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sábado, 14 de maio de 2016

Os golpistas irão aumentar impostos, mas não dizem que será nas costas dos trabalhadores.

O governo dos golpistas irá aumentar impostos, mas não diz que irá aumentar nas costas dos trabalhadores. O povo irá pagar o pato. E muitos patos acreditaram na ladainha. 

Novo ministro admite recriar CPMF, subir impostos e mudar aposentadoria - Odia

Henrique Meirelles não detalhou o percentual dos tributos, mas prometeu que será algo transitório

 

O Dia
Rio - Os dias difíceis não acabaram. O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu ontem que medidas “duras, mas necessárias” serão tomadas para reduzir a crise econômica. O segundo homem mais poderoso de Brasília não se esquivou de traduzir o significado prático dessa dureza. O governo Temer estuda aumentar impostos para melhorar a arrecadação. Meirelles não detalhou o percentual dos tributos, mas prometeu que será algo transitório.

Henrique Meirelles promete diagnóstico das contas públicas : 'Não é possível continuar como está'
Foto: Agência Brasil / Marcelo Carmargo
“Qualquer aumento de tributo tem que ser proposto como temporário se acontecer e se for necessário”, analisou Meirelles, depois da primeira reunião ministerial do governo Temer. “O nível de tributação já é elevado no Brasil e esse é um fator negativo para o crescimento econômico”, completou. Mesmo com todas as ponderações sobre o excesso de imposto no país, o ministro reconheceu que o governo não descarta a ideia de recriar o chamado imposto do cheque, a CPMF, para reduzir o déficit nas contas públicas e engordar os cofres do governo. A proposta chegou a ser enviada pelo governo Dilma ao Congresso, mas não foi votada porque a então oposição reagiu fortemente à medida. Ao ser questionado sobre essa contradição, Meirelles respondeu categórico: “Estamos discutindo isso”.
Em sua primeira coletiva de imprensa, Meirelles tratou de temas espinhosos e preocupantes para os contribuintes. Ele insistiu que é preciso mudar as legislações trabalhista e previdenciária. O ministro espera que o Congresso aprove as mudanças nas relações de trabalho e nas regras da aposentadoria.
Controverso, ele disse que a proposta de reforma da Previdência deve respeitar os “direitos adquiridos”, mas ressaltou que esse conceito é “impreciso”. “Mais importante do que saber o valor do benefício ou a idade em que vai se aposentar, é ter a segurança q de que haverá recursos para pagar a aposentadoria”, disse o ministro, defensor da definição de uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem.
Meirelles contou que está preparando um diagnóstico das contas do governo e que, em breve, apresentará um retrato do caixa encontrado pela nova equipe econômica. Ele acha que a sociedade está preparada para ouvir uma avaliação “realista e honesta” do cenário e das estratégias para a retomada do emprego e da renda. “O que não é possível, é continuar como está”, frisou.
TEMER SEM MILAGRES
Em entrevista à revista ‘Época’, o presidente interino Michel Temer contou que “ainda não caiu a ficha” de que ele é, de fato, o responsável por tirar o Brasil de uma das mais graves crises de sua história recente. “Quero, com a ajuda de todos, botar o país nos trilhos nesses dois anos e sete meses. Não vou fazer milagres em dois anos”, afirmou Temer. Seu tempo, no entanto, ainda é menor. Por enquanto, ele só tem 179 dias no governo até o julgamento de Dilma no Senado.

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