Primeiro Lula é acusado de estuprador. Rosemary é "mulher de Lula por Reinaldo Azevedo. Veja. "namorada de Lula" por Época e de "amante" por Augusto Nunes.
Veja o belo texto abaixo e tire as suas conclusões.
Por Davis Sena Filho
— Blog Palavra Livre
Vamos
aos fatos.
Declaração do
Delegado da Polícia Federal, Roberto Troncon Filho, ao jornal O Globo: “O
ex-presidente {Lula} não tem foro privilegiado. Se ele tivesse sido pego em
algum crime, certamente estaria sendo investigado ou já indiciado”. E
concluiu: “Não existe essa história de que foram interceptadas 122 ligações
entre ele e a Rosemary. Agora, como ex-presidente, ele ligou algumas vezes para
o escritório da Presidência em São Paulo, o que é normal”. Ponto.
Declaração da
procuradora da República, Suzana Fairbanks, coordenadora da investigação do
Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso Porto Seguro: "Conversa
dela {Rose} com o Lula não existe. Nem conversa, nem áudio e nem e-mail. Não
sei de onde saiu isso. Vocês podem virar de ponta cabeça o inquérito"
— afirmou a jornalistas que faziam ilações sobre Lula, pois queriam vinculá-lo
ao esquema de Rosemary e dos irmãos Vieira. Ponto.
A oposição partidária
(PSDB, DEM e PPS) incompetente e que privatizou e terceirizou, vergonhosamente,
seu papel político e parlamentar para os arautos da imprensa comercial e
privada, quer levar Lula para depor na Câmara dos Deputados, e, a seu
bel-prazer, talvez enforcá-lo entre as duas torres do Congresso. É nítido; e
somente não enxerga quem não quer, que, até o ano 2014 quando acontecerão as
eleições para presidente da República, a imprensa burguesa de oposição,
juntamente com setores conservadores da PGR e do STF, recrudescerão seus
ataques ao PT e ao Governo Federal, administrado há dez anos por mandatários
trabalhistas.
O jogo político
e eleitoral será baixo, porque qualquer assunto, investigação ou acusação que
coloque pessoas do governo na alça de mira da imprensa de direita serão, sem
sombra de dúvida, superdimensionados, como estratégia para conspurcar ou desacreditar
os governantes e líderes trabalhistas filiados ao PT. A máquina privada
midiática brasileira, uma das mais poderosas e conservadoras do mundo, não
articula em suas páginas ou em suas transmissões debates sobre as questões
brasileiras e o desenvolvimento social e econômico do povo, porque se recusa a
debater e a pensar o Brasil. Realmente, o que interessa à mídia dominante é
ganhar muito dinheiro e combater aqueles que não compartilham de sua pauta e de
seus interesses.
Por sua
vez, seus proprietários querem a volta do modelo neoliberal e não se conformam
com a perda de poder e de influência no que concerne à Presidência da
República. Como não têm voto e, obviamente, não há como propor um
programa de governo, os empresários de mídias agem como pontas de lanças do
grande capital interno e externo. Para isso, não medem consequências, e,
incondicionalmente, comportam-se como militantes radicais de direita, sempre
com o enfoque em aspectos negativos, até porque o que acontece de positivo no
que tange à melhoria de vida e ao bem-estar do povo brasileiro não importa ao
grande empresariado controlador e acionista de um segmento econômico
monopolizado e não regulamentado, porque no Brasil, ao contrário do que reza a
Constituição, inexiste um marco regulatório para os meios de comunicação, tanto
do setor público quanto do privado, ao contrário do que acontece nos países
desenvolvidos cujo setor tão importante para as sociedades é regulamentado.
A verdade é que o
segmento mercantil midiático dominado pelos coronéis da imprensa faz o que quer
e não dá satisfação a ninguém. É como se vivêssemos em uma terra de ninguém à
mercê da pistolagem midiática cujas armas e munições são a caneta e a tinta, o
teclado e a tela do computador, a voz e a imagem de jornalistas que se
comportam como pistoleiros, porque distorcem a realidade, manipulam os fatos e
mentem se for necessário mentir, porque, para eles, é imperativo que o maior
partido trabalhista do mundo ocidental e seus líderes políticos sejam
derrotados nas próximas eleições e com isso seus candidatos preferidos serem
eleitos e, com o passar de poucos dias, convidá-los, como no passado, a sentar
à mesa no gabinete da Presidência da República, e quem sabe, como fez o
empresário Roberto Marinho com a aquiescência do ex-presidente José Sarney,
sugerir ou indicar o nome do ministro da Fazenda, como ocorreu com a escolha de
Maílson da Nóbrega.
