Esta notícia saiu, hoje
pela manhã, no portal Uol. No entanto, num passe de mágica, saiu das
manchetes principais.Como sempre, só as notícias relacionadas ao PT,
desde que negativas, ficam 24 horas no ar.Mais:Por força da visita de um
cunhado meu, que gosta muito de ver esta merda de noticiário, hoje
assisti ao JN. Pois bem.O JN passou o jornal todo sem sequer tocar no
assunto.Imagine se fosse alguém do PT envolvido.
Um novo depoimento da testemunha-chave no inquérito da Siemens cita dois
secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB) como recebedores de
propina do cartel que atuava no Metrô e na CPTM, o que levou a Justiça
federal em São Paulo a enviar a investigação para o Supremo Tribunal
Federal.
Os políticos citados como tendo recebido suborno do esquema são Edson
Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil de Alckmin, Rodrigo Garcia (DEM),
secretário de Desenvolvimento Econômico de Alckmin, o deputado federal
Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o deputado estadual Campos Machado (PTB).
Aparecido e Garcia são deputados federais licenciados e só podem ser
investigados em inquérito conduzido pelo Supremo. O nome dos quatro foi
citado em um depoimento sigiloso pelo ex-diretor da Siemens Everton
Rheinheimer, que foi utilizado pelo juiz Marcelo Cavali, de São Paulo,
para justificar o envio da investigação para Brasília.
O executivo contou à Polícia Federal ter ouvido de um diretor da CPTM
que eles recebiam suborno de empresas do cartel dos trens. O depoimento
com os nomes foi o segundo que o ex-diretor prestou à PF num acordo de
delação premiada em troca de uma pena menor.
Rheinheimer também participou do esquema de pagamento de propina e temia
ser punido por isso. O executivo disse, porém, não ter provas contra os
políticos. Para o juiz Cavali, os indícios contra os suspeitos ainda
são frágeis mas qualquer medida para aprofundar as investigações deve
primeiro ser analisada pelo STF.
O engenheiro mencionou quatro
nomes quando foi questionado se havia políticos próximos à empresa de
consultoria de Teixeira, a Proncint, apontada como repassadora de
suborno pela PF. Rheinheimer repetiu o nome de Rodrigo Garcia e citou o
senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o deputado federal José Anibal
(PSDB-SP) e Jurandir Fernandes, secretário de Transportes
Metropolitanos. O Metrô e a CPTM são vinculadas a essa pasta.
Em seu depoimento Rheinheimer disse que soube que o valor das propinas correspondia a 5% do montante dos contratos fraudados. Os
sete nomes já haviam aparecido antes em um documento apócrifo, cuja
autoria é atribuída ao ex-diretor da Siemens. Logo após sua divulgação,
no mês passado, ele divulgou uma nota negando ser o autor dos papéis.
Era um jogo de cena. À PF, ele confirmou os nomes.
Foi esse documento que levou tucanos a acusar o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, de tê-lo vazado para tentar acobertar a prisão dos
petistas condenados no mensalão.
EFEITOS PRÁTICOS
O Supremo vai analisar se as evidências citadas são suficientes para que
o inquérito seja conduzido por um ministro da Corte. Se o Supremo
julgar que sim, o primeiro efeito prático será a paralisia da apuração
até que um ministro seja designado para ser o relator do caso. O Supremo
entra em recesso no próximo dia 20 e volta a funcionar em fevereiro.
O banho-maria no inquérito deve ter um efeito político, já que as
decisões sobre os deputados devem ser tomadas pelo STF em ano eleitoral,
no qual o PT tenta conquistar o governo paulista.
O Supremo terá que decidir também se o inquérito completo ficará com
aquela corte, como ocorreu com o mensalão. A procuradora Karen Louise
Kahn, que era contra a remessa para o STF, defendeu, alternativamente,
que pelo menos a apuração contra pessoas sem foro privilegiado fosse
desmembrada e mantida em São Paulo.Fonte Uol.
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