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quinta-feira, 26 de maio de 2016

O silêncio conspirador de Obama no golpe vagabundo no Brasil.

“Silêncio dos EUA é apoio ao golpe no Brasil”, diz especialista americano

Codiretor de Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, Mark Weisbrot afirma que discrição de Obama não é acaso
Presidenta Dilma Rousseff durante reunião de trabalho com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante reunião de trabalho com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“O governo dos Estados Unidos vem guardando silêncio sobre esta tentativa de golpe, mas há poucas dúvidas quanto à sua posição.” A frase é de Mark Weisbrot, codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa. Para ele, a campanha do impeachment é, sim, um golpe de Estado capitaneado pela elite nacional, algo impensável nos Estados Unidos.

 
O especialista americano comparou as pedaladas fiscais de Dilma a expedientes utilizados recentemente pelo presidente americano Barack Obama. “Quando os republicanos se negaram a elevar o teto da dívida, em 2013, a administração Obama recorreu a vários truques de contabilidade para adiar o prazo final no qual se alcançaria o limite. Ninguém se incomodou com isso”, escreveu Weisbrot em artigo para o jornal Folha de S.Paulo.
Ele frisou que a articulação do golpe vem da elite nacional “para obter por outros meios aquilo que não conseguiu conquistar nas urnas nos últimos anos”. “O juiz Sergio Moro lidera uma bem executada campanha de difamação de Lula.”
Para o americano, o golpe prospera no silêncio conveniente dos Estados Unidos. “Há poucas dúvidas quanto à sua posição”, disse. “Eles sempre apoiaram golpes contra governos de esquerda no hemisfério, incluindo, apenas no século 21, o Paraguai em 2012, Haiti em 2004, Honduras em 2009 e Venezuela em 2002.”
Ele lembra que recentemente Obama foi à Argentina para “derramar-se em elogios ao novo governo de direita, pró-EUA”. “E hoje, no Brasil, a oposição é dominada por políticos favoráveis a Washington. Seria mais uma coisa lamentável se o Brasil perdesse boa parte de sua soberania nacional, além de sua democracia, com este golpe sórdido.”
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