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segunda-feira, 16 de maio de 2016

O ódio ao PT começou com a eleição de Lula a redução da desigualdade social.

CZarattini Salu

Perseguição ao PT começou com a eleição de Lula e a redução da desigualdade social, afirma Zarattini - PT na Câmara.

Em discurso contundente feito no plenário da Câmara, na quinta-feira (12), data em que a presidenta eleita Dilma Rousseff foi afastada do cargo por 180 dias, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) fez uma retrospectiva do Brasil desde que o PT assumiu o governo, com a eleição do ex-presidente Lula, em 2002. Segundo o deputado, a perseguição, a tentativa de destruição do Partido dos Trabalhadores, da figura do Lula e, agora, da presidenta Dilma que teve na mídia a o principal indutor, começou no momento em que o operário chegou à Presidência da República e mostrou ao mundo que um Brasil justo, inclusivo e soberano era possível.
 
“A campanha midiática contra o nosso governo não cessou. Muito pelo contrário, aumentou de forma feroz, criticando não os nossos erros, mas sim nossos acertos em possibilitar, por exemplo, que o filho de uma trabalhadora empregada doméstica estudasse na mesma universidade do filho da patroa”, afirmou Zarattini.
De acordo com o deputado, os golpistas diziam que Lula era um “operário ignorante” e que nunca iria se eleger. E, caso fosse eleito, não teria como governar. “A história mostrou exatamente o contrário. Com sabedoria e habilidade política, o nosso sempre Presidente Lula soube superar a crise econômica e social em que o País vivia”, disse Zarattini, esclarecendo que para fazer esse enfrentamento, Luiz Inácio Lula da Silva elaborou programas sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família, além da valorização do salário mínimo e do financiamento aos pequenos e médios produtores rurais com juros reais negativos, abaixo da inflação, entre tantas outras medidas.
Carlos Zarattini lembrou ainda que os trabalhadores e aposentados passaram a ter acesso a crédito e isso estimulou o consumo, levando à movimentação da economia. Ele reforçou que pela primeira vez o Brasil presenciou a abertura de contas bancárias como jamais havia ocorrido no país.
Ao relatar os avanços econômicos e sociais do governo do PT, Zarattini fez questão de denunciar a campanha que as principais emissoras de televisão, em particular a Rede Globo e a grande imprensa desenvolveram, em 2005, em apoio à oposição liderada pelo PSDB, DEM (o antigo PFL) para barrar a reeleição de Lula.
“Foi uma vergonhosa campanha midiática, com base na desinformação e em mentiras contra o presidente Lula e o PT, mas isso não impediu que milhões de brasileiros reconhecessem o êxito do Governo, reelegendo Lula para um segundo mandato em 2006”, criticou.
Observou Zarattini que não bastasse a perseguição dos barões da mídia, Lula e o PT passaram a ser acossados pelo Ministério Público Federal (MPF) que acusou o governo Lula e o PT de compra de votos para obter uma maioria no Congresso Nacional.
“O mesmo MPF não incriminou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela comprovada compra de votos para sua reeleição, em 1997, para um segundo mandato”, lembrou Zarattini. O autor da proposta de emenda à Constituição (PEC) foi o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), atual ministro da Educação do governo golpista de Michel Temer (PMDB-RJ).
A perseguição ao PT continuou, disse Zarattini, lembrando a teoria do “Domínio do Fato”, utilizado pelo ministro do STF, Joaquim Barbosa, para condenar os principais dirigentes do PT como José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e José Genoino, na Ação Penal 470, que a mídia apelidou de mensalão.
Lava Jato – Em seu pronunciamento, Carlos Zarattini apontou a Operação Lava Jato da Polícia Federal como mais uma peça no tabuleiro de destruição e perseguição ao PT e a Lula. Ele observou que foi em 2014, no auge da campanha midiática contra a presidenta Dilma Rousseff, com a economia já demonstrando fragilidade, decorrente da crise econômica global, a PF instala a Lava Jato.
A operação, comandada pelo Juiz Sérgio Moro para investigar, processar e condenar atos de corrupção que ocorreram na Petrobras, explica Zarattini, envolveu partidos políticos e parlamentares que buscavam junto às grandes empreiteiras nacionais recursos para campanhas eleitorais. No entanto, frisou, a centralidade da operação teve o PT como foco, apesar de o maior número de políticos envolvidos serem do PMDB e do PP.
“A mídia e a Operação Lava-Jato focaram quase que exclusivamente em único partido, o PT, e buscou atingir uma única figura, a de Luiz Inácio Lula da Silva”, criticou. Ele reiterou que essa operação intensificou a campanha midiática, exigindo a condenação de dezenas de réus sem culpa e sem sentença condenatória.
Golpe - Nesse cenário, frisou Zarattini, a oposição liderada pelo PSDB, DEM e PPS, partidos que historicamente sempre foram derrotados pelo PT, não podendo acusar a Presidenta Dilma de desonesta ou corrupta, levantaram a tese do impeachment, alegando como crime de reponsabilidade pedaladas fiscais com base nos decretos por ela assinados de remanejamento de verbas. “Essa tese, levantada por esses partidos de oposição, obteve a adesão de golpistas do PMDB, tendo à frente o vice-presidente Michel Temer”, condenou Zarattini.
Tudo isso, segundo o deputado, armado para entregar o pré-sal às multinacionais estrangeiras e impor sacrifícios ao povo. “Sem dúvida, o pré-sal é um dos principais motivos para perpetrar o golpe contra a Presidenta. Pelas mesmas razões ocorreram os golpes que derrubaram Getúlio Vargas, em 1954, e João Goulart, em 1964”.
“Vamos resistir! Vamos lutar! Vamos fortalecer ainda mais a Frente Brasil Popular para continuar denunciando e enfrentando os golpistas e a campanha vergonhosa comandada pela Rede Globo e a grande mídia contra o nosso Lula e o PT. É a nossa resposta aos que querem implantar uma ditadura civil e interromper nosso projeto de construção de um Brasil democrático, soberano e socialmente justo”, finalizou Zarattini.
Benildes Rodrigues
Foto: Salu Parente

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