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sábado, 9 de agosto de 2014

Uma abordagem prática sobre a seca no sertão cearense



Volto à discussão sobre o post anterior, quando fiz reflexões sobre Tema gerado, adentrando um pouco no objeto desta questão: SECA


1. Tema gerador:
A SECA
2 - Dois conteúdos de áreas diferentes que podem ser trabalhados conjuntamente a partir do tema escolhido;
A Indústria da SECA no Nordeste (causas e efeitos em um visão sociológica - história e sociologia) e Literatura (leitura e produção textual - O Quinze de Raquel de Queiroz, Vidas Secas de Graciliano Ramos - Língua Portuguesa.
3. Proposta de uma atividade pedagógica que pode ser desenvolvida com as duas áreas conjuntamente.
ATIVIDADE - a partir de leituras, entre elas o Quinz de Raquel de Queiroz, os alunos produziriam um texto argumentando sobre as causas da SECA no nordeste - a problemática seria: A SECA é questão apenas natural, ou é de ordem social, política e econômica?
Na verdade, a proposta é envolver um diálogo permanente com as ciẽncias humanas, sociais, ambientais, linguagens, códigos e suas tecnologias (língua portuguesa, literatura e artes) da problemática da SECA no Nordeste.
Importante considerar:
Como a SECA é mais uma questão social, econômica e política do que natural, a sociologia, a história e filosofia buscariam realizar um debate sobre as causas da falta de água, da miséria e de outros elementos que estão entranhados nos efeitos da seca no sertão nordestino, por quê?
Porque entende-se que a seca na região nordestina revela que as pessoas não estão preparadas para a convivência com o semiárido, que falta políticas para o desenvolvimento do nordeste - convivência com o semiárido.

 E que a seca é mais uma questão sociológica do que natural, posto que a economia primária é grande observadora de mão-de-obra de um lado. De outro, historicamente é preciso discutir a concentração de terra nas mãos de poucos.
Nesse sentido, as ciências humanas, sociais seriam necessárias para explicar como se deu a concentração da terra, a capturação do Estado nas mãos de poucos, a figura dos coronéis do sertão que controlavam terras e açudes, etc.
Como a SECA está presente no imaginário como um problema apenas NATURAL, é preciso ampliar o entendimento para as causalidades do fenômeno SECA para além das questões naturais, geográficas porque a grande escassez na região do semi-árido nordestino não foi e nem é apenas água, mas principalmente a escassez de políticas públicas e tecnologias sociais para a conivência com o semiárido.
Atenciosamente,
Luis Moreira

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