Tenho me perguntado os motivos desse texto no exato momento em que a fome volta a assolar o Nordeste em um governo destruição social?
Aqui já postei várias matérias sobre os campos de concentração da fome em que os mais antigos chamavam por currais da fome.
Na verdade todos os sertões nordestinos eram os currais da fome e ao mesmo tempo senzalas de mão de obra farta e sem nenhum valor.
Trabalha-se um dia inteiro por um prato de comida e muitas vezes por feijão ou mesmo banha de porco e vísceras.
A fome sempre foi uma forma de colocar ordem para os sertanejos e o progresso para os coronéis do sertão e seus chefes no sudeste do país. Veja o texto abaixo.
Os 'campos de concentração' da seca: uma história esquecida no Brasil
Por Carola SOLÉ
AFP24 de fevereiro de 2017
A sobrevivente Carmela Pinheiro recebe a AFP em sua residência, em Senador Pompeu
Quase ninguém no Brasil se lembra ou sequer conhece esta história, mas ela existiu: no começo do século XX, quando o Nordeste vivia - como nos dias de hoje - terríveis secas, as autoridades construíram "campos de concentração" para evitar que agricultores famintos do Ceará migrassem em massa para a capital.