É preciso calar o
Lula. O trabalhista tem de ser impedido de concorrer a cargos públicos ou
apoiar seus candidatos. Para a direita, seria melhor se o Lula ficasse
inelegível. Por isso e por causa disso, a operação Porto Seguro mexeu com a
verve e o ódio de praticamente todos os comentaristas, colunistas,
editorialistas e “especialistas” que agiram e atuaram de forma orquestrada,
como se fossem de um mesmo partido político, de um time de atletas ou de uma
mesma família empenhada a obter sucesso em seus propósitos. Todos ou quase
todos os jornalistas conhecidos pelo público que trabalham em empresas
diferentes atacaram o ex-presidente da República sem dó e nem piedade, sendo
que até o momento a caça ao Lula continua.
Alguns deles se
superaram para agradar seus chefes e “colegas” de profissão — no Brasil, muitos
jornalistas empregados pensam que são colegas de seus patrões até serem
demitidos —, os empresários das famílias midiáticas, e diferentemente como
ocorreu com o ex-presidente tucano FHC — o Neoliberal —, que teve seu
relacionamento extraconjugal com a repórter da TV Globo, Miriam Dutra,
escondido por quase duas décadas, sendo que o político do PSDB reconheceu o
“filho” em 2009, após 18 anos de seu nascimento, Lula está a ser acusado por
alguns escribas de ser amante de Rose Noronha.
No episódio do
reconhecimento de FHC ainda teve colunista que elogiou o gesto do tucano, mesmo
depois de quase 20 anos. Dois anos depois, em 2011, FHC ficou a saber por meio
do teste de DNA que tal filho não era filho de tal pai. Agora a pergunta que
não quer calar: "E se fosse o petista nessa situação, o que faria ou não
faria a imprensa tucana? Depois, francamente, o molusco é o Lula. Vai dormir
com um barulho desse após perceber a hipocrisia de certos asseclas da mídia.
Antes
disso, em plena campanha presidencial de 1989, o político petista teve sua vida
íntima virada pelo avesso, de forma pérfida nos meios de comunicação, no
programa eleitoral de Fernando Collor. Homens de mando da Globo sabiam disso, e
apoiaram tal ignomínia. Miriam Cordeiro, mãe de sua filha, Lurian, fruto de um
relacionamento não oficializado, afirmou na TV que Lula não era bom pai e que
queria que ela fizesse um aborto. Logo depois Lurian negou os fatos, e, ao que
parece, tem bom relacionamento com Lula.
É público e
notório o affair de FHC com a repórter, que, segundo jornalistas que
cobrem a política nacional em Brasília, não foi o primeiro e nem o único. O que
importa é que eu, como articulista, não me importo com a vida sentimental das
pessoas, no que é relativo ao seu direito de gostar de alguém e manter um
relacionamento. Considero normal e natural. Questiono programaticamente e
ideologicamente os governos tucanos. E sei que muitas vezes sou duro com os
conservadores. Mas, não me excedo e não falo da vida íntima alheia. Não está em
questão nesta tribuna o caso amoroso de FHC, pois a minha intenção é mostrar ao
leitor que a imprensa corporativa e de caráter empresarial é useira e vezeira
em usar dois pesos e duas medidas quando se trata de aliados e adversários,
estes últimos, na verdade, considerados inimigos, que devem ser derrotados a
qualquer custo, a não importar o que é justo ou injusto, falso ou verdadeiro e
através desse processo desinformar e enganar a sociedade.
FHC sempre foi
protegido e seus erros acobertados ou amenizados. O "príncipe" dos
sociólogos (somente no Brasil os sociólogos têm príncipe) jamais foi
questionado em público, ou seja, pela imprensa e seus áulicos, admiradores
confessos de tal sumidade sociológica, transformaram suas canetas em armas de
moer reputações e de linchamento moral daqueles que, na verdade, recusaram-se a
ser cooptados pelo sistema de capital de caráter colonizador.
