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quarta-feira, 1 de junho de 2016

A ficção virou a realidade ou a realidade virou ficção? Vídeo porta dos fundos mostra que a ficção é a realidade

A ficção virou a realidade ou a realidade virou ficção? Vídeo porta dos fundos mostra que a ficção é a realidade nos casos em que o MP que acompanham a  Operação Lava Jato, mostrando que a justiça é seletiva.

 

Delação travada da OAS confirma Porta dos Fundos

No vídeo que fez sucesso - por críticas e elogios - em abril desse ano, um delegado da Polícia Federal se mostra entediado ao ouvir de um delator denúncias gravíssimas de políticos do PSDB; faz de tudo, porém, para saber de qualquer informação referente a Lula - mesmo que seja apenas um item do cardápio - e à presidente Dilma; cena confirma não ser apenas uma peça de ficção depois da revelação, nesta quarta, de que o acordo de delação premiada de Léo Pinheiro, da OAS, está travado com o Ministério Público porque ele não incriminou o ex-presidente Lula nos casos do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia; relembre o vídeo


1 de Junho de 2016 às 19:50
247 - Um senador do PSDB é acusado de receber propina e de desviar mais de R$ 25 milhões da Vale e R$ 35 milhões da Petrobras. Um vereador e um deputado, também do PSDB, são delatados por depositarem todo esse montante em contas legalizadas do partido no exterior. O esquema ocorre há pelo menos 25 anos. Apesar das gravíssimas denúncias, a reação do investigador que escuta tudo é de tédio, bocejos e distração.

O relato acima é uma ficção do grupo humorístico Porta dos Fundos. O vídeo que fez muito sucesso no começo de abril (assista abaixo), seja por elogios, por parte daqueles que acreditam em uma Justiça seletiva na Operação Lava Jato, ou por críticas, pelos então oposicionistas do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, mostra o depoimento de um investigado que pode deixar a prisão, a depender do que for revelado.

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira 1º na Folha de S. Paulo confirma que a situação não ocorre apenas na ficção. Segundo o jornal, as negociações para a delação premiada de Léo Pinheiro, sócio da empreiteira OAS, estão travadas porque o investigado se negou a incriminar Lula nos episódios do "triplex do Guarujá" e do "sítio em Atibaia".

No primeiro caso, o presidente diz ter feito as obras por vontade própria, sem que Lula prometesse nada em troca. A OAS gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula acabou não ficando com o imóvel. No segundo, as reformas teriam sido feitas a pedido de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, e não do ex-presidente.

Se o acordo da delação premiada não for firmado com o Ministério Público, Léo Pinheiro, que foi condenado a 16 anos de prisão na Lava Jato, pode voltar para a cadeia.

"Para que você não quer ir para casa, deputado", diz, no vídeo do Porta dos Fundos, o ator Gregório Duvivier, que faz o papel de um delegado da Polícia Federal. Será que o mesmo ocorreu com Léo Pinheiro, depois de provavelmente ter insistido em negar as perguntas dos investigadores sobre o ex-presidente Lula?

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