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sábado, 7 de dezembro de 2013

PF quer levar para Brasília o inquérito sobre a roubalheira nos trens e metrô de São Paulo


247 -  A Polícia Federal (PF) enviou pedido à Justiça Federal, nesta sexta-feira (6), para transferir para Brasília o inquérito sobre a denúncia de formação de cartel em licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o chamado "trensalão". O motivo para o pedido está presença de nomes de políticos que estão exercendo o mandato na denúncia. De acordo com a lei, políticos nessa situação têm direito a foro privilegiado, que consiste em responder a processos em tribunais superiores. O Ministério Público e a Justiça Federal devem se manifestar sobre o pedido nos próximos dias.
O esquema de pagamento de propina pela empresa francesa Alstom em licitações é investigado pelo Ministério Público Federal. A suspeita é de irregularidades na compra de equipamentos para o governo paulista durante as gestões de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB. Segundo a Justiça suíça, entre setembro de 1999 e dezembro de 2002, a conta em nome do ex-diretor de operações movimentou 836 mil dólares. Parte do dinheiro, afirma a Justiça, foi resultado de propina paga para que a francesa Alstom firmasse contratos com a CPTM. 
Em 15 de novembro, a Justiça suíça condenou João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM, por lavar dinheiro de propina no país europeu. E quer que o Ministério Público Federal (MPF) investigue o que considera um esquema de suborno em troca de contratos com o governo do estado.
O presidente da Siemens no Brasil, Paulo Stark, afirmou no dia 10 de outubro que a empresa examinou seus contratos e que não encontrou nenhuma evidência concreta de pagamento de propina a funcionários públicos. Foram encontrados, porém, indícios de prática de cartel repassados ao Cade.No dia 28 de novembro, o presidente empresa francesa Alstom, Marcos Costa, negou a vereadores que a empresa esteja envolvida em fraudes. Em depoimento na CPI dos Transportes da Câmara Municipal de São Paulo, Costa também negou a contratação de lobistas para intermediar contratos com governos estaduais e realizar pagamento de propina. Segundo investigações, a empresa realizava pagamentos através de contratos de consultoria de fachada. 

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