Essas realidades são
o combustível e o motor do enfrentamento, do embate político que mobiliza a
direita em uma luta para ter de volta a Presidência da República e assim
reimplementar o projeto de País que eles acreditam, que é o de diminuir o
estado, deixar o mercado se autoregulamentar, vender o patrimônio público,
limitar os investimentos que promovem a inclusão social e atender o sistema
internacional de espoliação, às necessidades do povo, só que dos povos
estrangeiros, os de olhos azuis, que vivem nos países ricos e cujos governos
são os maiores produtores de armas do mundo e causadores de invasões, de
guerras, de poluição e de dores e sofrimentos em todo o planeta.
“Lula é amante da
Rose”, afirmou, sem pestanejar, sem titubear, o mais agressivo jornalista de
direita, que hospeda seu blog na revista Veja — a Última Flor do
Fáscio. O outro, igualmente feroz e açodado, pede a cabeça de Lula e
decreta seu fim. Os “espadachins” da Folha, do Estadão, de O
Globo, do Correio Braziliense, de Época, do Bom(?) Dia
Brasil, do JN e da Globo News e todos seus congêneres
udenistas e lacerdistas espalhados pelo País apregoaram o fim político e moral
do líder trabalhista Lula. Mais do que lacerdistas, muitos desses escribas
lembraram os militantes da Ação Integralista Brasileira (AIB), de Plínio
Salgado, que tentou dar um golpe de estado em Getúlio Vargas em 1938, ao tentar
tomar de assalto o Palácio do Catete, para logo serem rechaçados e derrotados
pelas forças legalistas da época. A AIB era ideologicamente fascista. Apenas
isso. Anauê!
Lembrei
também da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”,
realizada antes do golpe civil-militar de 1964 e organizada pelos setores mais
reacionários da sociedade brasileira, dentre eles, adivinhem, os barões da
imprensa, que na verdade repercutiram notícias negativas, de forma sistemática,
do Governo do presidente trabalhista João Goulart, que propusera as reformas de
base e que por isso e por causa disso foi derrubado e somente retornou ao
Brasil dentro de um caixão.
Como se
percebe, neste País se golpeia apenas presidentes trabalhistas, nas pessoas de
Getúlio, Jango e Lula, além de Leonel Brizola, que comeu o pão que o diabo amassou
e que, além de amargar o exílio mais longo de um político brasileiro (15 anos),
foi perseguido, caluniado, difamado e ameaçado de morte por setores radicais de
direita, bem como combatido ferrenhamente pelos barões da imprensa,
principalmente pelos empregados das empresas da família Marinho, conhecida como
Organizações Globo. 'Organizações?' O que significa este nome?
Poderia rememorar
ainda outros casos rumorosos de corrupção dos tempos de FHC e que foram
devidamente varridos para debaixo do tapete. E o pior: a Procuradoria Geral da
República desde os tempos do procurador nomeado pelo presidente tucano, Geraldo
Brindeiro, tem se comportado, por intermédio de seus sucessores, conforme os
interesses políticos de partidos como o PSDB, agremiação que se diz social
democrata, mas que na verdade se afastou das ruas e passou a frequentar com
interesse e dedicação os salões das oligarquias brasileiras e estrangeiras.
Tais interesses das
classes dominantes são, indubitavelmente, alinhados aos ditames dos conservadores
que controlam não somente os meios de comunicação privados e desregulamentados
que ganham muito dinheiro neste País, mas, sobretudo, influenciam as
corporações estatais, a exemplo do STF e da PGR cujos integrantes mostraram
para quem quisesse ver que estão politicamente e até mesmo partidariamente
vinculados aos interesses da Casa Grande. Que o diga o ministro de capa preta,
Luiz Fux, que concedeu uma entrevista lamentável à Folha de S. Paulo
quando demonstrou uma vaidade quase lunática e um orgulho inconcebível para um
juiz, que deveria ser humilde e sábio e servidor do povo brasileiro.
