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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Dilma, Hollande e parceria para a construção do submarino nuclear brasileiro.

A CAMINHO DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO

Democracia e Política


As turbinas do futuro submarino nuclear são avaliadas no Laboratório de Testes de Equipamentos de Propulsão, um dos prédios do CEA

CONSTRUÇÃO DE UM PROTÓTIPO DO REATOR DA EMBARCAÇÃO JÁ ESTÁ EM ESTUDOS EM BASE NO INTERIOR DE SÃO PAULO

Por Lyne Santos, na “A Tribuna de Santos”

“Após ingressar na seleta lista de países com porta-aviões, o Brasil vai integrar grupo ainda mais restrito, o das nações com submarino nuclear. A previsão é que a embarcação esteja pronta para os primeiros testes de mar em 2023. Atualmente, o projeto passa pelas fases de construção do protótipo do reator nuclear e produção do combustível, que devem ser concluídas em dois anos.


Essas etapas são desenvolvidas no “Centro Experimental de Aramar” (CEA), unidade da Marinha localizada na cidade de Iperó, a 125 quilômetros de São Paulo.

O CEA também abrigará instalações onde serão testados os equipamentos nucleares a serem implantados no submarino. Um dos futuros prédios, por exemplo, será um protótipo, em terra, do próprio submarino. [...]

Será a primeira vez que o Brasil construirá integralmente um reator nuclear. Os principais equipamentos para sua montagem foram adquiridos ao longo dos anos. A ideia de ter um submarino com esse tipo de propulsão surgiu no País há mais de duas décadas.

O primeiro submarino nuclear do mundo foi o Nautilus, fabricado pelos Estados Unidos em 1954. Quase 60 anos depois, apenas cinco países contam com esse tipo de embarcação – Rússia, China, Inglaterra e França, além dos Estados Unidos. Todos integram o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A Índia também tem um projeto em andamento.

O grupo é mais seleto do que o dos países com porta-aviões, tipo de embarcação presente nas marinhas de dez nações atualmente.

SUBMARINOS
Esquema do submarino nuclear brasileiro
Maquete do submarino nuclear brasileiro
Segundo o contra-almirante e engenheiro naval Pagano Júnior (superintendente do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear da Marinha do Brasil), o submarino nuclear brasileiro será montado no estaleiro em construção nas proximidades do Porto de Itaguaí, às margens da Baía de Sepetiba, no litoral sul do Rio de Janeiro. Na área, também será implantada uma base naval. A estimativa da Marinha é que os empreendimentos sejam finalizados em meados de 2015.
Obras da base naval de Itaguaí
Ao todo, serão investidos € 6,7 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões) na implantação de todo o projeto. Esse montante inclui os gastos com a construção da base naval, do estaleiro, do submarino nuclear (sem o reator) e de quatro submarinos convencionais. Esses últimos vão substituir os que a Marinha tem hoje e já estão com idade avançada – Tupi, Tamoio, Timbira, Tapajó e Tikuna. O primeiro deve ser lançado ao mar em 2017.
Submarino convencional da classe Scorpène, semelhante aos que serão construídos no Brasil
Assim como o submarino nuclear, os convencionais serão fabricados a partir de contrato firmado com a França em 2008. Pelo acordo, os franceses são responsáveis pela construção dos equipamentos e da tecnologia não-nuclear.

MOTOR

A principal diferença entre os submarinos convencionais e os de propulsão nuclear está no motor. Enquanto o primeiro se movimenta graças a um motor a diesel, o segundo utiliza um reator nuclear.

O submarino brasileiro não usará armamento nuclear. Isso se deve, principalmente, ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), assinado pelo Brasil em 1968 e que impede a uso dessas armas pela nossa nação. [...]

São as características do motor que asseguram as principais vantagens dessa embarcação. Permite que o submarino permaneça meses submerso e atinja maiores velocidades. Os diferenciais são essenciais no caso de fuga ou perseguição a um inimigo. O tempo que ele ficará embaixo d’água dependerá apenas do estresse da tripulação.

A vantagem do submarino em um conflito é que ele não é detectável enquanto está submerso. Já quando está fora, é totalmente vulnerável. O tempo de submersão é a proteção do submarino”, explicou. [...]

FONTE: trechos de reportagem de Lyne Santos, publicada na “A Tribuna de Santos” e transcrita no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/prosub/noticia/5053/Marinha-da-os-primeiros-passos-para-ter-seu-submarino-nuclear) [Título e imagens do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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