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domingo, 13 de agosto de 2017

Quem vai entender a Venezuela, o mundo, o Brasil a partir das lentes míopes, corruptas e lesa-pátria de Globo e assemelhados?



Quem vai entender a Venezuela, o mundo, o Brasil a partir das lentes míopes, corruptas e lesa-pátria de Globo e assemelhados? Quem de fato aqui compreende, apesar das dificuldades de vida, as lutas de uma parcela importante dos venezuelanos na defesa da soberania de seu país? Como ser democrata em uma luta de vida e morte, entre ser ou não, viver ou não viver? Quem semeia a divisão entre sul-americanos? Por que a Venezuela? E as ditaduras amigas do oriente médio? Os EUA são uma democracia? 

Qual é a possibilidade de um Lula ser eleito nos EUA? Então, entendo que a resistência na Venezuela pode ser um alento para a própria volta da democracia brasileira. Por fim, alguém pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos? Quantas guerras, quantas mortes teremos que fazer para chegar a ser uma democracia? Devermos passar pelas experiências da revolução francesa, da revolução americana? Alguém ainda está com ilusões sobre as eleições de 2018 sob esse regime? Tenho 52 anos de vida, 33 anos de docência, três filhos criados e realizado em muitas coisas. O que me adianta a velhice nesse regime de escravidão em que essa gente nos roubou a capacidade de sonhar? Perdemos a nossa soberania? Alguém duvida disso? Ninguém vai mudar nada do que está posto através de cliques e textos rodados em redes sociais e WhatsApp. O momento exige luta nas ruas porque esse golpe suave é mais perverso do que o golpe da aliança entre burguesia e militares em 64. Eles não ousaram tanto. Esse golpe é ousado e mais violento contra a soberania brasileira, contra o povo mais pobre. Não tenho mais ilusões sobre eleições, sobre nada. Vivemos um momento de grande desconstrução de nós mesmos, de Nação e de sentimento de pertencimento. Haverá em um futuro próximo, se não lutarmos agora, a resignação na luta pela sobrevivência em um sistema perverso de escravidão. Ainda não vivemos a ponta do iceberg desse golpe suave. Não é golpe para a maioria e vejo aqui inocentemente condenação de Maduro em um momento de grande tensionamento na Venezuela. Metade da população está com Maduro e a maioria das forças armadas. Certamente teremos uma guerra civil, talvez em plena campanhas das eleições brasileiras (se houver). Será um derramamento de sangue, principalmente se os EUA intervirem. Alguém tem outra solução? O Maduro correr feito um covarde como fez o Jango em 1964? A covardia de Jango nos fez perder 30 anos. E olhe os resultados do republicanismo de Dilma e Lula. Contra essa burguesia perversa pode existir cordialidade? Temos exemplos na história. Como o grande Anibal ganhou todas as batalhas na segunda guerra Púnica, mas perdeu a guerra para o império romano que ainda se desabrochava? Maduro não tem a preparação de um Chaves, mas sabe que luta contra forças difusas em novo tipo de guerra no século XX1 - a guerra híbrida. A Venezuela é, portanto, a única barreira de dominação completa da América do Sul pelas pela banca internacional. O resto é discurso de acadêmicos e suas teses de doutorado. Lula, quando demitiu Cristóvam por telefone, disse que não precisa de intelectual para escrever livros, mas de gestor capaz de executar o que era para ser feito. No momento, a América do Sul precisa de homens da envergadura de Leonel Brizola para fazer a boa luta em defesa da soberania nacional. E a verdade? Não temos.

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