Não
esqueçamos ainda dos outros juízes do STF que, inapropriadamente, atuaram como
divas televisivas, sem se preocuparem, inclusive, com a educação, porque o que
se viu foi um enfrentamento verbal duríssimo, que, se eles não estivessem no
plenário do STF e, sim, no trânsito, certamente que iriam às vias de fato. Além
disso, temos o nosso torquemada-mor, o procurador geral Roberto Gurgel, alvo
preferencial do senador por Alagoas, Fernando Collor (PTB), que o considera um
prevaricador, que “comete crimes seguidos”, a “proteger os chumbetas da Veja”,
para a qual, de acordo com o senador Collor, vazou para o pasquim de péssima
qualidade editorial informações que estavam sob segredo de justiça, além de
proteger o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), bem como segurar as
investigações sobre o senador cassado do DEM, Demóstenes Torres, enterrado até
o pescoço com os negócios ilegais do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Voltemos ao
Lula.
Os principais
colunistas e comentaristas da imprensa corporativa e de negócios privados
ouviram o que o superintendente da PF informou, e perceberam quase que
instantaneamente que, mesmo a dar continuidade ao novo “escândalo” sobre Lula
no que diz respeito ao ex-presidente se beneficiar com valores monetários e até
mesmo receber pequenos agrados, como recebeu, segundo a PF, a chefe do gabinete
da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Novoa Noronha, seria uma
furada, ou seja, uma grande "barriga", como se diz no jargão
jornalístico. Por isso, os espertos voltaram sua atenções para a Rose.
A questão primordial
não são os fatos imputados à Rosemary e a seus convivas de interesses venais,
que se comportaram mal e cometeram malfeitos, bem como o caso não se encerra
com a prisão ou não dos irmãos Vieira, Paulo e Rubens, que, conforme a operação
Porto Seguro da PF, eram os responsáveis pela organização de um esquema ilegal
de interesses privados na esfera pública. Tais irmãos foram acusados e
denunciados por praticarem crimes como o de corrupção ativa e passiva, tráfico
de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação
de documento particular e formação de quadrilha.
A presidenta Dilma
Rousseff repetiu o que já tinha feito em outros casos passados em que ministros
de estado tiveram seus nomes envolvidos em malfeitos e por isso exonerou de
seus cargos todos os denunciados nesse novo escândalo. Contudo, volto a
repetir: a questão principal não é a Rose, mas com certeza o político Luiz
Inácio Lula da Silva, o único dos ex-presidentes que mantêm seu poder de mando
e de influência intactos, inclusive no que diz respeito ao mais importante dos
poderes — o poder do voto. Lula é uma máquina de votos e por isso elege
candidatos eleitoralmente desconhecidos ou inexperientes, como Dilma e Fernando
Haddad, além de ser profundamente admirado pelo povo brasileiro, assim como é
uma figura muita conhecida e respeitada no exterior.
E é exatamente aí que
mora o perigo. Seus inimigos, sabedores da realidade política de Lula,
transformam casos de corrupção em verdadeiros roteiros mal escritos de filmes
de terror, quando na verdade a Polícia Federal republicana de Lula e agora de
Dilma continua a fazer seu trabalho sem ser tolhida ou prejudicada em suas
ações, bem como vai continuar a trabalhar dessa forma, porque os governos
trabalhistas, apesar de seus erros e equívocos, realmente combateram a
corrupção, com cerca de 1.200 operações em oito anos e a prisão ou afastamento
de seus cargos de mais de três mil pessoas, em contraponto às 28 operações
realizadas também em oito anos pelo governo de FHC — o Neoliberal —, que
prenderam o número ínfimo de 54 pessoas.
Enquanto
Dilma e Lula promoveram e deram importância ao papel da PF, criaram o Portal da
Transparência, onde a imprensa se informa e aproveita as informações dessa ferramenta
para questionar os gastos e criticar os atuais administadores por eles
investirem no País. Enquanto os governos trabalhistas abriram milhares de vagas
no serviço público por meio de concursos, fortaleceram a PGR, a AGU, a Receita
Federal e modernizaram o estado nacional, os bate-paus da imprensa alienígena,
colonizada e possuidora de um imenso complexo de vira-lata continuam a pregar o
golpismo e a escamotear os erros graves da oposição partidária brasileira, que
abriu mão de sua condição constitucional e eleitoral em prol de as famílias
midiáticas e seus empregados fazerem a vez de quem deveria apresentar propostas
e programas de governo, a fim de receber os votos da população e, por seu
turno, se vencer a eleição, governar o País.
