Perseguição ao PT começou com a eleição de Lula e a redução da desigualdade social, afirma Zarattini - PT na Câmara.
Em discurso contundente feito no plenário da Câmara, na quinta-feira
(12), data em que a presidenta eleita Dilma Rousseff foi afastada do
cargo por 180 dias, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) fez
uma retrospectiva do Brasil desde que o PT assumiu o governo, com a
eleição do ex-presidente Lula, em 2002. Segundo o deputado, a
perseguição, a tentativa de destruição do Partido dos Trabalhadores, da
figura do Lula e, agora, da presidenta Dilma que teve na mídia a o
principal indutor, começou no momento em que o operário chegou à
Presidência da República e mostrou ao mundo que um Brasil justo,
inclusivo e soberano era possível.
“A campanha midiática contra o nosso governo não cessou. Muito pelo
contrário, aumentou de forma feroz, criticando não os nossos erros, mas
sim nossos acertos em possibilitar, por exemplo, que o filho de uma
trabalhadora empregada doméstica estudasse na mesma universidade do
filho da patroa”, afirmou Zarattini.
De acordo com o deputado, os golpistas diziam que Lula era um “operário ignorante” e que nunca iria se eleger. E, caso fosse eleito, não teria como governar. “A história mostrou exatamente o contrário. Com sabedoria e habilidade política, o nosso sempre Presidente Lula soube superar a crise econômica e social em que o País vivia”, disse Zarattini, esclarecendo que para fazer esse enfrentamento, Luiz Inácio Lula da Silva elaborou programas sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família, além da valorização do salário mínimo e do financiamento aos pequenos e médios produtores rurais com juros reais negativos, abaixo da inflação, entre tantas outras medidas.
De acordo com o deputado, os golpistas diziam que Lula era um “operário ignorante” e que nunca iria se eleger. E, caso fosse eleito, não teria como governar. “A história mostrou exatamente o contrário. Com sabedoria e habilidade política, o nosso sempre Presidente Lula soube superar a crise econômica e social em que o País vivia”, disse Zarattini, esclarecendo que para fazer esse enfrentamento, Luiz Inácio Lula da Silva elaborou programas sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família, além da valorização do salário mínimo e do financiamento aos pequenos e médios produtores rurais com juros reais negativos, abaixo da inflação, entre tantas outras medidas.
Carlos Zarattini lembrou ainda que os trabalhadores e aposentados
passaram a ter acesso a crédito e isso estimulou o consumo, levando à
movimentação da economia. Ele reforçou que pela primeira vez o Brasil
presenciou a abertura de contas bancárias como jamais havia ocorrido no
país.
Ao relatar os avanços econômicos e sociais do governo do PT,
Zarattini fez questão de denunciar a campanha que as principais
emissoras de televisão, em particular a Rede Globo e a grande imprensa
desenvolveram, em 2005, em apoio à oposição liderada pelo PSDB, DEM (o
antigo PFL) para barrar a reeleição de Lula.
“Foi uma vergonhosa campanha midiática, com base na desinformação e
em mentiras contra o presidente Lula e o PT, mas isso não impediu que
milhões de brasileiros reconhecessem o êxito do Governo, reelegendo Lula
para um segundo mandato em 2006”, criticou.
Observou Zarattini que não bastasse a perseguição dos barões da
mídia, Lula e o PT passaram a ser acossados pelo Ministério Público
Federal (MPF) que acusou o governo Lula e o PT de compra de votos para
obter uma maioria no Congresso Nacional.
“O mesmo MPF não incriminou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
pela comprovada compra de votos para sua reeleição, em 1997, para um
segundo mandato”, lembrou Zarattini. O autor da proposta de emenda à
Constituição (PEC) foi o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), atual
ministro da Educação do governo golpista de Michel Temer (PMDB-RJ).
A perseguição ao PT continuou, disse Zarattini, lembrando a teoria do
“Domínio do Fato”, utilizado pelo ministro do STF, Joaquim Barbosa,
para condenar os principais dirigentes do PT como José Dirceu, Delúbio
Soares, João Paulo Cunha e José Genoino, na Ação Penal 470, que a mídia
apelidou de mensalão.
Lava Jato – Em seu pronunciamento, Carlos Zarattini apontou a
Operação Lava Jato da Polícia Federal como mais uma peça no tabuleiro de
destruição e perseguição ao PT e a Lula. Ele observou que foi em 2014,
no auge da campanha midiática contra a presidenta Dilma Rousseff, com a
economia já demonstrando fragilidade, decorrente da crise econômica
global, a PF instala a Lava Jato.
A operação, comandada pelo Juiz Sérgio Moro para investigar,
processar e condenar atos de corrupção que ocorreram na Petrobras,
explica Zarattini, envolveu partidos políticos e parlamentares que
buscavam junto às grandes empreiteiras nacionais recursos para campanhas
eleitorais. No entanto, frisou, a centralidade da operação teve o PT
como foco, apesar de o maior número de políticos envolvidos serem do
PMDB e do PP.
“A mídia e a Operação Lava-Jato focaram quase que exclusivamente em
único partido, o PT, e buscou atingir uma única figura, a de Luiz Inácio
Lula da Silva”, criticou. Ele reiterou que essa operação intensificou a
campanha midiática, exigindo a condenação de dezenas de réus sem culpa e
sem sentença condenatória.
Golpe - Nesse cenário, frisou Zarattini, a oposição liderada pelo
PSDB, DEM e PPS, partidos que historicamente sempre foram derrotados
pelo PT, não podendo acusar a Presidenta Dilma de desonesta ou corrupta,
levantaram a tese do impeachment, alegando como crime de
reponsabilidade pedaladas fiscais com base nos decretos por ela
assinados de remanejamento de verbas. “Essa tese, levantada por esses
partidos de oposição, obteve a adesão de golpistas do PMDB, tendo à
frente o vice-presidente Michel Temer”, condenou Zarattini.
Tudo isso, segundo o deputado, armado para entregar o pré-sal às
multinacionais estrangeiras e impor sacrifícios ao povo. “Sem dúvida, o
pré-sal é um dos principais motivos para perpetrar o golpe contra a
Presidenta. Pelas mesmas razões ocorreram os golpes que derrubaram
Getúlio Vargas, em 1954, e João Goulart, em 1964”.
“Vamos resistir! Vamos lutar! Vamos fortalecer ainda mais a Frente
Brasil Popular para continuar denunciando e enfrentando os golpistas e a
campanha vergonhosa comandada pela Rede Globo e a grande mídia contra o
nosso Lula e o PT. É a nossa resposta aos que querem implantar uma
ditadura civil e interromper nosso projeto de construção de um Brasil
democrático, soberano e socialmente justo”, finalizou Zarattini.
Benildes Rodrigues
Foto: Salu Parente
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