No jogo Brasil x México, Rede Globo enfia #ogiganteacordou na transmissão do futebol. Foi por acaso?

Yuri Franco: Direita quer diluir reivindicações para não pagar a conta - Viomundo

publicado em 20 de junho de 2013 às 10:49

As pautas justas dos atos e como resistir à tentativa de desvirtuá-las
por Yuri Soares Franco*
Nos últimos dias o Brasil tem sido sacudido por manifestações em diversas cidades. Como centelha inicial está a questão do transporte público, causadas pelo aumento da tarifa do transporte coletivo em várias cidades. Esta é uma reivindicação justíssima, e inclusive a revogação dos aumentos é apenas uma pauta imediata. Há uma discussão antiga e profunda sobre a questão do financiamento do transporte coletivo, que hoje serve basicamente como ferramenta de lucro de alguns empresários.

Direita radical tenta pegar carona nos protestos pela redução da tarifa


Brasil de Fato 
Enquanto alguns querem impor suas pautas em protestos, juventude que se diz “apartidária” corre o risco de desviar-se da luta central ao atacar partidos
19/06/2013

José Francisco Neto,
da Reportagem

 
Durante o quinto e o sexto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, foi notável a heterogeneidade de reivindicações. A pauta central do Movimento Passe Livre (MPL), que pede a redução das tarifas, parece estar perdendo a centralidade. Surgem em meio às manifestações cartazes com dizeres como: “Contra a corrupção” e “Impeachment à Dilma”.

Veja, através de gráficos, como a direita reacionária se infiltrou no Movimento Passe Livre.

Direita x Esquerdas nas redes por Escrevinhador

Os gráficos abaixo foram desenhados por um software com base nas postagens e compartilhamentos realizados no Facebook, relacionados ao movimento pela redução da tarifa. Vejam a evolução dos dias 13, 17 e 18 de junho. Reparem que o “nó” Passe Livre perdeu importância relativa e, aos poucos, começaram a ganhar forca sitios e enderecos associados a movimentos de direita.
É um indicativo de como o consevadorismo tentou se apropriar de um movimento que se iniciou com bandeiras de esquerda. O MPL sabe disso, está atento a isso. Integrantes do movimento, em conversa com blogueiros nessa quarta-feira, manifestaram preocupação com esse fato. Mas também comemoraram a grande vitória das ruas.
Veja abaixo os gráficos produzidos pelo professor Sergio Amadeu (UFABC).
O "nó" Passe Livre São Paulo é o roxo à esquerda

CUT, MST, UNE, Levante, MMM e JPT, militância do PT e PCdoB, CTB, UJS, hoje nas ruas, para manifestação pacífica

Do blog Os Amigos do Presidente Lula - temos que pensar que estamos vivendo um momento importante que requer reflexão, mas principalmente ação para lutar contra forças conspiradoras ocultas que estão infiltradas. 
 
Em São Paulo:

Concentração conjunta da CUT com o MST, Levante, MMM, UNE, UBES e JPT hoje na Pça em frente à Av Angélica, perto do metrô Paulista às 16h.

No Rio, será na Candelária, a partir das 17 horas.

Procure saber onde haverá manifestações em sua cidade, e participe pacificamente.
Além da comemoração da redução da passagem, já que a manifestação é difusa, cada um precisa expressar aquilo que acha importante para um Brasil melhor, mais justo, mais igual, como melhor distribuição de renda, com os mais ricos pagando mais impostos para os mais pobres pagarem menos e haver melhores serviços públicos, pelo fim do financiamento privado de campanha que incentiva a corrupção, pela reforma política, contra o oligopólio da Globo, contra a sonegação fiscal, por mais participação popular nas decisões políticas, pelo Judiciário e Ministério Público ter 30 dias de férias e não 60, pelo fim dos auxílios moradia e outras vantagens que elevam os salários acima do teto do funcionalismo, pelo fim de privilégios indevidos com dinheiro público, etc.

sábado, 15 de junho de 2013

Sicsú: “Se você quer ver um Brasil em crise, leia os grandes jornais”

publicado em 15 de junho de 2013 às 8:04
por Luiz Carlos Azenha em Viomundo

Um ping-pong com João Sicsú, autor dos Dez Anos que Abalaram o Brasil. O livro será lançado no mês de julho. O autor é professor de economia da UFRJ, não é filiado a partido político e é colunista da CartaCapital.

Viomundo: Abalaram como?
JS. A história brasileira foi sempre construída e escrita pelas elites. Nos dez anos de governos de Lula e Dilma o povo entrou em cena. Encontrou emprego, renda e ganhos sociais. Mostro nolivro com números quanto o Brasil de hoje está diferente e melhor do que aquele país sem esperança dos anos 1990.
Viomundo: Abalaram só para o bem? 
JS. Não. O livro não é “chapa branca”. Eu penso que os governos do PT acertaram muito, muito mesmo, mas erraram também. Mostro, por exemplo, que não contribuíram para desconcentrar os meios de comunicação. Apresento números: somente os canais da TV Globo receberam ano passado mais que meio bilhão de reais do governo federal em verbas de publicidade.
Viomundo: E o abalo de agora, pelo menos o que aparece nos jornais?
JS. As notícias reais são boas: a inflação está em queda, há sinais fortes de recuperação da produção industrial, o investimento voltou a crescer e até o câmbio se desvalorizou para ajudar a competitividade dos produtos brasileiros. Se você quer ver um Brasil em crise, leia os grandes jornais. Se você quer conhecer o Brasil real, vá aos números do IBGE e saia às ruas para conversar com o povo trabalhador.
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Geraldo Alkcmim e a infiltração de policiais violentos no meio da garotada.

Adriano Diogo: “Infiltraram policiais civis e militares no meio da garotada para incitar a violência”

publicado em 14 de junho de 2013 às 23:56
por Conceição Lemes - Viomundo
Na próxima terça-feira, os deputados estaduais Adriano Diogo e Beth Sahão (PT) proporão  à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a  convocação do comandante da Polícia Militar (PM), para dar explicações sobre barbárie dessa quinta-feira, 13 de junho.

“Nos últimos dias, o governo Alckmin prometeu intensificar a repressão nas próximas manifestações de rua. Ao anunciar isso publicamente, ele deu a senha para a repressão abusiva, descabida, desnecessária da PM”, atenta Adriano Diogo, que preside a Comissão. “Os policiais atiraram em jovens, jornalistas, pessoas que estavam passando… Barbarizam mesmo para forçar uma reação violenta.”
“Embora o metrô e o trem tenham aumentado, o governo Alckmin, nas entrevistas, só se refere ao aumento do ônibus, para atingir o governo Haddad”, prossegue o deputado. “É uma ação pensada, bem orquestrada, com vistas à eleição de 2014, e com o objetivo de desmoralizar o PT.”
“Nessas horas, dá perceber claramente o que nós já sabemos: a  estrutura policial da ditadura permanece intacta, principalmente os setores de inteligência, como a P2 [serviço reservado da PM] e a tropa de choque”,  denuncia Adriano. “Infiltraram policiais civis e militares à paisana no meio da garotada para incitar a violência. Ninguém me contou, eu vi um bando de profissionais em provocação – não eram estudantes! –,  quebrando vidro, fazendo bandidagem.”
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