Todavia, faço a
outra pergunta que não quer calar: “Como vai ser possível à direita vencer as
próximas eleições se ela não governa para a maioria e, evidentemente, segundo a
história, administra o País para a minoria?” Por sua vez, como fazer com que o
povo brasileiro, a maioria de trabalhadores, acredite nas propostas, por
exemplo, do Aécio Neves, que, simplesmente, não é conhecido no Brasil e,
fundamentalmente, não tem um legado substancial para mostrar, mas, entretanto,
tem uma herança: o sobrenome Neves, de seu avô Tancredo Neves, que, ao
contrário do neto, sempre foi aliado dos trabalhistas, exemplificados nas
personalidades políticas de Getúlio Vargas e João Goulart.
Tancredo, inclusive,
foi ao enterro dos dois líderes trabalhistas e, sob pressão dos inimigos
golpistas (militares), pronunciou discursos. Tancredo nunca passou para o outro
lado, apesar de ser um político moderado, porém, democrata e legalista. Na
outra banda contrária a Tancredo, a que conspira e efetiva golpes de estado,
com a cumplicidade, inclusive, de estrangeiros da CIA, os barões da imprensa,
os mesmos que combateram Tancredo Neves e que hoje são alidados de seu neto
Aécio Neves. Os barões da imprensa, o grande empresariado brasileiro, os
banqueiros, os donos do agronegócio e os partidos de direita, como o PSDB, o
DEM e o PPS, não têm nada a perder, porque no fundo não se importam com o
Brasil, que para eles é apenas um lugar para fazer negócios e ganhar dinheiro.
Esses grupos conservadores não têm nada para oferecer, porque quando estiveram
no poder o trabalhador brasileiro não tinha acesso nem ao emprego. Eles perdem
no voto, e sabem disso. E por isso precisam fabricar crises como os seres vivos
necessitam de oxigênio.
Lula não está
envolvido com corrupção e muito menos foi gravado ou filmado a cometer malfeitos.
A imprensa venal sabe disso. Então, por que não apelar para um escândalo
sexual? Evidente. É a práxis. Ora bolas, por que não? — indagam-se
aqueles que se consideram formadores de opinião, quando na verdade suas
opiniões são apenas publicadas e não lidas ou não são importantes para a
maioria do povo que teve sua vida melhorada por governantes trabalhistas. Lula
e Dilma são da mesma vertente política que edificou o trabalhismo gaúcho,
responsável pela modernização e industrialização do País. O mesmo trabalhismo
que derrotou a Política do Café com Leite e que foi alvo de golpes de estado em
diversas décadas do século XX.
O
trabalhismo que se modificou por causa das realidades do tempo — de cada era. O
trabalhismo moldado e forjado nas fábricas do ABCD paulista e que ressurge
revigorado no voto do cidadão brasileiro, a partir de 2003, e tão
combatido como o foi nas décadas de 1930 a 1950, para, enfim, em 1964 ser
golpeado do poder pela força ilegal e criminosa das armas, com a conivência e a
cumplicidade das classes dominantes e de parte da classe média, que não percebe
o quão ridícula ela se torna quando adere e dissemina os valores de uma
burguesia que é herdeira ideológica da escravidão e que optou deliberadamente
por um País VIP e edificado para poucos privilegiados, que, arrogantes,
consideram-se, presunçosamente, os “escolhidos”, quiçá, por Deus.
Não se
preocupe, leitor. Até 2014, a presidenta Dilma Rousseff, que fez carreira
política no Rio Grande do Sul trabalhista, vai ser o alvo preferencial dos
sabujos midiáticos. Por enquanto, a malhação ao Lula está em um processo
irremediavelmente insano, em que a estupidez e a virulência perderam seus
limites, porque ultrapassaram as fronteiras da perversidade e da infâmia. Os
iníquos são assim; e os arrivistas também. É isso aí.
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