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domingo, 26 de julho de 2009

O VALE TUDO DA MÍDIA DEMO-TUCANA

Caríssimos,
Como diz um antigo coronel da política cearense: em política vale tudo, só não vale perder. A mídia demo-tucana (Globo, Folha, Estadão, Veja, e assemelhados) vai para o tudo ou nada nas eleições de 2010. A ordem é eleger o Serra ou assemelhado (Aécio).
A ordem agora é derrubar o Sarney, custe o que custar. A rede globo está queimando um serviçal (Sarney) que lhe prestou grandes serviços durante anos. Tudo isso para eleger o demo-tucano Serra. Por quê?
A mídia demo-tucana vendo que a crise financeira não iria afetar a popularidade do governo Lula, resolveu realizar um plano de destabilização de seu governo, a começar pela CPI da Petrobrás. Depois da CPI percebeu-se a importância de tirar o Sarney da presidência. Ninguém fala quem é o vice-presidente - Senador Marconi Perilo, caso seja investigado como Sarney não se firme em fé um dia sequer, mesmo porque não terá tempo para sentar na cadeira da presidência do Senado.
Agora a estratégia é soltar pesquisas para consolidar a estratégia. Pesquisas que favoreçam o Serra de um lado, de outro coloquem em queda tanto a popularidade de Lula como a estagnação da candidatura de Dilma.
Como vocês sabem a Folha controla o instituto de pesquisa e a Globo tem contrato com o Ibope. As pesquisas eleitorais no Brasil são caso de polícia e todo mundo sabe disso. Tentam-se com ela manipular eleições.
No sábado, denunciei aqui e via Twitter que fonte que tenho no jornal Folha de São Paulo revelou-me que um grupo de tucanos e barões da mídia se reuniram, planejaram e decidiram divulgar brevemente pesquisas forjadas sobre as popularidades do presidente Lula e de Dilma Rousseff mostrando que teriam perdido apoio.
O assunto bombou na blogosfera e no Twitter. Ganhou o site de Paulo Henrique Amorim e o blog de Luis Nassif tocou no assunto “próximas pesquisas”, porém sem dar maiores detalhes.
Em toda parte, porém, o que me surpreendeu foi o tom de surpresa das pessoas. Por que alguém se surpreenderia que o próximo passo de uma mídia que promove pânico quanto à febre amarela ou a gripe suína ou que publica com alarde uma ficha policial falsa de uma ministra de Estado fosse fraudar pesquisas eleitorais?
Em 2000, aproximei-me da Folha de São Paulo por conta de meu então insistente envio de cartas à coluna de leitores daquele jornal. Segundo o ex-ombudsman da Folha Bernardo Ajzemberg, fui o leitor mais publicado naquela coluna por um bom tempo.
Dali em diante, comecei a ser convidado para eventos no jornal, como no evento comemorativo de seus 80 anos em 2000. Participei de umas duas dezenas de seminários, conferências e sabatinas promovidos por aquele jornal tanto em seu auditório em sua sede como no Teatro Folha, num shopping próximo à residência de Fernando Henrique Cardoso – que ironia – em São Paulo.
Só me afastei da Folha em 2005, quando percebi que o jornal pretendia derrubar o governo Lula com o escândalo do mensalão. Até ali, até Clóvis Rossi chegou a me citar em sua coluna na página A2 do jornal como exemplo de isenção política.
Graças a essa aproximação do veículo, fiz contatos por lá que seus tubarões na direção e no generalato mal suspeitam. E foi graças a essa aproximação que conheci jornalistas que labutam naquele aparato político do PSDB que sentem nojo do que presenciam o tempo todo, ou seja, a ligação escancarada do jornal com o partido político e, sobretudo, com FHC e José Serra.
O fato é que fui informado de que o que a mídia está fazendo com Sarney é só aperitivo. Folha, Globo, Estadão, Veja e apêndices, a mando de FHC e de Serra, farão tudo que for humanamente possível para impedir que Lula faça seu sucessor – ou sucessora.
As pesquisas serão usadas para tentar provocar efeito manada entre o eleitorado, ou seja, vendo que a popularidade do presidente e de sua candidata estão caindo, pessoas hesitantes se uniriam ao movimento forjado.
Apesar de ainda haver dúvida sobre a entrada do Ibope e, sobretudo, do instituto Sensus no esquema supostamente encabeçado pelo Datafolha, as conversas estão acontecendo e, em breve, sairiam ao menos pesquisas Ibope e Datafolha mostrando queda da popularidade de Lula e de Dilma. E uma das pesquisas dirá que a causa da perda de popularidade do presidente e da ministra foi o apoio deles ao senador e ex-presidente José Sarney.
Também existiria a hipótese de o encontro em que a fraude foi discutida ter sido fotografado. Desse encontro teriam participado FHC, Serra, Frias, Civita e um emissário da Globo. Está por se confirmar que o local do encontro teria sido na residência de FHC.
Verdade? Mentira? Pois eu acredito que fariam isso e que a informação que obtive deverá se concretizar na próxima pesquisa sobre Lula e Dilma a ser divulgada. Para mim, nem precisava dessa informação em off para prever que chegariam a esse ponto. Se a próxima pesquisa mostrasse o presidente e a ministra inabaláveis ou crescendo, todo esse esforço para derrubar Sarney seria jogado fora.
Urge que o governo Lula providencie pesquisas confiáveis. O instituto Vox Populi seria uma opção.

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