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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A federalização da educação básica ou a prefeiturização da educação básica do Brasil?



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Amigo(a)
Não sei e no momento, também, não imagino como seria a administração da UNIÃO para milhares de escolas publicas espalhadas por este pais se houvesse a federalização da educação pública proposta por Cristovam Buarque, mas penso que é um caminho a ser melhor discutido aqui e em todos os espaços de informação e formação neste país. Por quê?

  1. Considero, com raras exceções, um desastre a administração do ensino fundamental pelas prefeitos que fazem dos diretores e funcionários em geral, cabos eleitorais de seus interesses partidários. Na maioria das vezes, quem controla as escolas são os vereadores, onde diretores e professores temporários são de sua cota. E a escolha de todos estes profissionais, cujo único critério é da politicagem eleitoreira, têm impactado negativamente nos resultados.

  2. Não acredito em municipalização do ensino fundamental porque na prática temos a “prefeiturização” porque os municípios conseguem desviar, com artifícios contábeis, recursos do Fundeb para outras despesas do município. E isso é só uma fato, quando se percebe nas receitas de um município do ano de 2012: do total de 88 milhões, 38 milhões foram provenientes do Fundeb. E o fato é que os municípios brasileiros são poucos auditáveis. E os prefeitos fazem o que querem com os recursos do Fundeb, até fazendo politicagem com rateios no final do ano, como se estivesse fazendo favores aos professores. E claro que existem os CACS/Fundeb, mas na pratica os prefeitos controlam os presidentes desses Conselhos de um lado, de outro, sao mais de cinco mil municípios para serem fiscalizados. E o fato, e que a auditoria nas prefeituras é quase inexistente.

  3. Tenho acompanhado que está sendo feito no estado do Ceará que, seguindo rigorosamente a LDB, está entregando todas as escolas de ensino fundamental estaduais para os municípios, aprofundando uma “suposta” colaboração entre estado e municípios, que na prática isso precisa ser avaliado. O foco do governo CID é o ensino médio, particularmente o ensino profissionalizante e na base, a implementação com sucesso do melhor programa que este governo criou na educação no Ceará, que é o PAIC – Programa Alfabetização na Idade Certa, reproduzido por todo o Brasil pela presidente Dilma. Nesse exato momento, recebo a informação que mais uma escola do estado do Ceará,, deixará de ofertar as séries finais do ensino fundamental (9º ano). E tenho me perguntado, até onde esta decisão tem impactado ainda mais nos resultados negativos das escolas de ensino médio – avaliações externas.
Por fim, entendendo que o x de todos os problemas está nos municípios, onde prefeitos são eleitos através de uma campanha eleitoral estúpida e regada com muito dinheiro, queima de fogos e combustível financiado para as carreatas. Os eleitores sao atingidos no emocional e vao para as batalhas dessa guerra estúpida.
E na maioria das vezes, dois grupos polarizam as eleições e agora, com o povo votando em números, não em nomes, criou-se a disputa despolitizada entre animais. Aqui foi uma estupidez a guerra entre coelhos e jacarés.
E foi uma guerra, onde todas as armas foram utilizadas e maior delas - O VOTO - virou uma mercadoria. E parece que eleição virou um grande negócio entre eleitor e candidatos, com o voto uma mercadoria de alto valor agregado.
E ganha o candidato que conseguiu arregimentar o maior número de cabos eleitorais, formando um grupo político, onde já está definido, ou seja, a prefeitura já foi fatiada, caso o prefeito consiga chegar lá
E ao ser eleito, o prefeito para fazer a maioria na câmara, garante aos vereadores as indicações de diretores, professores e funcionários em geral. E garante ainda mais: aluguéis de motos, carros, máquinas pesadas, aluguéis de imoveis, etc. E tudo isso, com valores acima do mercado e para fechar o ciclo da falência das prefeituras, o aumento de gastos com custeios, principalmente com empreguismo, além de casos de corrupção, que são muitos.
Na minha região, as prefeituras perderam a capacidade de investimento e os indicadores de aprendizagem são baixos. Muitos alunos chegam ao ensino médio com nível de crítico na leitura e escrita e dominando muito mal a competência de aritmética.
Por isso, pergunto: é possível e necessária a federalização da educação pública? Devemos deixar a educação nas mãos de prefeitos que fazem dos diretores cabos eleitorais?
Então, qual a melhor solução?
Atenciosamente,
Luís Moreira
http://olhosdosertao.blogspot.com.br/

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